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Na hora de gastar ou poupar dinheiro, qual é o seu perfil? Costuma pensar antes de tomar alguma decisão ou suas escolhas incluem uma pitada de irracionalidade? Para as finanças comportamentais – que estudam os efeitos de fatores psicológicos e sociais nas decisões econômicas – elas têm um pouco de cada coisa. Essa abordagem tem ganhado tanto destaque nos últimos anos que o Prêmio Nobel de Economia de 2017 foi dado a um estudioso das relações entre economia e psicologia: Richard Thaler.

Um dos trabalhos mais populares de Thaler – economista americano e professor na Universidade de Chicago – é a teoria do empurrão. Ela parte do princípio de que as pessoas tomam decisões diferentes, de acordo com a forma como as opções são apresentadas a elas. Isso vale para tudo, inclusive para as decisões econômicas também.

Pense num restaurante do tipo self-service, por exemplo. Ao rodar pelo buffet, você encontra uma série de opções. As que aparecem primeiro, têm mais chances de irem para o seu prato e está neste local propositalmente. Para Thaler, os ambientes deveriam ser planejados para incentivar as pessoas a tomarem decisões melhores. Ou seja, num restaurante, a salada deve vir primeiro e a torta de chocolate depois. Mas sabemos que não é o que acontece, certo?

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Mas como a teoria do empurrão pode ajudar as pessoas a tomarem melhores decisões financeiras? No livro “Nudge, o empurrão para a escolha certa”, Thaler dá alguns exemplos:

Poupe mais amanhã

Dez entre dez pessoas gostariam de poupar mais – mas é sempre difícil conseguir colocar esse desejo em prática. Uma proposta de Thaler envolve as economias que as pessoas fazem nos planos de previdência oferecidos pelas empresas onde trabalham. Junto com um colega, ele criou o programa “Save more tomorrow”, ou “Poupe mais amanhã”, que fazia aumentos progressivos e automáticos dos valores destinados pelos funcionários aos seus planos de previdência. A grande sacada era coincidir esses aumentos para a época do ano em que os salários eram reajustados. Com esse empurrãozinho, as pessoas economizavam mais sem sentir impacto.

Faça um compromisso consigo mesmo

Parece simples, não é? “Vou poupar R$ 50 por semana, é meu compromisso” – mas do compromisso até a coisa se efetivar, são, com o perdão do trocadilho, outros quinhentos. No entanto, existem algumas iniciativas que podem ajudar nesse processo. Thaler descreve o site Stikk.com, criado por dois professores da Universidade Yale. A proposta é ajudar as pessoas a conquistar seus objetivos assinando uma espécie de “contrato”. Os participantes estabelecem uma meta para si próprios – emagrecer, ler certo número de livros ou poupar – e um prazo para atingi-la. Também “depositam” uma quantia de dinheiro. Se ao fim do prazo tiverem conquistado a meta, recebem seu dinheiro de volta. Se não, o dinheiro é doado para instituições de caridade.

Olhe para as opções padrão

Você certamente já escutou que, no longo prazo, investir em ações costuma dar um bom rendimento. Então, via de regra, os investimentos que você faz hoje pensando na sua aposentadoria poderiam incluir um pouco de ações, não é mesmo? Mas quantas? E quais? E como? É comum que, diante de tantas dúvidas, as pessoas simplesmente desistam de investir, mesmo sendo essa uma opção normalmente recomendada. Para Thaler, uma alternativa para essa questão é oferecer opções prontas e automáticas de alocação de risco nos planos de previdência que as empresas oferecem para os funcionários. Caso não queiram adotá-las, os participantes podem pedir para sair.

 

Com informações do livro “Nudge, improving decisions about health, wealth and hapiness” e de Knowledge@Wharton (https://goo.gl/7hvpQv)

 

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