Me vê uma barra de ouro, por favor? Apesar de ser incomum atualmente, o investimento no metal precioso ainda existe. Mas isso não significa guardar as barrinhas de ouro em um cofre.
Em geral, o investimento em ouro é recomendado para diversificação da carteira e também como uma forma de proteção do patrimônio em situações de crise financeira global. Isso porque o ouro é aceito internacionalmente. Elementos como escassez, não corrosão ou deterioração tornam o ouro uma possibilidade de reserva de valor no longo prazo, por exemplo.
Como funciona?
Para investir em contratos de ouro negociados na bolsa, é preciso ter conta em uma corretora de valores e fazer a operação de maneira semelhante à compra de ações. Ou seja, não é algo tão fácil para quem não está acostumado a investir diretamente no mercado de renda variável, por exemplo.
Existem contratos de lote-padrão, de maior liquidez, com tamanho de 250g de ouro fino. Como qualquer ativo financeiro negociado em bolsa, a cotação varia diariamente. Então, se a cotação estiver 100 reais, por exemplo, o valor do contrato equivale a 250 x 100 = 25 mil reais.
Também há os contratos de lote fracionário, com pouca liquidez no mercado, de 10g ou 0,225g de ouro fino.
Ao investir, é possível optar pela liquidação financeira, ou seja, vender e receber o valor em dinheiro, que ocorre em um dia útil, ou liquidação física (sim, retirar o metal).
Fundos de investimento e ouro físico
Existem fundos multimercados que investem em ouro. Aplicar por meio deles é mais simples, pois há um profissional que faz isso para você: o gestor do fundo traça a estratégia de compra dos ativos, incluindo o ouro, que compõem a carteira do fundo.
Além disso, também é possível optar pela compra do metal puro, físico, mesmo. Nesse caso, a compra e venda costuma ser feita por meio de bancos, corretoras, distribuidoras, ou mesmo em mineradoras. Há a possibilidade de compra de ouro em pequenas quantidades, a partir de 1g, e as instituições financeiras podem cobrar taxas de corretagem e custódia, caso você opte por deixar o metal custodiado (guardado) na instituição.
Custos
No caso de contratos de ouro, há cobrança de duas taxas. A primeira é a taxa de corretagem, que varia conforme a corretora de valores, e é cobrada por ordem (de compra ou venda) executada (de liquidação financeira, por exemplo). Já a bolsa cobra mensalmente a taxa de custódia, pela guarda do investimento.
Tem imposto?
Sim, há cobrança de imposto de renda sobre os ganhos em operações com os contratos de ouro — vendas de até 20 mil por mês são isentas da mordida do Leão. Exatamente a mesma alíquota cobrada em operações com ações.
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