Não, não estamos falando do som dos grilos (Cri, cri, cri…). No mundo dos investimentos, o CRI é a sigla para o Certificado de Recebíveis Imobiliários. Basicamente, trata-se de um título de renda fixa de crédito privado que tem uma promessa de pagamento futuro em dinheiro. Em outras palavras, o investidor compra um fluxo de rendimentos (parcelas de financiamento de imóvel ou vencimentos de aluguéis, por exemplo), que pode ser recebido periodicamente ou no vencimento do papel.
Emitido exclusivamente por empresas securitizadoras – instituições não financeiras especializadas em “empacotar” créditos em forma de títulos que podem ser vendidos aos investidores –, o CRI é uma forma das empresas levantarem dinheiro para financiarem projetos no setor imobiliário. Por exemplo: edifícios comerciais, contratos de aluguéis de longo prazo, construções, contratos de financiamento, arrendamentos etc.
Da mesma forma que outros investimentos de crédito privado, como debêntures, o CRI pode ter diferentes tipos de remuneração:
O CRI não possui cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). A garantia costuma seguir o regime fiduciário: os créditos ficam separados do patrimônio da securitizadora.
Portanto, caso a securitizadora tenha problemas financeiros, o fluxo de pagamento aos investidores segue normalmente, afinal os recebíveis oriundos dos imóveis estão segregados do patrimônio da empresa securitizadora.
Os rendimentos do CRI são isentos de imposto de renda e também de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para investidores pessoas físicas. Não há um valor mínimo de investimento – varia conforme o CRI emitido. Para investir nesse produto, é preciso ter uma conta em uma corretora de valores (ligada a um banco ou independente).
Ao investir em CRI, também é preciso observar a data de vencimento do papel. Isso porque a maior parte dos títulos é de médio ou longo prazo – acima de quatro anos, por exemplo. A recomendação é manter o dinheiro aplicado até o vencimento, pois, para recuperá-lo antecipadamente, é preciso negociar o CRI no chamado mercado secundário, local onde os investidores negociam entre si as aplicações financeiras.
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