Ninguém gosta de começar o ano cheio de dívida, né? Nem eu, nem você, ninguém. E se a gente não se organizar direitinho isso pode ocorrer sem de um dia para o outro. Acredite, se endividar é rápido, agora sair do aperto é bem mais complicado. Para evitar dor de cabeça e não ficar no vermelho, o ideal é se planejar o quanto antes, como já falamos no post anterior, no início de cada ano sempre “surgem” os tradicionais gastos com viagens, IPTU, IPVA, matrícula e material escolar dos filhos, por exemplo.
É tanta conta para pagar que a gente até se perde! 😮
Preparamos um guia para você ter um 2022 com menos aperto com ou, pior, com a conta no negativo. Acredito, o esforço é mínimo e o resultado pode ser maravilhoso:
Quanto mais cedo, melhor. Monte um orçamento pessoal ou familiar com todos os gastos (contas, alimentação etc.) e todas as fontes de renda (salário, aluguéis etc.). Pode usar aplicativo, planilha no computador ou um caderninho. Lembre-se que a inflação de uma movimentada nos preços. Então o mesmo poder de compra que você tinha com mil reais no início do ano passado, por exemplo, não é o mesmo agora. O mais importante é saber o destino da grana, ou seja, para onde seu dinheiro está indo. Extratos bancários e faturas de cartão de crédito de 2021 e de outros anos podem ajudar nessa radiografia.
Uma opção é dividir as despesas em duas categorias: aquelas com frequência mensal, como contas de consumo (água, luz, internet, telefone, aluguel etc.) e aquelas que ocorrem uma vez por ano, por exemplo, IPTU, IPVA, viagens e matrícula da escola dos filhos.
Para esses gastos que “chegam” em janeiro, planejadores financeiros indicam fazer uma estimativa de quanto você precisaria guardar mensalmente para poder pagar à vista. Além disso, no caso dos impostos, vale a pena comparar as condições de pagamento: à vista pode render desconto. Faça as contas.
Xi, fez as contas, montou o orçamento direitinho e, mesmo assim, continua no vermelho? É, lembra da inflação que falamos ali no primeiro tópico? Talvez seja o caso de, logo no começo do ano, rever o custo de vida. Ou seja, busque despesas que você possa abrir mão, aquelas que realmente não vão fazer falta. Obviamente que não precisa sair cortando tudo o que você gosta e nem perder qualidade de vida. Equilíbrio é fundamental.
Mesmo com todo esforço, não teve jeito e acabou se endividando? Para sair dessa situação, o primeiro passo é conhecer o tamanho do buraco. Busque as informações sobre as dívidas, como valor total, incluindo juros, encargos financeiros, multas (tudo!), prazo, nome do credor (banco, financeira, lojas etc.). Faça a lista detalhada das dívidas. Isso vai ajudar a ir atrás de uma negociação, por exemplo.
Entrou no cheque especial ou rotativo do cartão de crédito? Calma, não fique em pânico. Como essas modalidades têm juros altos, a recomendação é trocá-las por um crédito mais barato. Busque um empréstimo com juros mais baixos. Quem é funcionário público tem acesso ao crédito consignado, linha com juros menores. Se você trabalha em empresa privada, veja se a sua companhia tem convênio com algum banco para consignado. Mas lembre-se, em todas as situações, de comparar as condições (prazo, juros e valor das parcelas) antes de contratar qualquer tipo de empréstimo.
Agora que você fez a lição de casa, é hora de montar o planejamento financeiro para o novo ano. Para não se endividar no começo de 2022, volte ao primeiro passo e monte um orçamento. Tente acompanhar as despesas e as receitas todo mês. Assim, fica mais fácil de não se perder ao longo do ano.
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