Levar uma criança na hora de fazer compras é uma atitude corajosa. Às vezes, não dá para escapar. Mas o passeio pode virar um tormento. Vitrines coloridas e repletas de itens que despertam o interesse dos pequenos são um prato cheio para uma avalanche de pedidos. Nem sempre é fácil se livrar dos rombos no seu bolso.
Antes de desistir completamente de sair de casa com crianças, por que não tentar transformar a ocasião em um ambiente para aprender conceitos importantes para as finanças pessoais? Veja como fazer sua experiência de compras ficar muito mais interessante com as dicas abaixo:
A boa e velha lista
Ir às compras com uma lista do que é necessário nas mãos é uma das dicas mais comuns para quem quer conter os gastos. Pois essa mesma dica vale para quem vai ao mercado ou ao shopping com as crianças. Para que funcione, é importante convidar os pequenos para participar do processo. Comece pela elaboração da lista. Convide sua criança a ajudá-lo a anotar o que está faltando em casa. Peça para que ela verifique o que ainda há na despensa e o que já acabou. Se a ocasião for um passeio a shopping, vale a mesma regra: anotem juntos o que é preciso comprar para a casa e as pessoas que moram ali. Durante o passeio, risquem, item por item, os que forem sendo concluídos. Se a criança demonstrar vontade de comprar algo extra, leia a lista com ela – é importante que ela perceba que a compra do item desejado não estava prevista. Isso facilitará a negociação.
Uma voltinha a mais
Durante o passeio, nas ocasiões em que a criança pedir para comprar algo que pareça desnecessário, tente despistar. Sugira que vocês deem mais uma voltinha pelo shopping, ou que parem para ir ao banheiro, ou algo do tipo. Os pedidos feitos por impulso normalmente não têm muita força e podem não resistir a uma mudança de ares. É muito provável que a criança simplesmente esqueça do que queria antes. Se isso acontecer, ótimo. Se o pedido voltar a ser feito mais tarde, avalie como a criança se a compra faz sentido ou não. O item é necessário? Vai ajudar a resolver alguma situação? Tem um preço razoável? Existem outras marcas mais baratas? A compra pode esperar o mês seguinte? Promover esse tipo de reflexão é importante para que a criança entenda a diferença entre desejo e necessidade.
Hora da mesada
Um passeio no shopping pode se transformar em uma bela lição sobre como estabelecer prioridades – especialmente para as crianças que já ganham mesada. Se esse é o caso na sua casa, aproveite. Quando um pedido inesperado surgir, convide a criança a usar a própria mesada para pagar a compra. Ajude-a a fazer as contas de quanto dinheiro há e de quanto será necessário para comprar o que ela deseja. Sugira que avalie se gostaria de adquirir outros itens também. Se esse for o caso, haverá dinheiro o bastante? Peça para que ela estude o que acha mais importante e necessário, ordenando os itens de acordo com as suas prioridades. Depois de todo esse exercício, libere a criança para fazer as compras que escolher.
Data certa para presentes
É provável que sua criança utilize argumentos fortes para tentar convencê-lo a comprar algo que ela queira. “É só um presentinho!” costuma ser uma frase comum nessas horas. Aproveite para ensinar a ela que dar presentes é uma forma de expressar carinho e afeto, mas que existem muitas outras ainda mais eficientes: um beijo, um abraço, por exemplo. Itens materiais podem ser reservados para datas especiais ao longo do ano, como o aniversário, o Natal ou outra comemoração importante. Isso vai ajudá-la a entender que há coisas muito mais importantes para valorizar do que objetos e experiências que precisam ser comprados.
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