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Diversidade de gênero no mercado financeiro é tema do novo episódio do podcast #VaiFundo 

O mercado financeiro muitas vezes é considerado um ambiente de difícil acesso para profissionais mulheres. Ainda existe a percepção de que mesas de operação e posições de tomada de decisão são “coisa de homem”, mas essa ideia está a cada dia mais enfraquecida. É sobre esse processo de transformação cultural que discutimos no 6º episódio do nosso podcast #VaiFundo, Mulheres na gestão de recursos”.  

Nossa superintendente de Representação, Tatiana Itikawa, bateu um papo com Tatiana Grecco, diretora de controle de riscos do Itaú; Luciane Ribeiro, sócia-fundadora da 3V Capital; e Sara Delfim, sócia-fundadora da Dahlia Capital. As executivas explicaram que esse processo tem a ver com um movimento mais amplo de disseminação dos conceitos de diversidade na sociedade e no mercado de trabalho, e que tem atingido em cheio os mercados financeiro e de capitais. “É um mito dizer que mulheres não sabem tomar risco, já que a gente faz isso o tempo todo”, afirmou Delfim.  

Para mudar essa realidade, Grecco defendeu que são fundamentais iniciativas como o aprimoramento dos processos de seleção, para que sejam mitigados os vieses e conceitos equivocados que prejudicam a atração de profissionais mulheres. “Essa é uma primeira grande barreira que elas enfrentam para entrar no mercado”, afirmou.  

Ribeiro completou a lista lembrando de ações voltadas ao acolhimento das mulheres em suas necessidades, à transparência das políticas de diversidade de gênero e à equidade na questão salarial – tudo isso ajuda a manter os talentos femininos no mercado. 

Como ressaltou Delfim, é preciso desmistificar para as jovens que estão iniciando sua jornada profissional a imagem de que o mercado financeiro é um ambiente exclusivamente masculino. “É um trabalho de base, que quer alcançar as mulheres que acham que não vão se sentir acolhidas”, acrescentou Ribeiro. 

Não faltam iniciativas organizadas para aumentar a participação feminina. Uma delas é a Women’s Buy-Side Network (BWBN), da Bloomberg, que tem grupos ativos em vários países, incluindo no Brasil. Recentemente, a ação promoveu um curso de programação na linguagem Phyton voltado para mulheres. O objetivo era romper uma barreira de ferramenta tecnológica amplamente usada no mercado e que poderia afastar as profissionais das mesas de operação e das empresas de gestão. 

O suporte às mulheres também envolve ações de mentoria, workshops, compartilhamento de experiências de profissionais seniores, patrocínio para certificações e promoção de networking. Elas são desenvolvidas por organizações, além da BWBN, como a 100 Women in Finance, a 30% Club (que defende o aumento da presença de mulheres em conselhos de administração e no alto escalão das empresas) e a plataforma Fin4She, parceira da ANBIMA no evento Young Women Summit, realizado em junho de 2022. 

A pressão vem também dos investidores: com o crescimento da demanda ESG (aspectos ambientais, sociais e de governança), a cada dia mais as empresas precisam pensar em políticas de diversidade. Isso atinge principalmente as companhias abertas, mas também alcança as próprias gestoras. Nesse sentido, são importantes os cuidados para evitar o “diversity washing” — ou seja, a implementação apenas formal de políticas de diversidade, sem uma mudança de cultura. “As empresas precisam, por exemplo, ter posicionamentos claros em relação a questões como assédio sexual”, disse Grecco. 

O tema é bastante amplo, e vai ganhar ainda muito espaço no debate nos próximos anos. Vale a pena acompanhar o podcast para ficar por dentro da discussão! 

 

Você encontra o episódio aqui na nossa página e nas principais plataformas de áudio: Spotify, Spreaker, Deezer, iHeart, Podcast Addict, Podchaser, Castbox, Apple Podcasts e Google Podcasts. 

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