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Para muita gente, foi a melhor notícia dos últimos tempos: no fim de 2016, o governo federal anunciou que liberaria o resgate das contas inativas dos trabalhadores no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o FGTS. Seria a chance de embolsar um recurso inesperado, daquele tipo com que a gente nem conta mais. As contas inativas correspondem aos valores acumulados em empregos antigos, que normalmente só podem ser sacados em situações especiais – para comprar um imóvel, por exemplo. Do ponto de vista da economia do país, foi uma alternativa encontrada para tentar estimular o consumo. Do ponto de vista dos cidadãos, em época de crise como a atual, parecia uma grande chance de ter algum dindim para gastar, em meio à seca de outras fontes de renda. 

Agora, peraí! Tudo bem que tirar o país do atoleiro é um motivo nobre. Mas será que você realmente precisa gastar essa grana?

Quantias inesperadas, como a das contas inativas do FGTS, podem ter três destinos básicos. Ou são usadas no consumo (provavelmente, o mais divertido deles), ou servem para quitar dívidas ou, ainda, podem virar investimentos. “Antes de decidir qual adotar, é absolutamente fundamental que se tenha uma fotografia realista da vida financeira. Só assim será possível saber o quanto está comprometido com dívidas e despesas do dia a dia e o quanto sobra”, sugere Luiz Correia Martins Pereira, planejador financeiro CFP® certificado pela Associação Brasileira de Planejadores Financeiros (Planejar).

Normalmente, não é muito simples ser racional o suficiente para fazer essa escolha. E há várias razões emocionais por trás disso – e que explicam porque é natural que ajamos de maneira impulsiva quando o assunto é dinheiro. “Tomamos decisões hoje que terão consequências somente no futuro. É difícil ter a percepção dos resultados lá na frente, e por isso costumamos optar pela gratificação no momento presente”, explica Pereira. Fora isso, é comum que adotemos um sistema de contas mentais compartimentadas, o que pode ser bastante nocivo para o bolso. É como se “separássemos” o dinheiro em caixas diferentes, cada qual com uma função. “Um recurso que não era esperado, seja um prêmio da loteria ou o dinheiro do FGTS, passa a ter uma atribuição própria. É guardado em uma caixa sem relação com as outras. Por isso, mesmo que tenha uma dívida, o sujeito se sente livre para gastar o que ganhou com outras coisas, em vez de quitá-la”, diz o especialista.

A boa notícia é que há formas de contornar o componente emocional que ronda nossas atitudes financeiras. A primeira: evitar ao máximo tomar decisões no calor dos acontecimentos. “Ficar atento aos sinais da emoção e esperar um pouco antes de decidir pode garantir alguma racionalidade”, sugere Pereira. Uma dica para fazer isso realmente acontecer é começar um questionário pessoal quando a vontade de comprar for muito grande – a aquisição não poderia ser feita depois? Que impacto terá no orçamento? A quanto tempo seu de trabalho – ou a quantos anos de recolhimento de FGTS – corresponde o valor do bem desejado?

No caso dos recursos do FGTS, quem conseguir superar a vontade de gastar precisa lembrar que o comportamento impulsivo não ocorre apenas na hora de realizar uma compra – mas também ao investir. Por isso, é preciso estudar muito bem as alternativas disponíveis antes de escolher aquela na qual aplicar. “O FGTS vinha perdendo feio para a inflação e agora surge uma oportunidade de esse recurso ter ganho real”, lembra Pereira. A maioria das contas inativas, segundo informações do governo, tem recursos de até R$ 3 mil. Os investimentos escolhidos, então, precisam ser de valor condizente. Há boas opções de títulos públicos e fundos de investimentos que aceitam aplicações de pequeno valor – a partir de R$ 30, no caso do Tesouro Direto.

Mas antes de fechar uma escolha, o primeiro passo é verificar o perfil de risco do investidor e definir um objetivo para o investimento. Depois, é necessário atentar à rentabilidade dos produtos que mais agradam, mas não apenas a isso – e, sim, também aos custos do investimento, como taxa de administração e custódia. “Faça o possível para evitar gastos desnecessários e invista. O efeito posse atuará em favor de uma mudança de comportamento sua”.

O PASSO A PASSO DO SAQUE

Quem pode sacar o FGTS?

Todo trabalhador que pediu demissão ou teve seu contrato de trabalho finalizado por justa causa até 31/12/2015 tem direito ao saque das contas inativas de FGTS.

E quando?

Há um calendário de quando estará disponível recurso, segundo o mês de nascimento do trabalhador. É o seguinte:

– Janeiro e fevereiro – A partir de 10/03/2017
– Março, abril e maio – A partir de 10/04/2017
– Junho, julho e agosto – A partir de 12/05/2017
– Setembro, outubro e novembro – A partir de 16/06/2017
– Dezembro – A partir de 14/07/2017

Que documentos preciso apresentar?

O saque é feito na Caixa Econômica Federal. A documentação varia conforme a modalidade  escolhida. Assim:

– Nas agências da Caixa – ​Número de inscrição do PIS/PASEP, documento de identificação do trabalhador e comprovante de finalização do contrato de trabalho (Carteira de Trabalho ou Termo de Re​​scisão do Contrato de Trabalho).

– Nos correspondentes Caixa Aqui e Lotéricas – Para valores até R$ 3 mil, documento de identificação do trabalhador, Cartão do Cidadão e senha.​

– No autoatendimento – Para valores até R$ 1,5 mil, o saque pode ser realizado somente com a senha do Cartão do Cidadão. Para​ valores entre R$ 1,5 mil e R$ 3 mil, o saque pode ser realizado com o Cartão do Cidadão e senha.

Você encontra mais informações no site da Caixa Econômica Federal.

Fonte: CEF

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