Existem diversos fatores que devem ser considerados ao compor a sua carteira de investimentos. Entre eles, está o prazo dos seus sonhos e objetivos. Um erro comum entre os investidores é deixar de considerar esse ponto, o que pode levar a erros na composição da carteira e, até mesmo, prejuízos. Você sabe como funciona essa relação?
É essencial entender os impactos dos prazos das suas metas ao avaliar as alternativas do mercado antes de realizar os seus aportes.
Neste conteúdo, você aprenderá como o prazo dos sonhos e objetivos pode afetar as suas decisões ao investir. Vamos lá?
Quais devem ser os pontos considerados nas decisões de investimentos?
Antes, vale relembrar outro fator que deve ser considerado ao investir. O primeiro é o perfil de investidor, que reflete o nível de tolerância ao risco. Existem três classificações: conservador, moderado e arrojado. O investidor conservador é aquele com menor apetite a riscos, enquanto os arrojados conseguem lidar melhor com esse fator.
Agora, existem diferentes motivos para realizar os aportes, não é mesmo? Conseguir se aposentar, trocar de imóvel, viajar, ter independência financeira, entre outros. E, para cada um, é preciso considerar o prazo para a conquista, certo? Por isso, os objetivos ajudam a pautar as suas decisões, escolhendo ativos que se alinham ao que você busca e ao seu perfil.
Nesse caso, os planos podem ser de:
Quais são os principais sonhos e objetivos dos investidores?
Uma questão importante é entender que, ao investir, é possível ter diversos objetivos simultaneamente, e que existem desejos em comum mesmo entre os diferentes tipos de investidores.
A pesquisa Raio X do Investidor, da ANBIMA, perguntou para os entrevistados quais eram os principais destinos pensados para seus investimentos, e calculou o percentual de investidores que visavam cada objetivo entre os anos de 2017 e 2020:
Ao analisar os dados de cada ano, podemos perceber que os objetivos também podem passar por modificações ao longo do tempo. Isso é natural e, na prática, destaca ainda mais a necessidade de ter atenção aos sonhos ao fazer a gestão da sua carteira. Diante de mudanças nas suas metas, você pode fazer o rebalanceamento dos investimentos, adequando o portfólio aos novos objetivos.
Como os prazos dos sonhos e objetivos afetam as escolhas?
A seguir, você entenderá de que forma os objetivos podem afetar as suas escolhas e ajudar na construção de uma carteira mais equilibrada. Confira!
Facilidade para diversificar a carteira
O mercado financeiro oferece diversas alternativas de investimento, com rentabilidades, liquidez e riscos variados. Assim, cada uma pode se alinhar melhor ou pior a determinadas finalidades de cada investidor.
Por exemplo, se o seu objetivo é manter uma reserva de emergência, o foco não é ter um alto retorno, mas garantir a segurança e a disponibilidade do dinheiro, é preciso ter acesso aos valores a qualquer momento, sem prejuízo. Isso limita as alternativas do mercado, geralmente com algumas poucas opções de renda fixa.
Por outro lado, quando o foco é a aposentadoria ou o futuro dos filhos, é interessante pensar em rentabilidades maiores para potencializar o retorno. Ao mesmo tempo, há um prazo estendido. Desse modo, títulos com vencimento mais longo na renda fixa, que trazem melhores rendimentos, podem ser atrativos, caso você busque segurança e previsibilidade.
Já para quem tem perfil moderado ou arrojado, a renda variável amplia as oportunidades para esses objetivos de longo prazo. Ações, fundos de investimentos ou exchange traded funds (ETFs), por exemplo, podem se encaixar em seus planos. Percebe como, ao considerar os diferentes objetivos e prazos, é possível diversificar a carteira com tipos de investimento variados?
Possibilidade de escolher investimentos mais arriscados quando o horizonte de tempo é maior
Geralmente, o período mais longo ajuda a reduzir os impactos da volatilidade do mercado. Se houver uma queda grande na bolsa de valores, por exemplo, há tempo para os preços das ações valorizarem novamente, recuperando possíveis perdas.
Assim, mesmo investidores mais conservadores podem aceitar um pouco de investimentos com um nível maior de riscos quando o prazo é distante. Chamamos isso de capacidade de tomar risco (diferente de tolerância de risco). A ideia é considerar cada objetivo específico para determinar se ele pode ter exposição aos riscos e como deve ser a liquidez. O motivo é a possibilidade de potencializar o retorno, com diferentes opções de ativos e prazos distintos.
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