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Seja em um bate-papo sobre finanças pessoais com os amigos, seja em uma conversa com o planejador financeiro, você já deve ter ouvido a recomendação de que não devemos colocar todos os ovos na mesma cesta. Esse ditado popular é uma metáfora sobre não aplicar todo seu dinheiro em um único investimento, o que na prática só pode ser alcançado de uma maneira: com a diversificação.

Diversificar os investimentos significa combinar uma série de ativos financeiros, a exemplo da caderneta de poupança, títulos do Tesouro Direto e títulos privados (como as debêntures) – ou ainda diferentes classes de ativos, como a renda fixa e a renda variável – em uma mesma carteira de investimentos, de forma a buscar um portfólio balanceado, mais seguro (menos sujeito a perdas) e com a melhor rentabilidade possível, dado o risco assumido.

O processo de diversificação não é exclusividade de investidores mais experientes e com mais recursos para aplicar. Pelo contrário. Diversificar é um mantra que deve ser seguido por todos os tamanhos de bolsos e, também, por todos os perfis de investidores – dos mais conservadores e que alocam a totalidade dos recursos em ativos de renda fixa, aos mais arrojados, que têm uma parcela considerável dos investimentos em renda variável, como o mercado de ações.

A importância do risco-retorno

Embora a diversificação dos investimentos seja um conceito simples de entender, ela envolve uma variável importante e que deve ser levada em conta pelo investidor: a relação risco-retorno. Uma regra de bolso das finanças pessoais diz que, quanto menor o risco tomado, menor o retorno esperado do investimento, e a recíproca é verdadeira. Mas é preciso entender que não existem investimentos sem risco e nem altos retornos garantidos e a diversificação busca justamente equilibrar essa relação.

Pegue como exemplo um investidor de perfil extremamente conservador, que aloca 100% dos recursos na caderneta de poupança. Embora seja considerado um dos investimentos mais seguros que existem, é também um dos menos atrativos em termos de rentabilidade na classe de renda fixa.

Outro exemplo, desta vez no polo oposto, é o do investidor de perfil arrojado e que aplica a totalidade dos recursos em ações ou outros ativos que sofrem bastante volatilidade de preços, como as criptomoedas. Nesse caso, a possibilidade de obter retornos mais atrativos do que a poupança é infinitamente maior, mas o risco de sofrer grandes perdas por conta das variações de preços no mercado é igualmente superior.

Os exemplos mostram que apenas a busca por segurança (no caso da poupança) ou por altos retornos (no caso dos investimentos em renda variável) traz sempre um risco para os investidores: enquanto o primeiro vê o dinheiro render menos e com a possibilidade até de perder da inflação, o segundo está sujeito a fortes perdas, inclusive do capital investido. É aqui que entra a importância da diversificação.

Com um portfólio mais equilibrado, os dois investidores conseguiriam alcançar uma relação risco-retorno mais saudável para seus portfólios. Isso porque os investimentos funcionam como em uma gangorra: enquanto um ativo pode sofrer perdas em um mês, outro se valoriza, proporcionando um maior equilíbrio entre segurança e retorno para o investidor.

Respeite seu perfil

Ao diversificar, o investidor deve sempre estar atento ao seu perfil de risco. E, também, deve saber que é possível diversificar mesmo dentro de uma única classe de ativos, como a renda fixa. Dessa maneira, o investidor conservador e que tem forte rejeição a perdas, pode diversificar seus investimentos e destinar uma parcela dos recursos que, no caso anterior, estava alocado na poupança, para títulos públicos (Tesouro Direto), privados (CDBs e debêntures, por exemplo) ou fundos de renda fixa.

Da mesma forma, o investidor mais arrojado pode equilibrar a relação risco-retorno combinando ativos de renda fixa mais conservadores (como Tesouro Selic) e outros mais rentáveis (como debêntures) com ativos de renda variável, seja pela compra direta de ações ou por meio de fundos de investimento. E, dentro do percentual de ações, por exemplo, ainda é possível diversificar comprando papéis de diferentes companhias e setores variados.

Considere todo o portfólio

É importante destacar que, ao diversificar, o investidor considere todo o portfólio de investimentos, respeitando seus objetivos de vida e a necessidade de liquidez (a palavra que sintetiza a velocidade em que um investimento se materializa em dinheiro no bolso).

É possível, dessa maneira, equilibrar um investimento mais conservador para a reserva de emergência (que prioriza a segurança e a alta liquidez) com uma aplicação mais arrojada para a longevidade (os altos prazos de acumulação, superiores a 20 anos, permitem que eventuais perdas sejam compensadas ao longo do tempo), por exemplo.

Outro critério importante para a diversificação é avaliar a correlação entre os ativos financeiros que compõem a carteira. Em investimentos, essa medida estatística explica a relação entre os ativos quanto às características em comum e comportamentos no que diz respeito às oscilações do mercado.

Ela demonstra a forma como os ativos se movimentam um em relação ao outro. Um exemplo prático: quedas na bolsa de valores brasileira costumam ser acompanhadas pela alta do dólar. Isso acontece porque, quando o mercado interno sofre com algum revés, os investidores se protegem na moeda americana. Dessa forma, quanto menor for a correlação entre dois ativos, mais a carteira estará protegida.

O conceito de diversificação também pode levar em conta diferentes geografias. Hoje, um investidor que tem uma parcela de seu portfólio alocada em ações também tem a possibilidade de investir em papéis de empresas estrangeiras. Uma carteira com diferentes papéis de vários setores e geografias estará protegida em caso de oscilações negativas em um determinado mercado e de ganhos em outro.

Deu pra entender um pouco mais sobre diversificação e como essa atitude pode te ajudar a alcançar os seus objetivos sem levar muitos sustos? Então, acompanhe nossas publicações aqui no Como Investir e entenda cada vez mais o universo dos investimentos.

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