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Veja se reconhece a cena: o sujeito, que começou uma dieta na semana passada, se esbalda durante o fim de semana. Adivinha se passa perto da balança no dia seguinte? De jeito nenhum. Outro exemplo: o estudante tinha uma prova difícil, mas trocou umas horas de estudo por um bom filme no cinema. Depois que sai o resultado, quem é que se arrisca a conferir a correção do professor? O tal do estudante é que não. Eis aí dois exemplos de uma atitude não lá muito louvável – mas, sejamos francos, muito comum. É o chamado “efeito avestruz”, expressão que remete à imagem mais famosa da maior ave do mundo: com a cabeça enterrada, ignorando tudo o que se passa ao redor.

ALERTA DE SPOILER! Na verdade, o avestruz não enterra a cabeça, mas como cisca no chão, a cena faz mesmo parecer que está com a cabeça embaixo da terra. Preciosismo à parte, vamos em frente com essa história. Continue a leitura abaixo!

Agora, se você acha que o “efeito avestruz” está restrito à vida escolar ou às variações do seu peso, saiba que está enganado. Os especialistas em finanças comportamentais tomaram a expressão emprestada para descrever um fenômeno que também é muito comum na hora de as pessoas lidarem com o próprio dinheiro. Essa tendência de ignorar informações ruins para evitar um desconforto psicológico ocorre – e muito! – também na vida financeira. Quer um exemplo? Quem aí já não “esqueceu” de dar uma conferida na fatura do cartão de crédito justamente naquele mês de dezembro, bem perto do Natal? Certamente não foi o caso de apenas um ou dois leitores!

Tá achando que é brincadeira? Pois saiba que não. Pesquisadores suecos e americanos comprovaram na prática a existência do tal “efeito avestruz” em 2009. Eles partiram do número de acessos que os investidores faziam nos sites das suas instituições financeiras apenas para conferir a quantas andava o valor das suas carteiras – basicamente, para tirar um extrato dos seus investimentos. Fizeram isso em dois períodos: entre 2002 e 2004 e entre 2006 e 2008. Descobriram algo muito interessante: cada vez que o mercado acionário começava a se sair mal, a quantidade de consultas diminuía. Mas se, por acaso, uma virada acontecia e as ações começavam a subir, automaticamente aumentava também o número de consultas. Os pesquisadores chamaram isso de “atenção seletiva”.

“Principalmente quando mantido por um tempo prolongado, esse tipo de comportamento pode levar a situações financeiras de risco, como a perda de controle sobre as próprias finanças ou a prejuízos consideráveis nas aplicações, já que os problemas financeiros continuarão ali, por mais que se tente negá-los”, explica a cartilha CVM Comportamental – Vieses do Poupador, desenvolvida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Mas a bolsa de valores por acaso vai deixar de cair se um de nós parar de acompanhar o desempenho das ações? Ou a inflação vai parar de subir se deixarmos de assistir o telejornal todos os dias? A resposta é não. Mas uma outra consequência do “efeito avestruz” é certa: uma grande bola de neve. “Os prejuízos se acumulam e as dificuldades se tornam mais difíceis de ser solucionadas, principalmente tendo em vista o efeito dos juros compostos”, explica o material da CVM.

Que tal dar um basta nesse hábito que é tão ruim para o seu bolso? Veja as sugestões da CVM para você se livrar de uma vez por todas do “efeito avestruz”:

Fonte: CVM

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