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Em um mundo cada vez mais globalizado, acontecimentos em um país podem desencadear reflexos em diversos outros — especialmente em contextos econômicos e de forma cada vez mais rápida. Assim, é preciso ter atenção ao impacto que o mercado internacional pode ter nos seus investimentos.

Afinal, o mercado financeiro internacional está cada vez mais conectado. Dessa maneira, alterações nas taxas de juros no exterior, mudanças em preços de commodities e até conflitos entre nações podem ter efeitos na bolsa de valores brasileira (B3), por exemplo.

Por isso, é importante compreender esse cenário e saber como se proteger. Neste artigo você entenderá mais sobre o impacto internacional nos investimentos no Brasil.

Vamos lá?

Como os acontecimentos no exterior podem impactar o Brasil? 

Imagine um dia de semana normal em que, à noite, você acompanha no noticiário os principais acontecimentos do dia. Mas, além das notícias do Brasil, uma parcela considerável das matérias do jornal envolve outros países.

Em um primeiro momento, é possível que você questione a representatividade das notícias internacionais no seu cotidiano, não é mesmo? Afinal, como os acontecimentos dos Estados Unidos, na China, nos países da Europa ou na Rússia e na Ucrânia podem impactar o seu dia a dia? Contudo, essas são, sim, informações relevantes.

Isso porque a relação do Brasil com outras nações é mais próxima do que você pode imaginar. A seguir, conheça alguns dos principais cenários que podem impactar o mercado brasileiro!

Política internacional

Por ainda ser um país em desenvolvimento, o Brasil não atua como protagonista em diversos aspectos da política internacional. Como consequência, nossa nação fica mais vulnerável aos impactos de decisões de outros países — especialmente dos Estados Unidos.

Isso acontece porque os EUA são a maior economia do mundo. Desse modo, os acontecimentos no país conseguem reverberar em todo o planeta, principalmente em âmbitos de políticas monetárias.

Um exemplo são as decisões do Federal Open Market Committee (FOMC), que pertence ao Federal Reserve (FED). O órgão é o responsável pelo controle da taxa básica de juros dos EUA — similar ao Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil.

Quando há um aumento nos juros dos EUA, é natural esperar uma retirada do capital de investidores estrangeiros de economias emergentes, como o Brasil. Afinal, as alternativas de renda fixa norte-americanas podem tornar-se mais atrativas.

Outra política do FED com impactos internacionais é a retirada de incentivos da economia: o chamado tapering.

Funciona da seguinte maneira: em momentos de crise, como pós-2008 e na pandemia de covid-19 em 2020, o órgão dá início a uma política de compra de títulos públicos federais. 

O objetivo dessa estratégia é mitigar os impactos da instabilidade e manter a economia americana aquecida. Nesse sentido, há mais dólares em circulação e é comum que investidores dos EUA explorem outros mercados — em especial, países emergentes.

No entanto, uma consequência dessa política é o aumento da inflação. Para reverter esse cenário, o FED dá início ao tapering — que, comumente, vem junto do aumento dos juros. Assim, há um esfriamento da economia e uma possível retirada de dólares de outros países.

Tensões entre nações

Mais um cenário internacional que pode impactar o mercado de investimento no Brasil são os conflitos entre países. O ano de 2022, por exemplo, iniciou com avanços importantes na tensão histórica entre Rússia e Ucrânia.

Esse contexto coloca todo o continente europeu em uma situação desconfortável. Como a região depende de muitas das commodities russas, especialmente gás natural, petróleo e carvão, uma escalada no conflito impacta todo esse mercado.

Cortes no abastecimento dos países, por exemplo, obriga a Europa a recorrer a outros mercados para obter as commodities. Uma consequência desse movimento é o aumento generalizado nos preços — afetando, inclusive, nações em desenvolvimento dentro e fora do continente.

A instabilidade internacional, portanto, já é suficiente para gerar efeitos negativos. Afinal, as incertezas no cenário político podem gerar menos capital em circulação.

Como o impacto acontece no mercado de investimentos? 

Como você entendeu, tensões internacionais e decisões políticas em outros países podem ter reflexos no Brasil. Embora o cenário mais comum seja um aumento na inflação, também há impacto direto no mercado de investimentos.

Em primeiro lugar, é preciso lembrar que uma parte dos investimentos na bolsa de valores do Brasil é acessado por capital estrangeiro. Ou seja, investidores de outras nações trazem seu capital para nosso país em busca de oportunidades.

Entretanto, em um momento de instabilidade internacional ou aumento de juros no exterior, esses investidores podem buscar por alternativas mais conservadoras. Assim, é natural esperar a diminuição do fluxo de capital estrangeiro na bolsa brasileira — o que pode resultar em quedas.

Além disso, o aumento da inflação, fruto de desequilíbrio cambial, também impacta os investidores brasileiros. Para entender essa dinâmica, considere a relação entre rentabilidade nominal e real. A primeira indica os ganhos totais, enquanto a segunda mostra o retorno já descontada a inflação.

Assim, imagine um investidor que conseguiu rentabilidade de 10% em sua carteira. Porém, nesse mesmo período o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), um dos índices que mede a inflação, registrou um acúmulo de 15%.

Isso significa que a rentabilidade real desse investidor foi negativa. Afinal, ela não foi suficiente para bater a inflação — isto é, houve uma perda no poder de compra. Dessa forma, é importante se atentar a esses aspectos em um cenário de instabilidade, combinado?

Como se proteger de possíveis instabilidades?

Agora que você entendeu os principais impactos internacionais nos investimentos no Brasil, é importante saber como se proteger, certo? Nesse sentido, pode ser interessante desenvolver uma estratégia com foco no longo prazo para diluir parte desses riscos.

Além disso, outra prática indicada é a diversificação dos investimentos. A diversificação traz menor volatilidade (risco) à carteira, deixando-a menos suscetível às variações devido às crises internacionais.

Por fim, é importante ter em mente que não é possível mitigar todos os riscos ao investir. Desse modo, é interessante elaborar uma carteira diversificada e coerente com seu perfil, horizonte de investimentos e objetivos para que não seja preciso ficar monitorando o mercado nacional e internacional a todo momento.

Como vimos, acontecimentos em outros países podem ter impacto em seus investimentos. Portanto, é importante entender quais os principais cenários e os possíveis efeitos dos movimentos que acontecem ao redor do planeta. Assim, você poderá montar uma estratégia para se proteger dessas oscilações!

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