O investimento em imóveis é um dos mais tradicionais entre os brasileiros. Basta lembrar dos nossos pais ou avós que diziam: compre imóveis porque é uma das melhores aplicações. Além de proporcionarem renda de aluguel, casas ou apartamentos podem servir de herança para filhos e netos. Até aí, só vantagem. Mas e na hora de vendê-los? A baixa liquidez é um dos pontos negativos do investimento direto em imóveis.
Como alternativa acessível, existem os chamados fundos imobiliários. Basicamente, são fundos que aplicam os recursos no mercado imobiliário, incluindo prédios comerciais, shoppings centers e galpões logísticos, por exemplo. Suas cotas são negociadas na bolsa de valores brasileira (B3) e podem ser compradas e vendidas, assim como as ações das empresas.
O baixo valor de investimento é uma das principais vantagens de aplicar em fundos imobiliários, explica o professor de finanças Arthur Vieira de Moraes. “Com um valor muito menor, você consegue aplicar em um fundo com um portfólio diversificado e que o investidor médio no Brasil jamais teria dinheiro para entrar. Com o dinheiro para comprar uma casa, por exemplo, dá para comprar cotas em diversos fundos, que investem em muitos ativos”, diz.
Como é possível perceber, a diversificação é outro ponto a favor dos fundos imobiliários. Isso porque o investidor não fica preso a apenas um locatário ou mesmo a um período longo de vacância (imóvel vazio).
Além de poder ganhar dinheiro com a valorização das cotas do fundo na bolsa, como ocorre com ações, o investidor recebe periodicamente as receitas geradas pelos imóveis ou ativos detidos pelo fundo. Normalmente, os rendimentos são pagos todo mês, como se você recebesse o aluguel de um imóvel. Pela legislação, os fundos devem distribuir, no mínimo, 95% do lucro líquido aos cotistas.
Esse rendimento é isento de IR para o investidor pessoa física, mas é preciso ficar atento às condições:
“Toda vez que você vende uma cota de um fundo imobiliário, precisa pagar o equivalente a 20% do ganho de capital em imposto de renda”, lembra Moraes.
Assim como qualquer investimento, a tradicional pesquisa é fundamental ao escolher um fundo imobiliário. Leia com atenção a lâmina, o prospecto e o regulamento do fundo antes de aplicar sua grana.
Entre os custos envolvidos nesta aplicação estão a taxa de administração, que é necessária para remunerar as pessoas que cuidam do fundo. Outro custo que deve ser levado em consideração é o de ordem de compra e venda para os fundos que têm suas cotas negociadas na bolsa de valores.
Para Moraes, o aspecto psicológico é um algo importante na compra de imóveis, uma vez que esse é um investimento que imobiliza o capital, disciplina o investidor e traz a ele uma sensação de segurança mais forte.
“Mas se engana quem acha que não se perde dinheiro com imóvel. O amadorismo no mercado imobiliário pode custar muito caro”, enfatiza o professor. Se, por um lado, os fundos imobiliários têm taxa de administração, por outro, os imóveis também embutem gastos que costumam não ser contabilizados, como manutenção, IPTU, condomínio e por aí vai.
Sem contar que para investir em imóveis é preciso desembolsar valores maiores caso o desejo seja comprar à vista.
Para não comprar gato por lebre, vale a pena pesquisar as opções disponíveis e procurar ajuda de profissionais capacitados. Confira, abaixo, a comparação de vantagens e desvantagens de ambos os investimentos:
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