É comum que algumas pessoas tenham resistência para se tornarem investidores, pois logo relacionam o termo a modalidades mais arriscadas, como ações e bolsa de valores. Entretanto, é importante saber que também existem diversas opções de investimentos de baixo risco e que se pode começar a investir o dinheiro em aplicações consideradas mais cautelosas.
O que é um investimento de baixo risco?
Uma informação fundamental quando falamos desse assunto é que todo investimento tem algum grau de risco — assim como tudo o que fazemos na nossa vida, não é mesmo? Considerando isso, as aplicações podem ser categorizadas como de baixo, médio ou alto risco, dependendo dos principais tipos de riscos envolvidos quando você investe seu dinheiro.
Um primeiro risco é o de liquidez, que se refere à facilidade com a qual o investidor consegue se desfazer de seus ativos e receber de volta o dinheiro investido. A compra de um imóvel é um exemplo de baixa liquidez, porque demora um tempo até você conseguir vendê-lo.
Tem também o risco de mercado. Esse tem ligação com as oscilações do mercado. Em épocas de retração da economia, por exemplo, alguns investimentos podem render menos ou até causar prejuízo.
Existe até o risco de “calote”, conhecido como risco de crédito. Ou seja, o perigo de não receber o que foi acordado pela empresa ou instituição financeira.
Logo, os investimentos de baixo risco oferecem maior proteção contra esses problemas. Em geral, eles têm alta liquidez, apresentam menor risco de crédito e, também, estão menos expostos às oscilações do mercado. Conclusão: investimentos de baixo risco são os que reduzem as possibilidades de você perder dinheiro.
Quais são os investimentos de baixo risco?
Ao contrário das ações compradas na Bolsa de Valores, em que o investidor coloca seu dinheiro em uma empresa acreditando no crescimento dela, mas sem garantias se isso vai mesmo acontecer, pois o risco de mercado é muito presente, nos investimentos de baixo risco, a estabilidade é maior.
Em geral, eles se reúnem na renda fixa — que é uma modalidade na qual as regras relacionadas ao prazo de vencimento e à rentabilidade do investimento ficam acordadas antes da aplicação. Conheça alguns exemplos:
Tesouro Selic
O Tesouro Selic é uma das opções mais conhecidas na renda fixa.
Além da facilidade de acesso, a popularidade desse investimento se deve em grande parte à possibilidade de segurança, visto que se trata de um título oferecido pelo governo brasileiro, o que minimiza o risco de crédito.
A liquidez também é uma vantagem do Tesouro Selic. Tirando os finais de semana, você pode ter seu dinheiro de volta dentro de poucas horas quando pede o resgate do
investimento (lembrando que os títulos prefixados e indexados ao IPCA possuem prazo de vencimento e o mais recomendado é não resgatá-los antes, para não ter risco de prejuízo).
CDB
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é outra aplicação de baixo risco. Ele funciona basicamente como um empréstimo que o investidor faz a um banco ou instituição financeira. Em troca, ele vai receber o dinheiro de volta acrescido de juros depois de determinado período.
Diversos bancos podem oferecer CDBs. Para manter baixo o risco de crédito, é importante buscar investir em instituições sólidas, que ofereçam pouco perigo de calote. Ainda assim, a segurança desse investimento também se deve à proteção do Fundo Garantidor de Crédito, que garante o pagamento dos investidores mesmo que o banco quebre.
LCI e LCA
As Letras de Crédito Imobiliário ou do Agronegócio (LCI e LCA) são semelhantes ao CDB. A principal diferença é que elas são isentas de Imposto de Renda. Isso acontece porque o dinheiro é utilizado pelo banco para financiar os setores imobiliário e do agronegócio, considerados prioritários no Brasil.
Outro detalhe importante é que elas costumam apresentar prazos maiores de vencimento e carência. Com isso, a LCI e LCA requerem um pouco mais de cuidado em relação à liquidez e à necessidade de o investidor precisar dos recursos rapidamente.
Se você precisar resgatar a quantia antes do vencimento, pode perder rendimentos. Então, o ideal é considerar isso antes de investir. Em relação à segurança, elas também contam com o FGC. Assim, os investidores correm menos risco de crédito.
Quais são as vantagens e desvantagens desses investimentos?
Agora você já entende bastante sobre os investimentos de baixo risco. Mas, será que vale a pena fazer essas aplicações? Para quem elas são indicadas? Quais são suas vantagens e desvantagens?
Em primeiro lugar, vale sim a pena investir em opções de baixo risco, principalmente se você é um investidor iniciante ou tem perfil conservador. Geralmente também são aplicações de baixo custo. Logo, você pode começar investindo pouco dinheiro.
Entre as maiores vantagens desses investimentos estão a segurança e a liquidez. Assim, são opções mais assertivas para quem está montando ou já possui uma reserva de financeira.
A principal desvantagem de investimentos de baixo risco é a possibilidade de obter um rendimento mais baixo comparado a outras alternativas mais arriscadas. Por isso, quem investe de maneira só conservadora sabe que vai ter ganhos limitados, se comparado a outras opções.
Mesmo assim, as aplicações de baixo risco são recomendadas inclusive, para investidores moderados ou arrojados. Isso porque é sempre importante diversificar a carteira de investimentos e deixar uma parte do patrimônio em locais mais seguros. Assim, é possível manter uma tranquilidade básica para começar a se arriscar mais em busca de rendimentos melhores.
Essas são as informações básicas para você saber como fazer investimentos de baixo risco. Buscar conhecimento e pesquisar detalhes importantes antes de investir são ações necessárias para diminuir ainda mais os riscos e fazer boas escolhas nesse universo. Considere nossas dicas e tome decisões cada vez melhores com o seu dinheiro!
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