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Guardar dinheiro e investir é a típica ação que deve se tornar um hábito. Não é assim com os exercícios físicos ou com a alimentação saudável? Pois é exatamente a mesma coisa quando o assunto são as finanças pessoais. Mas como incorporar o hábito de investir na sua rotina?

Não é algo impossível, mas exige disciplina e determinação. E isso porque fazer algo pensando no benefício futuro não é próprio dos seres humanos. “As pessoas são naturalmente orientadas para o curto prazo, por uma questão ancestral de sobrevivência. Investir, portanto, é quase como lutar contra a nossa própria natureza”, explica André Massaro, consultor financeiro. Exatamente como fazer exercícios ou alimentar-se de maneira saudável, guardar dinheiro também representa um sacrifício no curto prazo. O que ninguém pode esquecer é que os benefícios desse sacrifício no longo prazo são enormes.

As pessoas que não encontram as ferramentas certas ou não se enchem de determinação dificilmente serão capazes de economizar com regularidade. Com a ajuda do especialista, Como Investir elaborou um guia rápido de práticas essenciais para transformar o ato de investir em um hábito indolor. Confira o resultado abaixo:

Automatização

Sabe aquela fatura de luz que está programada para débito automático na sua conta corrente? Qual foi a última vez que você esqueceu de pagá-la? Provavelmente, foi antes de você… programá-la para débito automático. Esse mesmo princípio – a automatização – é uma das maneiras mais efetivas de transformar o ato de investir em um hábito, “Uma frase famosa no campo das finanças pessoais é: pague-se primeiro. Mas é muito difícil colocar esse ensinamento em prática sem ter investimentos automáticos programados, porque a tendência das pessoas é de primeiro gastar, e deixar para poupar só no fim do mês”, afirma. Um exemplo clássico de como a automatização pode ser eficiente são os débitos das contribuições para fundos de previdência privada feitos diretamente na folha de pagamento. Em geral, as pessoas enxergam o desconto quase como um imposto retido na fonte – e por isso nem contam com aquele valor para cobrir as despesas do mês. O resultado é que depois de alguns anos haverá uma bela economia esperando por elas. Existem muitos outros tipos de investimentos que podem ser automatizados. Há anos os bancos oferecem aplicações programadas na caderneta de poupança, por exemplo. Hoje, também há corretoras que permitem programar a compra mensal de títulos públicos negociados no Tesouro Direto e até de ações na bolsa de valores.

Pressão social

Você já se perguntou por que algumas empresas deixam públicas as metas de produtividade que os funcionários precisam cumprir a cada mês? A resposta é: por conta da força da pressão social. E a mesma lógica serve para quem está tentando poupar. “Fazer um comprometimento público com alguém que seja de confiança, como um grande amigo ou um familiar, nos ajuda a manter o foco, porque sabemos que estaremos sujeitos a um certo nível de fiscalização”, explica Massaro. A sugestão do especialista para quem se interessar por essa técnica é, em primeiro lugar, encontrar a pessoa certa para ser o parceiro na jornada. Preferencialmente, deve ser alguém com quem tenha um certo grau de liberdade para abordar assuntos particulares e que também seja firme na cobrança. “Além de comunicar as suas metas financeiras, como poupar 10% da renda por mês, também é necessário estabelecer alguma espécie de punição caso o objetivo não seja cumprido”, sugere. Não se assuste, é isso mesmo: em outras palavras, é preciso criar “armadilhas” para si mesmo, de modo a evitar que o propósito de ter o hábito de poupar fique pelo caminho.

Objetivo pessoal

É muito comum ouvir dos especialistas que uma maneira de se comprometer a economizar é estabelecer objetivos de médio e de longo prazo, como trocar de carro ou formar uma reserva financeira. Mas muitas vezes esses objetivos não são suficientes para estabelecer nas pessoas o hábito de poupar. E isso acontece porque é comum que as metas definidas não sejam realmente importantes para elas. É provável que você tenha crescido ouvindo dos seus pais que ter uma casa própria é uma conquista relevante. Mas se você é um profissional que precisa mudar de cidade com frequência, faz sentido pensar nisso como algo fundamental? Será que você se sentirá suficientemente motivado por esse objetivo – comprar uma casa – para poupar regularmente? O terceiro caminho para economizar sempre, portanto, é parar para pensar profundamente sobre quais são os seus – e só seus – objetivos financeiros. Essa é uma conversa pessoal que exige maturidade e franqueza, mas que pode render excelentes resultados.

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