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Você conhece a taxa Selic? Essa é a taxa básica de juros no Brasil e que influencia a economia e os investimentos. Em agosto de 2022, ela atingiu um dos maiores patamares dos últimos anos, o que animou muitos investidores por conta das maiores possibilidades de ganhos na renda fixa.

Porém, a Selic não vai subir para sempre. Na verdade, a tendência é que ela comece a cair em algum momento, mesmo que não seja possível afirmar quando isso vai acontecer. Por esse motivo, você pode querer saber quais alternativas podem ser interessantes com uma Selic em queda, certo?

Então que tal aprender sobre o assunto? Entenda mais sobre a taxa de juros no Brasil a seguir e veja quais investimentos podem ser atrativos quando a Selic começar a descer!

O que é a taxa Selic e quais os impactos nos investimentos?

Como você viu, a Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Assim, ela funciona como uma referência para a definição de juros no mercado, como em empréstimos, financiamentos e produtos de crédito.

A taxa também é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação — o aumento constante e generalizado dos preços dos produtos e serviços. Isso porque ela pode ser usada para estimular ou desestimular o consumo, o que pode ajudar a acelerar ou desacelerar a inflação.

Para quem investe, ela é importante por ser referência para os juros de diversos títulos de renda fixa. Dessa maneira, ela impacta diretamente o retorno de diversos dos investimentos dessa classe — e pode movimentar também a renda variável.

Vamos entender melhor como isso funciona? Acompanhe a seguir!

Títulos pós-fixados

Os títulos pós-fixados são aqueles com rentabilidade atrelada a um índice de referência que, geralmente, tem a ver com a Selic. Aliás, o próprio Tesouro Direto tem o Tesouro Selic, que rende aproximadamente 100% dessa taxa, dependendo do ágio ou do deságio no momento da compra do título.

Também existem aplicações que têm como referência o Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Ele é um índice que acompanha o movimento da Selic, mas, em geral, com um percentual um pouco abaixo dela.

Títulos prefixados

Os títulos prefixados apresentam uma taxa de rendimento fixa se o investidor mantiver o título até o vencimento. Porém, a Selic impacta essas aplicações, se o investidor precisar vender no meio do caminho.

Afinal, para manter o interesse dos investidores, os emissores tendem a fixar rendimentos competitivos com os títulos pós-fixados e quem quer vender seus títulos no mercado precisa oferecê-los com taxas competitivas. Se a Selic sobe, é comum que os novos títulos prefixados tenham taxas maiores. E o contrário acontece na queda da taxa básica de juros.

Títulos híbridos

Os títulos híbridos apresentam uma taxa fixa e seguem um indexador do mercado. Nesse caso, é comum que seja o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mensura a inflação.

Lembra que a Selic é utilizada para controlar o cenário inflacionário? Dessa maneira, a Selic pode ajudar a reduzir ou aumentar a inflação. Logo, ela afeta os rendimentos dos títulos atrelados ao IPCA e influencia também a parte de sua remuneração prefixada, como explicado acima nos títulos prefixados

Renda variável

Lembra que a taxa básica de juros brasileira também pode impactar as alternativas de renda variável? Pois bem, esse movimento ocorre de forma indireta. Isso acontece porque os investidores podem colocar na balança qual classe de investimentos mais vale a pena conforme o potencial de rendimentos de cada uma antes de investir.

Desse modo, muitas vezes quando a Selic cai, é esperado um movimento maior para a renda variável, pois os investidores buscam potencial de ganhos superior àquele encontrado na renda fixa. Mesmo que isso exija correr riscos maiores.

Já quando a Selic sobe, muitos investidores priorizam a renda fixa, já que é possível ter ganhos atrativos sem precisar assumir riscos elevados na hora de investir.

O que acontece quando a Selic cai?

Você entendeu como a Selic é utilizada como referência para rentabilidade dos investimentos de renda fixa e para controlar a inflação. Logo, você já sabe que, quando essa taxa cai, os juros pagos aos investidores dos títulos dessa classe ficam menores, especialmente no caso das aplicações pós-fixadas.

Recapitulando o que você aprendeu, os títulos prefixados e híbridos passam a ser emitidos com taxas mais baixas após a Selic cair. Afinal, eles não precisam mais oferecer grandes percentuais para competirem com os títulos pós-fixados, não é mesmo? Por outro lado, se você já possui um título prefixado que pagava uma taxa de juros mais alta, pode ter um ganho adicional ao oferecer no mercado esse papel, que agora pode ser vendido com uma taxa de juros mais baixa.

E, diante da queda na rentabilidade da renda fixa, os investimentos de renda variável tendem a ganhar força — o que pode fazer a bolsa de valores, por exemplo, subir.

Viu como é importante considerar os movimentos da Selic ao tomar suas decisões de investimento?

Onde investir quando a taxa Selic começar a cair?

Agora que você entendeu o que acontece quando a taxa Selic cai, é o momento de descobrir onde investir quando acontece esse movimento. Mas atenção: essas não são sugestões de investimentos. Então não se esqueça de avaliar cada opção com cuidado antes de aplicar seu dinheiro, combinado?

Além disso, tenha em mente que sua carteira de investimentos não precisa mudar completamente sempre que a Selic subir ou cair. O ideal é fazer escolhas com base no seu perfil de investidor, no seu horizonte de investimentos e nos seus objetivos financeiros, mantendo a sua estratégia ao longo do tempo.

Depois de considerar esses pontos de atenção, veja algumas alternativas de investimentos que podem ser atrativas quando a taxa Selic começar a cair!

Títulos prefixados e híbridos

Você já viu que, quando os juros no Brasil estão baixos, os títulos pós-fixados podem não ser tão atrativos. Assim, investidores que não querem sair da renda fixa podem se interessar por outras formas de rendimentos.

Nesse cenário, a vantagem dos títulos prefixados quando a Selic começa a cair é que eles apresentam juros que são mantidos até o fim do prazo. Então você pode conseguir taxas prefixadas mais altas antes da queda da Selic e aproveitar esse rendimento sem ser afetado pela baixa dos juros. Ou pode vender esses títulos no meio do caminho, recebendo um ganho adicional pela diferença das taxas.

Já os títulos híbridos conseguem manter os rendimentos sempre acima da inflação. Então eles não são tão afetados com a baixa da Selic — e é possível encontrar taxas prefixadas mais elevadas antes dessa queda. Também é possível vendê-los com ganho adicional como no caso dos prefixados.

Resumindo: a rentabilidade desses dois tipos de títulos só é garantida se o dinheiro for deixado até o vencimento. Se você resgatar antes do prazo, podem existir diferenças nas taxas de juros, a depender das condições do mercado na data. Então avalie as condições antes de efetuar o resgate antecipado, beleza?

Fundos imobiliários

Os fundos imobiliários (FIIs) funcionam como um condomínio de investidores que querem se expor ao mercado de imóveis. Nesse caso, o patrimônio é movimentado por um gestor profissional — é como se ele fosse o síndico, enquanto os investidores são os condôminos.

Além disso, existem diferentes tipos de FIIs no mercado. Um FII de papel, por exemplo, investe em títulos ligados ao mercado imobiliário. Já um fundo de tijolo faz alocações em imóveis físicos, podendo ganhar com aluguel e venda das propriedades.

Como os fundos imobiliários são investimentos de renda variável, de uma forma geral, quando os juros caem, eles ficam mais atrativos, assim como as ações.

Mas cada um desses tipos de fundos pode apresentar um comportamento diferente diante da queda da Selic. Os fundos de papel que aplicam em títulos de rentabilidade pós-fixada, por exemplo, devem passar a render menos.

Enquanto isso, os fundos de tijolos podem ter o seu desempenho melhorado com a Selic em baixa. Isso porque a taxa de juros menor pode estimular a compra de imóveis, aquecendo o mercado e potencializando os ganhos desses FIIs. Mas é importante avaliar fundo por fundo, pois cada um é diferente do outro e tem suas próprias características. Interessante, não é?

Ações

As ações são a menor parte do capital social de uma empresa listada na bolsa de valores. Desse modo, quando você compra o ativo, se torna sócio dessa companhia. Como vimos, quando a Selic está em baixa, há uma tendência de investidores migrarem da renda fixa para a variável.

Isso pode levar o preço das ações a subirem, pois a cotação delas depende da oferta e demanda de investidores. Então, se você tem perfil de investidor para assumir maior risco, essa pode ser uma alternativa com a Selic em queda.

Neste post, você aprendeu como funciona a taxa básica de juros no Brasil e como ela impacta os investimentos. Agora vale a pena estudar mais as alternativas que podem ser interessantes quando a Selic começa a cair para tomar as melhores decisões para a sua carteira!

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