Quando a Copa do Mundo se aproxima, para muitos torcedores, o clima da maior festa do futebol tem início bem antes, com o álbum de figurinhas do campeonato. Pessoas de todas as idades correm contra o tempo para completar o álbum. Nas redes sociais, tem gente até organizando encontros para trocar as figurinhas repetidas.
Mas o que isso tem a ver com investimentos?
Fazendo um paralelo entre as figurinhas e os ativos financeiros, é possível entender o funcionamento básico dos mercados primário e secundário.
Banca de jornal e mercado primário
Quando você compra um pacotinho de figurinhas diretamente em uma banca de jornal, é como se estivesse adquirindo um ativo financeiro (por exemplo, uma ação) no mercado primário, ou seja, você negociou diretamente com a companhia emissora dos papéis.
É o caso quando uma empresa faz um IPO (Oferta Pública Inicial, da sigla em inglês) na B3, a bolsa de valores oficial do Brasil, dando a oportunidade de as pessoas se tornarem sócias comprando suas ações.
Troca de figurinhas e mercado secundário
Agora imagine que nesse pacotinho há figurinhas repetidas. Não é vantagem jogar fora, muito menos ficar guardando, certo? O mais comum é que os amigos se reúnam para trocar.
Da mesma forma, você não precisa ser sócio de uma empresa durante a vida toda. Enquanto as figurinhas podem ser trocadas entre as pessoas, as aplicações financeiras também são negociadas entre os investidores. Essa troca de figurinhas (ops, de ativos financeiros) se dá no chamado mercado secundário.
Diferentemente do mercado primário, no secundário, os recursos não vão para a companhia emissora dos papéis. Isso porque os investidores negociam os ativos entre si. Basta combinar com outra pessoa (ou mais de uma) para que ocorra a troca. Outro exemplo é a negociação de títulos públicos. Se o objetivo for resgatar o dinheiro aplicado antes do vencimento, é possível vender os papéis no mercado secundário.
Todas as figurinhas têm o mesmo valor?
Em época de Copa do Mundo, é muito comum ouvir nas rodas de troca de figurinhas frases do tipo “minha figurinha brilhante vale mais, então não vou trocar por qualquer uma” ou “não troco a figurinha do camisa nota 10 pela de um jogador que ninguém conhece” e por aí vai. Algumas figurinhas são tão difíceis de conseguir que há quem as negocie por valores bem altos. Tudo isso no mercado secundário ou grupos de trocas.
Nos investimentos, é semelhante. Ninguém gosta de comprar “gato por lebre”. Por isso, a velha máxima de pesquisar e conhecer bem as diferentes aplicações vale tanto para quem vai investir quanto para os colecionadores de figurinhas. Afinal ninguém troca uma figurinha “especial” por qualquer figurinha repetida.
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