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Não tem como fugir da inflação, ela está presente no cotidiano de todas as pessoas — e, por isso, é essencial saber como se proteger de seus efeitos. Afinal, ela é a responsável por fazer a mesma quantia de dinheiro comprar menos no mercado do que alguns anos ou meses atrás, por exemplo. Ou seja, a inflação está relacionada ao custo de vida e ao seu poder de compra.

Uma das formas de se proteger desse fenômeno é recorrer aos investimentos, como, por exemplo, o Tesouro IPCA+. Esse é um título público que rende, para quem ficar com o investimento até o seu vencimento, uma taxa fixa mais a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — a medida oficial de inflação no Brasil. Mas você sabia que essa não é a única possibilidade para a sua carteira de investimentos?

Se você quer aprender a proteger seu patrimônio da inflação, este artigo apresenta algumas oportunidades do mercado financeiro além do Tesouro IPCA e explica como elas funcionam.

Confira!

Títulos privados

Para se proteger da inflação, você pode recorrer a títulos privados da renda fixa com rendimento híbrido. Eles rendem uma taxa fixa mais a variação do IPCA — do mesmo modo que acontece com o Tesouro IPCA, se o investidor ficar com o dinheiro investido até o vencimento do título. Interessante, não é?

Entre eles, há opções como o certificado de depósito bancário (CDB) ou as letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA).

Essas são alternativas emitidas por instituições financeiras e podem trazer menos riscos ao investidor. Afinal, elas são garantidas em até R$ 250 mil pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O limite é por CPF ou CNPJ e por instituição. Também há um teto de R$ 1 milhão, que é renovável a cada 4 anos.

Ainda, existem os títulos de crédito privado emitidos por instituições não financeiras. Essa é uma categoria que inclui alternativas como as debêntures.

Nesses casos, você investe seu dinheiro e, em troca, no vencimento, pode receber uma rentabilidade que acompanha a inflação. Mas tenha atenção: os títulos de crédito privado emitidos por empresas não têm proteção do FGC, então apresentam mais riscos, combinado?

Fundos de inflação

Os fundos de inflação são veículos financeiros coletivos que funcionam como um tipo de condomínio. Nele, diversos investidores adquirem cotas e podem aproveitar os resultados obtidos.

Além disso, existe um gestor profissional, que movimenta o dinheiro e realiza as operações, conforme a estratégia de cada fundo. É como se o gestor fosse um piloto de avião e os cotistas, os passageiros, sabe? O foco está em chegar ao destino, ou seja, participar do mercado financeiro em busca de rentabilidade.

Na prática, existem vários tipos de fundos, como os de renda variável, multimercado, cambiais e os de renda fixa. Nessa última classificação, estão os fundos de inflação. Eles podem, inclusive, ser alternativas interessantes para proteger seu patrimônio do avanço de preços.

Isso porque esses fundos procuram superar um indicador de mercado, como o Índice de Mercado ANBIMA da série B (IMA-B). Ele é desenvolvido por nós, da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), e é formado por títulos públicos indexados à inflação.

Existem ainda o IMA-B 5, com títulos que acompanham a inflação e têm duração média de até 5 anos, e o IMA-B5+, composto por títulos com prazo igual ou superior a 5 anos.

Esses fundos preveem a cobrança de uma taxa de administração, que serve para remunerar a gestão — como se fosse o salário do piloto de avião. Além disso, pode haver a cobrança de impostos, como o Imposto de Renda (IR) e o come-cotas, que é uma antecipação semestral do IR.

Se você quiser investir em fundos de inflação, é preciso avaliar quais alternativas estão disponíveis na plataforma de investimentos da sua instituição financeira, combinado?

ETFs de renda fixa

Já que estamos falando de fundos, vale a pena considerar os ETFs de renda fixa. Sigla para Exchange Traded Funds, os ETFs também são conhecidos como fundos de índice. Eles recebem esse nome porque procuram replicar a carteira teórica de um indicador de referência.

Assim, o objetivo é que o desempenho do ETF seja equivalente ao do índice de mercado espelhado. Nesse caso, a gestão é passiva, como se o avião estivesse em piloto automático.

Por causa dessa característica, é comum que a taxa de administração de um ETF de renda fixa seja menor e isso pode favorecer a sua rentabilidade líquida, ou seja, o resultado do investimento, descontados os custos envolvidos.

Além disso, é importante não confundir os ETFs de renda fixa com os fundos de inflação. Afinal, mesmo que eles usem o mesmo índice de referência — como o IMA-B, o IMA-B 5 ou o IMA-B 5+ —, a gestão é diferente, ok?

E a forma de negociação também varia. No caso dos ETFs de renda fixa, você encontra as cotas negociadas na bolsa de valores.

FIIs 

Ainda sobre fundos de investimento negociados na bolsa de valores, saiba que existem os fundos de investimento imobiliários (FIIs) que podem oferecer um rendimento acima da inflação.

Essa modalidade financeira se destaca porque permite investir no mercado imobiliário de diferentes maneiras. Entre os tipos, estão os fundos de tijolo, cujo foco é investir em imóveis físicos. Assim, é possível obter lucro com a venda ou com a locação das propriedades. Os contratos desses imóveis para aluguel são atualizados pela inflação, normalmente pelo IPCA ou pelo IGP-M.

Para entender como esse investimento pode protegê-lo de um cenário de inflação alta, imagine que você tem um imóvel físico que aluga para uma família. No contrato, vocês concordam que o aluguel sofrerá um reajuste anual pelo IPCA.

Logo, não importa qual será a medida da inflação, pois o seu contrato será atualizado por esse valor, certo? Com um FII de tijolo, é assim que acontece — a diferença é que você é um cotista e não a pessoa proprietária do imóvel.

No caso dos FIIs de papel, os títulos que estão na sua carteira estão associados a índices de preços. Além do IPCA, existe o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M), que mede a “inflação do aluguel”.

Esse investimento é de renda variável, então exige atenção aos riscos envolvidos. Caso queira investir em FIIs, você precisará acessar a bolsa de valores por meio da plataforma da sua instituição financeira, do mesmo modo que acontece ao investir em ETF.

Importante ressaltar que normalmente, quando a inflação sobe, há uma alta na taxa de juros para que seja controlada a inflação e esses investimentos podem sofrer perdas por causa da marcação a mercado.

Como você viu, existem investimentos de renda fixa e de renda variável atrelados à inflação. Por isso, vale a pena analisar seu perfil de investidor e seus objetivos para escolher a alternativa mais adequada para proteger seu patrimônio. Assim, você saberá como e onde investir em um contexto com uma inflação mais alta.

Gostou dessas informações? Aproveite e compartilhe este artigo nas suas redes sociais para ajudar quem também deseja conhecer alternativas de investimentos para se proteger da inflação!

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