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Na área da Economia, um termo muito usado para descrever algumas situações é “trade-off” – que significa nada mais do que escolher uma coisa em detrimento de outra. Um país que precisa elevar os juros para conter a inflação faz um “trade-off”. Uma empresa que opta por aumentar o preço de um produto para assegurar um determinado nível de qualidade da matéria-prima também faz um “trade-off”.  

Pois saiba que esse conceito também se aplica perfeitamente às suas finanças pessoais. Para ter dinheiro, no futuro, afinal, é preciso deixar alguma coisa de lado no presente, não é mesmo?
Exercitar a arte do “trade-off” pode ajudá-lo a economizar. Você já pensou, por exemplo, em trocar o restaurante em que almoça todos os dias? Se perto do trabalho houver uma opção com comida boa e mais barata, por que não tentar? Você provavelmente perderá na variedade, que será menor, ou na sofisticação de alguns ingredientes. Mas que diferença faz para o seu bolso gastar R$ 20 por almoço, no lugar de R$ 30? Para quem almoça fora de segunda a sexta, são R$ 50 em uma semana. Ou cerca de R$ 200 em um mês. Com esse dinheiro economizado, dá para comprar uma calça nova. Ou fazer um passeio bacana no interior. Ou pagar sua conta de energia elétrica – vai saber!

O educador financeiro Conrado Navarro dá um exemplo prático de um trade-off pessoal. “Sou um grande apaixonado por carros, mas não do trânsito das grandes cidades. Moro no interior e viajo com frequência, portanto o carro é um ativo importante para o meu trabalho. Ainda assim, para economizar tempo e dinheiro, uso meu carro apenas para ir de uma cidade a outra”, conta. Quando chega, para o carro no estacionamento do hotel e vai de um lado para o outro usando serviços de táxi e carros particulares. “Economizo muito nos gastos diários, pois a soma do custo de estacionamento e de combustível é bem maior que as tarifas dos motoristas”, explica. Além disso, como pode seguir trabalhando durante os deslocamentos – já que não precisa dirigir – ganha tempo. E não é pouca a grana extra que consegue fazer desse jeito. “Em 2016, economizei R$ 2.830 com esse expediente, dinheiro que usei para pagar o IPVA de 2017.” É mole?

Em quantos “trade-offs” você consegue pensar rapidamente para aliviar o seu bolso? Você pode passar a frequentar um grupo de corrida ou a fazer exercício ao ar livre, dispensando a academia. Também dá para cancelar a TV a cabo e investir em serviços de streaming de vídeo, muito mais baratos e recheados de boa programação. Dá ainda para espaçar mais as idas ao cabelereiro, por exemplo, ou procurar alternativas de diversão gratuitas na cidade.

Mas como qualquer decisão financeira, os “trade-offs” que você decidir realizar também devem ser estudados e avaliados. Não adianta cortar gastos por cortar. Na verdade, o tiro pode sair pela culatra. “Cortar o cafezinho, uma sugestão comum, não é algo necessariamente bom”, afirma o planejador financeiro André Esteves. Suponha o caso de um profissional liberal que tem na hora do cafezinho uma oportunidade para encontrar pessoas e fazer networking. Eliminar esse gasto seria, na verdade, um grande erro. “Não há razão para, necessariamente, trocar o cafezinho por alguns poucos reais economizados”, explica Esteves.

E você, já parou para pensar nos “trade-offs” que conseguiria fazer na sua vida?

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