A Reforma da Previdência é o assunto do momento, desde os noticiários até o bate-papos entre amigos. Mas, e você, sabe quais são suas mudanças e, principalmente, como elas vão influenciar nos seus planos de aposentadoria no futuro?
Entender suas particularidades é muito importante, afinal de contas, ela já está caminhando para a aprovação final, mas, várias mudanças marcaram seu trajeto e ainda existem algumas regras de transição que podem alterar a forma como você poderá solicitar sua aposentadoria.
Ou seja, saber como ela vai funcionar pode trazer benefícios para você, inclusive na hora de programar seus investimentos. Então, vamos analisar esse assunto, e, principalmente, refletir como se preparar para o futuro? Veja neste post.
Nada melhor do que listar as mudanças mais significativas da Reforma da Previdência para entender como elas podem afetar sua vida, certo? Então, aqui vão algumas delas.
As regras de transição foram criadas para que os contribuintes que já estavam próximos de se aposentarem sejam beneficiados com um formato que assemelhe os dois regimes — o antigo e o atual —, e pouco ou nada altere na contagem para sua aposentadoria. Ao todo, são cinco regras:
Complementando o tópico anterior, a nova idade mínima para se aposentar é de 62 anos para as mulheres e 65 para homens, com condição especial para a aposentadoria rural, em que, os 60 anos completados, independentemente do sexo, já serviriam para o pedido de aposentadoria.
Com a Reforma da Previdência, viúvos e viúvas terão direito a 50% do valor da pensão, acrescidos de 10% por cada dependente. Se o casal não tinha filhos, por exemplo, o companheiro ou companheira, em vida, receberá 50% + 10% por ser dependente do finado. Mas, se houverem descendentes, a cada um deles, 10% são acrescidos até completar 100%.
O valor integral do teto do INSS somente será repassado para aqueles que contribuírem por 40 anos. Com 20 anos de contribuição, a porcentagem será de 60%, tendo o acréscimo de 2% a cada ano depois disso.
O desconto mensal nos salários dos trabalhadores será entre 7,5% a 14% no INSS e 7,5% a 22% para o servidor público.
Além dos contribuintes, a Reforma da Previdência também afeta a economia do país, seja no fato de que o dinheiro dos aposentados gira diversos setores de consumo, seja nas políticas de gestão.
É possível, por exemplo, que após a aprovação da Reforma, a confiança dos investidores internacionais aumente, e novos recursos sejam investidos no nosso país. Isso aquece a economia, gera empregos, aumenta a arrecadação de impostos e toda a máquina governamental e da sociedade ganham nova energia para movimentarem.
Esse cenário positivo também permite que o governo considere diminuir a taxa de juros básica, o que também estimula novos investimentos no país, mas, altera a remuneração de alguns tipos de investimentos.
É nessa hora, inclusive, que você precisa estudar quais são suas aplicações atuais ou que esteja planejando fazer, pois, assim, conseguirá uma boa rentabilidade com seus investimentos.
A solução para seus investimentos depois da Reforma da Previdência não é somente fazer uma previdência privada, até porque elas podem ser conservadoras, moderadas ou até mesmo arrojadas, dependendo da composição de seus títulos.
Então, é preciso ficar atento para os movimentos do mercado. Com a redução da taxa de juros básica, a Selic, por exemplo, os títulos e aplicações de Renda Fixa renderão menos do que antes.
Ainda assim, aplicações atreladas a esse indicador manterão suas características conservadoras que satisfazem esse tipo de investidor. Os CDIs e fundos de Renda Fixa compostos por Tesouro Direto são bons exemplos.
A renda variável, como as ações negociadas na Bolsa de Valores, também terá uma modificação, afinal de contas, com os investidores mais confiantes, esses investimentos poderão se valorizar — fundos de renda variável e os fundos multimercados, são bons exemplos.
Respeitar o seu perfil de investidor é o primeiro passo, principalmente se você vai começar a investir agora. É recomendado, porém, refazer esse teste regularmente para identificar mudanças de perspectiva, além de relembrar que ele direciona sugestões de aplicações, mas elas não são obrigatórias.
Outros pontos essenciais para seu planejamento de aposentadoria sob a perspectiva das finanças pessoais é usar a diversificação de seus investimentos para fortalecer seu patrimônio.
Complementar sua aposentadoria com outros tipos de investimentos deixará o assunto da Reforma da Previdência em segundo plano na sua vida. Em outras palavras, fará com que esse assunto não tire seu sono e tranquilidade, não é mesmo?
Se você vai começar a investir agora e escolheu a previdência privada como alternativa para sua aposentadoria depois da Reforma da Previdência, saiba que também é preciso se antenar para as diferenças de tributação que existem entre elas.
Quer saber mais? Então, leia sobre como investir pensando na aposentadoria e entenda as diferenças entre as previdências VGBL e PGBL.
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