Provavelmente você conhece algum parente ou amigo que guarda dinheiro na poupança, certo? Afinal, ela é o investimento mais popular entre os brasileiros. Contudo, nem todo mundo sabe qual é o rendimento da poupança.
Por esse motivo, muitas pessoas passam longos períodos com o dinheiro rendendo abaixo da inflação. Você sabe o que isso significa? Se você ainda desconhece esses conceitos, vale prosseguir com a leitura.
Neste artigo, você vai entender como funciona e como calcular o rendimento da poupança para saber se ele está acima da inflação. Além disso, vai conhecer outros investimentos que podem fazer parte da sua carteira.
Acompanhe!
A poupança desperta diferentes opiniões entre profissionais do mercado, investidores e poupadores. Isso porque existem diversas alternativas de investimentos com características semelhantes à caderneta, mas que podem oferecer rentabilidades melhores.
Porém, antes de conhecer essas possibilidades, é importante entender como funciona o rendimento da poupança. Primeiramente, é preciso saber que os rendimentos da poupança são creditados apenas uma vez ao mês, na chamada data de aniversário de cada aplicação.
Isso significa que, se você investir dia 10, essa será a data de pagamento dos juros a cada mês. Assim, se você retirar o dinheiro dia 9, não receberá nenhuma remuneração por esse último período.
Além disso, a taxa de rendimento da poupança é calculada com regras distintas conforme o patamar da taxa básica de juros. Por esse motivo, em períodos de queda dos juros, é possível que você perceba que o dinheiro perdeu poder de compra.
Nesse caso, no entanto, tenha em mente que você não vai ver seu saldo diminuindo na poupança, beleza? Na verdade, o que pode ocorrer é a perda do valor para a inflação. Então, com o passar do tempo, o seu dinheiro passa a valer menos.
Agora é hora de entender como o rendimento da poupança é calculado. Pelas regras válidas desde maio de 2012, o cálculo da rentabilidade da poupança varia de acordo com duas definições:
Como você viu, em cenários de juros baixos e inflação alta, a rentabilidade da poupança costuma ficar comprometida. A depender do contexto econômico, a rentabilidade real, que desconta a inflação, chega a ser negativa.
Quer um exemplo? No final de 2015, a Selic estava em 14,25% ao ano e a poupança rendeu 8,15% naquele ano. Porém, ao considerar a inflação na época — que foi de 10,67% —, a caderneta apresentou um retorno real negativo de 2,28%.
Ou seja, o dinheiro não rendeu mais que a inflação e houve uma perda do poder de compra. Dessa forma, o baixo rendimento da poupança acaba sendo prejudicado pela inflação que está alta.
Percebeu como o rendimento anual da poupança a torna pouco atraente? Para resolver essa questão, é possível buscar alternativas no mercado financeiro. Mas não se preocupe, porque existem investimentos tão seguros quanto a poupança e que oferecem retornos mais interessantes.
Conheça alguns exemplos de aplicações que podem oferecer tanta segurança quanto a poupança e retornos melhores!
Os títulos públicos são investimentos de renda fixa emitidos pelo Tesouro Nacional. Eles funcionam como um empréstimo para o governo, que se compromete a devolver o dinheiro investido acrescido de juros.
No caso do Tesouro Selic, a rentabilidade acompanha algo próximo a 100% da taxa básica de juros, a Selic (essa diferença em relação à taxa Selic se deve ao ágio ou deságio na hora da compra), enquanto a poupança tem um retorno menor, como você aprendeu.
Outra característica importante dos títulos públicos é a alta liquidez, como na poupança. Contudo, o Tesouro Selic se destaca entre eles, porque o risco de perda de parte do dinheiro no resgate antecipado é bastante baixo.
Além disso, todos os títulos públicos contam com a proteção do Governo Federal e a garantia do Tesouro Nacional. Logo, eles são considerados os investimentos mais seguros do mercado.
Já os CDBs (certificados de depósito bancário) são alternativas emitidas por instituições financeiras que querem captar recursos para financiar suas operações. Cada título tem as próprias características e condições, como em relação à liquidez, prazo e rentabilidade.
Assim, é possível encontrar opções que acompanham o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que fica próximo à Selic, além de alternativas prefixadas ou híbridas — que seguem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) somado a uma taxa fixa.
Quanto à segurança, os CDBs são cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos). A entidade garante o pagamento do dinheiro investido acrescido dos juros, até o limite estabelecido, caso o banco emissor abra falência. Essa é a mesma garantia presente na poupança.
Se você ficou interessado em investir nessas alternativas, saiba que o primeiro passo é ter conta em uma instituição financeira. Em seguida, é possível acessar a plataforma do Tesouro Direto e escolher um título público, por exemplo.
Já os CDBs estão disponíveis nas plataformas das instituições financeiras. Além disso, existem diversos outros títulos de renda fixa que podem ser atrativos para a sua estratégia.
Antes de investir, a dica é pensar no seu perfil de investidor, no seu horizonte de investimento e nos seus objetivos financeiros, certo? Como você viu, cada aplicação tem características distintas e servem a propósitos diferentes. Então é preciso considerar as suas necessidades em relação à liquidez, horizonte de investimento e segurança para fazer escolhas mais adequadas.
Neste artigo, você aprendeu o que significa o rendimento da poupança estar acima da inflação. Como isso pode não acontecer sempre, é fundamental conhecer outras possibilidades de investimento que possam trazer retornos maiores.
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