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A crise causada pela pandemia do novo coronavírus expôs ainda mais a importância de ter uma reserva de emergência, para garantir a sua segurança financeira e dos seus familiares, e estar sempre “coberto” para eventuais surpresas.

Ninguém esperava que surgiria uma pandemia que mexesse com a saúde econômica de todo o mundo, mas que estamos sempre sujeitos a imprevistos e surpresas, isso é certo. Até mesmo uma pandemia, afeta as pessoas de maneira diferente, alguns ficam mais vulneráveis, enquanto para outros surgem boas oportunidades. E é para isso que serve a reserva de emergência, para socorrer nas situações em que menos se espera. Isso quer dizer que essa não é aquela graninha que você junta para realizar um sonho!

O objetivo da reserva é montar um colchão de segurança para, caso algo dê errado, você não precisar cair nas dívidas. Então, sim, é importante deixar essa grana “intocável”, para que ela esteja disponível quando você realmente precisar.

Controlar sua vida financeira

No inglês, existe uma expressão muito famosa para quem não tem total controle sobre a própria vida financeira — living paycheck to paycheck. Basicamente, é a prática de viver de pagamento em pagamento, com um orçamento super apertado, em que não sobra nenhuma graninha para poupar ou investir.

No longo prazo, essa rotina pode ser asfixiante, já que a pessoa nunca se prepara para um momento ruim. E veja, aqui, nem estamos sendo pessimistas dizendo que algo ruim pode acontecer, mas apenas apontando para o simples fato de que a vida é imprevisível. Então, não é melhor estar preparado?

Além disso, a reserva é o primeiro checkpoint para quem quer começar a investir. Antes de qualquer coisa, você deve organizar suas dívidas para que elas sejam pagas sem prejudicar o seu orçamento de sobrevivência – despesas básicas como alimentação, moradia, entre outras. Dizemos isso porque a reserva é justamente a soma de 3 a 12 meses dos seus custos de vida, em que a quantidade de meses que você deve somar é definida de acordo com o quão seguro é o seu trabalho.

Então, quanto maior a sua reserva, maior o seu tempo para dar a volta por cima. Digamos que você saia de um emprego. Com uma boa reserva, você tem tempo para analisar a situação com a cabeça mais fria e tentar uma recolocação mais tranquila. Também funciona para termos uma situação financeira mais equilibrada independentemente do cenário econômico.

Como formar a minha reserva de emergência?

A resposta não poderia ser mais objetiva: você precisa mudar de hábito financeiro. Mas não confunda com acabar com sua vida social e não se permitir a nada. Na realidade, você deve ir se habituando aos poucos à mentalidade de uma pessoa poupadora.

Primeiro, você precisa ter na ponta do lápis o seu custo de vida, que inclui todas as despesas fundamentais para a manutenção do seu dia a dia, como internet, luz, aluguel, condomínio, água, alimentação, transporte e saúde.

Defina o tamanho da sua reserva

Beleza, então, você descobriu seu custo de vida — digamos, por exemplo, R$ 2 mil. Agora, é importante definir o grau de segurança que essa reserva deve oferecer. Quanto maior o tempo, maior a segurança e maior o valor a ser economizado. Por exemplo:

· 1 mês de contas pagas: R$ 2 mil;

· 3 meses: R$ 6 mil;

· 6 meses: R$ 12 mil;

· 1 ano: R$ 24 mil.

Estipule um prazo para bater a meta

Agora que você tem o valor definido, é o momento de decidir um prazo para alcançar esse objetivo. Digamos que você pretenda comprometer 10% da sua renda mensal para montar esse fundo. Nesse cálculo, se a sua renda for de R$ 2,5 mil:

· 10% de R$ 2,5 mil é R$ 250;

para juntar uma reserva de:

· R$ 2 mil, serão necessários 8 meses;

· para uma reserva de R$ 6 mil, 24 meses;

· para uma de R$ 12 mil, 48 meses;

· para R$ 24 mil, oito anos.

Você pode aproveitar as rendas extras, como o décimo terceiro, por exemplo, para acelerar a formação da reserva. Separar 10% para se dar um presente, e investir os outros 90%.

Corte gastos desnecessários

Com o tempo, você cria gosto pelo hábito de poupar. Então aproveite esse entusiasmo e elimine gastos paralelos e menos prioritários do seu dia a dia. Por exemplo: Usa mais Netflix do que TV a cabo? Cancele a TV a cabo. O carro está sempre parado e exigindo custos de manutenção, seguro e impostos? Venda o carro.

O objetivo não é abrir mão do consumo, mas consumir de maneira inteligente, cortando tudo aquilo que gera custos e nenhum aproveitamento real na sua vida.

Obedeça a suas metas

Digamos que você queira começar com 5% do salário, e não 10%. Sem problemas, apenas comece. O mesmo vale para quem deseja iniciar com R$ 50 por mês — o importante é começar e sempre, sempre, sempre poupar. Reforçamos isso porque é a construção do hábito econômico que aproximará você dos seus objetivos.

Onde aplicar a minha reserva?

Deixar o dinheiro debaixo do colchão também não é muito inteligente. Afinal de contas, você pode usar os rendimentos dos seus investimentos como uma forma de acelerar a construção da sua reserva. Como o próprio nome sugere, porém, reserva financeira é sinônimo de segurança, e não de rentabilidade.

Por isso, os investimentos da renda fixa com maior liquidez, que proporciona capacidade de sacar esse dinheiro rapidamente em um momento de necessidade, são indicados para essa finalidade.

Existem algumas opções, como CDB (emitido por bancos) com liquidez diária e Tesouro Selic (título público que pode ser comprado pelo Tesouro Direto) – o que te dará facilidade para resgatar o dinheiro a qualquer momento.

Os Fundos de renda fixa, aqueles que buscam retorno por meio de investimentos em ativos de renda fixa, como títulos públicos federais, CDB, LCI (Letra de Crédito Imobiliário)

e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), debêntures, entre outros – também são recomendados para aplicar o dinheiro da reserva de segurança. Entre eles estão os chamados fundos indexados. O objetivo é seguir as variações de indicadores de referência no mercado de renda fixa, como a taxa DI, que normalmente acompanha um valor próximo à Selic.

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