Ao contrário do que todo mundo pensa, a decisão de ter ou não ter carro não é uma equação exata. Além dos custos, existem aspectos emocionais que também devem ser levados em consideração.
Aspectos emocionais
Conforto, segurança e disponibilidade
Para você, conforto é essencial? Por mais que fique horas no trânsito, é importante ter seu espaço? Ou você não aguenta o “anda e para” do trânsito e consegue fugir dos horários de rush?
Ar-condicionado para você é um item de luxo? Ou é um artigo de segurança, devido ao risco de assalto na sua cidade?
E, sobre disponibilidade, você gosta de poder sair de casa quando quiser, sem ter que chamar um carro por aplicativo? Ou prefere não se preocupar em ficar procurando estacionamento?
Gosto pela direção
Gostar de dirigir não é o mesmo do que pilotar seu carro no Autódromo de Interlagos. Ter um carro pode dar um ar de liberdade, mas também implica em aguentar o trânsito (e os congestionamentos) do dia a dia, prestar atenção 100% do tempo e não poder ler um livro ou bater papo no WhatsApp durante o trajeto, igual você faz quando anda de ônibus ou metrô.
Necessidades especiais
Muitas vezes, a compra de um carro não é só para uma pessoa, mas para uma família. Se você convive com crianças ou idosos, um carro pode ajudar na hora de levá-los para passear ou para as atividades do dia a dia. Às vezes, a decisão não envolve apenas seus gostos, mas também as necessidades das pessoas ao seu redor.
Aspectos financeiros
Na ponta do lápis
Depois destas reflexões, agora é a hora de pensar nos gastos. Quanto custa seu dia a dia sem carro? Se costuma viajar, tem que considerar também o preço do aluguel de um carro ou das passagens.
E, com carro, como ficariam os gastos? Pense no modelo, no combustível, no valor do seguro, na manutenção e nos impostos. Lembre ainda que, na maioria das vezes, dependendo de onde você mora, terá que pagar para estacionar.
Vale fazer essas estimativas para um ano, e depois dividir por doze, e descobrir o custo equivalente a um mês e se encaixa dentro do seu estilo de vida.
Os temidos custos
Além de tudo isso, você precisa pensar no chamado “custo de oportunidade de capital”. O nome é estranho, mas a ideia é simples: se você comprou um carro, o dinheiro não está em nenhuma aplicação, então você está perdendo a oportunidade de investi-lo e ter bons rendimentos. Além disto, o carro desvaloriza (deprecia) um pouquinho todo ano. Esse valor varia de acordo com o preço do automóvel.
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