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Os investimentos em títulos públicos ganharam os corações e mentes dos brasileiros nos últimos anos. Para ter uma ideia, são mais de 7 milhões de investidores cadastrados no Tesouro Direto, o programa do Tesouro Nacional que permite que investidores Pessoa Física comprem títulos públicos do Governo Federal. Desses, quase 1,3 milhão está ativo, ou seja, tem títulos neste momento.

Dos três tipos de títulos oferecidos no programa, o mais demandado é o Tesouro Selic que, em maio deste ano, respondeu por 50% do total das vendas. Agora a boa notícia: boa parte dos investidores desse título não precisará mais pagar a taxa da B3, que é de 0,25% ao ano.

A novidade, anunciada em 23 de julho pelo Tesouro Nacional e pela B3, vale para quem tem até R$10 mil aplicados nesse tipo de título. Acima desse valor, a taxa volta a ser cobrada, mas apenas sobre o que exceder os R$10 mil. A mudança passa a valer a partir de 1º de agosto. O que isso significa, na prática? É o que vamos ver a seguir. Acompanhe!

O que eu ganho com a taxa zero do Tesouro Selic?

A B3 cobra uma taxa de 0,25% sobre o volume investido para todos os títulos públicos. Agora, vamos ver por que decidiram tirar essa taxa do Tesouro Selic. Esse tipo de título tem sua rentabilidade atrelada à Selic, que é a taxa básica de juros da economia, e essa taxa vem caindo sistematicamente nos últimos anos.

Para ter uma ideia, em agosto de 2016, a Selic estava em 14,25% ao ano, enquanto agora (julho de 2020) está em 2,25%. Você pode conferir o histórico da Selic no site do Banco Central. Enquanto ela estava em patamares mais elevados, a taxa da B3 não pesava muito no bolso do investidor. Agora, com a taxa de juros num nível tão baixo, isso faz toda a diferença.

Diante disso, a taxa da B3 começou a fazer com que o Tesouro Selic perdesse competitividade e se tornasse menos atraente como uma opção de aplicação de baixo risco. No entanto, como vimos acima, muita gente investe nesse tipo de título. Por isso, a B3 e o Tesouro Nacional decidiram zerar essa taxa para todos que têm até R$10 mil investidos no Tesouro Selic.

Na prática, isso aumenta a rentabilidade líquida do investimento e a deixa no mesmo nível das duas outras aplicações de baixo risco que mencionamos aqui. Assim, os únicos descontos que o investidor tem na hora do resgate ou do vencimento do título são o Imposto de Renda e, se for o caso, a taxa praticada pela corretora.

A taxa zero vale para todos os títulos?

Não, a taxa zero vale apenas para o Tesouro Selic. Para os outros dois títulos vendidos no Tesouro Direto — Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado — continuam valendo a taxa de custódia de 0,25% sobre o valor investido.

Além disso, outra informação importante — já mencionada acima, mas que é essencial reforçar — é que o benefício vale para valores até R$10 mil aplicados nesse título. Acima desse patamar, a taxa volta a ser cobrada, mas apenas sobre o que exceder os R$10 mil.

Como vai funcionar a cobrança da taxa da B3 na prática?

Para entender melhor quem vai estar isento da taxa e quem deverá pagá-la e como deve funcionar essa cobrança, você pode conferir o quadro abaixo.

Aqui, é possível notar que um investidor que tem, por exemplo, R$5 mil, vai ficar isento da taxa da B3, enquanto outro que tenha R$30 mil vai pagar 0,25% sobre o valor acima de R$10 mil, ou seja, sobre R$20 mil, o que corresponde a R$50. Assim, mesmo quem tem mais de R$10 mil aplicados será beneficiado, não com a isenção da taxa, mas com uma redução.

De acordo com o Tesouro, 53% dos investidores inscritos no programa têm até R$10 mil em Tesouro Selic e terão direito à isenção da taxa. A decisão se segue a outras medidas que vêm sendo anunciadas para melhorar a competitividade da aplicação.

Em dezembro de 2018, a B3 reduziu a taxa de custódia de 0,30% para os atuais 0,25% para todos os títulos. Já em abril de 2019, o Tesouro Nacional reduziu o spread, que é a diferença entre o valor de compra de um título e o seu valor de venda que, na prática, aumenta a rentabilidade do investidor que vende o título antes do seu vencimento.

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