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Se você decidir investir em renda fixa, vai perceber que essa classe tem tanto títulos públicos quanto privados. Nessa segunda classificação, muitas aplicações são criadas a partir de um processo conhecido como securitização.

Você sabe como ela funciona? Ao entender o funcionamento desse procedimento, você vai conhecer aplicações diferentes para incluir em sua carteira. Assim, é possível aproveitar mais oportunidades de fazer o seu dinheiro render.

Quer descobrir o que é o processo de securitização? Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!

Vamos lá?

O que são os direitos creditórios?

Antes de partirmos para o conceito de securitização, vale entender o que são os direitos creditórios. Nesse caso, imagine uma empresa que faz a venda de produtos para clientes e oferece diversas formas de pagamento.

Agora, considere que você fez uma compra e decidiu dividir em 6 vezes no crediário — aquele carnê das lojas, sabe? Nessa situação, a empresa não receberá todo o valor no dia da venda, já que você não escolheu o pagamento à vista.

Em vez disso, funcionará assim: você deve pagar o valor combinado a cada mês. Esse processo de venda a prazo dá origem ao que é conhecido como direito creditório.

Como a empresa ofereceu um produto e você realizou a compra, o negócio tem o direito de receber o valor que vocês combinaram. Se não houver o pagamento, o empreendimento pode fazer a cobrança, certo?

Porém, como você viu, a empresa só receberá todo o valor da venda quando o período de parcelamento acabar e isso costuma atrapalhar a organização financeira do negócio, que precisa pagar fornecedores, empregados etc. Nessa situação, ela pode vender os direitos creditórios.

Ou seja, a empresa tem a oportunidade de negociar os direitos creditórios dos quais tem direito. Em troca, ela recebe à vista, com um desconto, os pagamentos que só aconteceriam depois. Essa é a chamada antecipação de recebíveis.

O que é o processo de securitização?

O processo de securitização acontece de uma forma parecida. Afinal, a venda com desconto dos direitos creditórios de um negócio é feita para uma empresa chamada de securitizadora.

Após essa negociação, é feita a securitização. Ela serve para transformar os direitos creditórios que foram comprados em “pacotes”. Depois, os pacotes são convertidos em títulos de renda fixa. Assim, os direitos creditórios servem como uma espécie de garantia para o produto de investimento criado.

Quando os investimentos chegam ao mercado, é possível investir dinheiro nessas aplicações, com a promessa de receber o valor investido mais uma remuneração. Interessante, não é?

Qual é a importância da securitização?

Até aqui, você aprendeu o que é o processo de securitização de recebíveis, certo? Agora, vale a pena entender por que esse procedimento é tão importante. Na prática, as empresas são as principais beneficiadas por essa etapa.

Afinal, a securitização é uma forma de antecipar o recebimento de recursos que só entrariam no caixa da empresa no futuro.

Isso ajuda, por exemplo, a cuidar do fluxo de caixa. Se o empreendimento vende a prazo para os clientes, mas paga os fornecedores à vista, pode ser difícil equilibrar as contas. Com a antecipação de recebíveis que é feita por meio da securitização, o problema é resolvido.

Ainda, a antecipação de recebíveis não aumenta o endividamento do negócio. Como a empresa vende os próprios direitos creditórios, não é preciso fazer uma dívida — ao contrário do que acontece em um financiamento ou empréstimo.

Mesmo que a securitizadora cobre uma taxa pela antecipação, o custo também costuma ser menor que as taxas bancárias na concessão de crédito, já que a garantia são os próprios direitos creditórios. Assim fica mais fácil entender por que a antecipação vale a pena para as empresas, não é?

Além disso, o processo pode ser interessante para quem investe. Afinal, as operações de securitização permitem criar diversos títulos de crédito de renda fixa. Desse modo, você tem mais oportunidades para aplicar seu dinheiro e fazer ele render.

Como você pode se expor à securitização ao investir?

Depois de conhecer o papel das securitizadoras e das empresas que vendem seus direitos creditórios, vale saber como o investidor pode participar da securitização, não é mesmo? Nesse caso, o foco está nos títulos privados que são criados por meio desse processo.

Entre as alternativas, estão o certificado de recebíveis imobiliários (CRI) e do agronegócio (CRA). Esses são títulos que envolvem direitos creditórios do mercado de imóveis e do agronegócio, respectivamente.

É o caso de uma incorporadora imobiliária que termina de construir um prédio. Após vender todos os apartamentos, a empresa pode negociar os direitos creditórios daqueles que foram parcelados, para antecipar os recursos que só seriam recebidos depois. Assim, ela passa a ter capital para iniciar um novo projeto.

Após comprar os direitos creditórios, a securitizadora pode emitir um CRI — e você pode investir nele. O mesmo vale para o CRA, considerando operações realizadas no mercado agro. Bacana, né?

Também existem os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs). Eles funcionam como condomínios financeiros. Em um FIDC, um gestor fica responsável por escolher aplicações relacionadas aos direitos creditórios.

Ainda, em 2022, foi criado o certificado de recebíveis (CR). Esse é um investimento que prevê a emissão de títulos a partir dos direitos creditórios de diferentes setores. Assim, já não é preciso se limitar às empresas imobiliárias ou do agronegócio.

Ao mesmo tempo, vale a pena ter cuidado na sua escolha de investimento. Isso porque os títulos relacionados à securitização fazem parte do crédito privado. Como essas aplicações são emitidas por empresas não-financeiras, elas não têm a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Logo, os riscos podem ser maiores. Então você deve verificar se faz sentido para o seu perfil de investidor, combinado?

Quais são as novidades sobre a securitização?

Além de descobrir como é o processo de securitização, vale aprender mais sobre as novidades relacionadas ao assunto — como o Marco Legal da Securitização. Ele foi criado pela Lei nº 14.430, sancionada em agosto de 2022.

Entre os pontos que essa norma apresenta, está o conceito único de securitização. Como agora ele não depende apenas do CRI ou CRA, há mais segurança jurídica e novas possibilidades no mercado financeiro, sabia?

O Marco Legal também é importante por formalizar a criação dos CRs genéricos — que você já conheceu. Além disso, outros valores mobiliários podem ser criados a partir do processo de securitização, tornando essa dinâmica ainda mais relevante para o mercado financeiro.

Ao longo deste conteúdo, você descobriu o que é o processo de securitização e para que ele serve. Agora você pode analisar as alternativas de investimentos criadas a partir do processo para definir se elas são interessantes para a sua estratégia de investimentos.

Ainda tem alguma dúvida sobre esse processo? Deixe um comentário para que a gente possa ajudar!

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