Você já ouvir falar em ETFs? Esse é um mercado de investimento gigantesco mundo afora, mas ainda pouco conhecido no Brasil. Um ETF (Exchange Traded Fund, na sigla em inglês) é um fundo de investimento que tem as cotas negociadas na bolsa de valores.
Os ETFs também são chamados de “fundos de índices”, porque suas carteiras sempre seguem um índice de referência. Um ETF de Ibovespa, por exemplo, é um fundo composto pelas mesmas ações incluídas no Ibovespa, principal referência da B3, a bolsa brasileira. Por isso, quando decide comprar cotas de um ETF de Ibovespa, o investidor passa a ter, indiretamente, todos os papéis deste índice.
Se deu vontade de investir em ETFs, as cinco razões abaixo vão ajudar você a se convencer sobre esse produto:
1.É fácil investir em ETFs
Na prática, investir em um ETF é igual a investir em uma ação. Primeiro, é preciso ter uma conta em uma corretora de valores. Depois, é necessário escolher qual dos ETFs disponíveis faz sentido para a estratégia do investidor. Por fim, basta enviar uma ordem de compra para a corretora, com o valor e a quantidade de cotas a serem adquiridas. Feito!
Assim como na compra de ações, na negociação de ETFs é preciso pagar uma taxa de corretagem, que é cobrada pela corretora tanto na hora da aquisição quanto na venda dos papéis. Também são cobradas pequenas taxas da própria B3.
2. ETFs ajudam a diversificar a carteira
A diversificação é uma forma de proteger o patrimônio. Uma carteira concentrada em um só produto pode sofrer perdas quando o seu desempenho não vai tão bem. Já se o dinheiro estiver distribuído em diversos segmentos do mercado, a performance de um produto ajuda a compensar a do outro.
Ao comprar cotas de um ETF, o investidor adquire um conjunto de ativos. É como se pegasse um pouquinho de cada produto que integra o seu índice de referência, mas sem precisar comprá-los separadamente. Por isso, os fundos de índice são considerados uma maneira prática de aplicar em uma carteira diversificada.
3. Investimento mínimo em ETFs é baixo
No caso dos ETFs, o lote padrão costuma ser de dez cotas. Significa que cada compra ou venda deve ser de pelo menos dez cotas do fundo de índice. Quanto isso representa em reais? Depende do ETF. Cada cota do PIBB11, um dos ETFs mais tradicionais e conhecidos, custava cerca de R$ 160 em maio de 2019. Um lote padrão, portanto, sairia por aproximadamente R$ 1.600. Já uma cota do iShares Ibovespa (BOVA11), um dos ETFs mais negociados na bolsa brasileira, custava R$ 90 – ou R$ 900 por lote padrão.
Embora sejam negociados em lotes padrão, é possível comprar e vender ETFs também no mercado fracionário. Trata-se de um ambiente em que, em vez de dez cotas, o investidor pode negociar menos – oito, cinco ou até uma só cota. Nesse caso, o investimento fica ainda mais acessível.
4. A taxa de administração dos ETFs é atrativa
Embora sejam negociados na bolsa como ações, os ETFs possuem taxas de administração como os fundos de investimento. Mas há uma diferença: em geral, as taxas dos ETFs são mais baixas que as dos fundos tradicionais.
O PIBB11 é o ETF com a menor taxa de administração dentre os listados na B3. Ele tem taxa de 0,059% ao ano (dados de maio de 2019). O custo nos outros fundos de índices é maior, mas não passa de 0,60% ao ano. Os fundos tradicionais oferecidos a pequenos investidores normalmente têm taxas de administração entre 2% e 3%.
5. Existem ETFs de para todos os gostos
Há, no mundo, ETFs de muitos tipos. Eles podem investir em renda variável ou fixa, em commodities ou moedas, no Brasil ou no exterior, em setores tradicionais ou até em start ups. Aqui no país, os mais comuns são os ETFs de índices de ações locais, mas há também alguns que replicam índices de ações estrangeiras.
Mais recentemente, foram lançados os primeiros ETFs de renda fixa do Brasil. Um deles (FIXA-ETF01L1) tem como base derivativos de juros futuros. O outro (IMAB11) replica o comportamento de títulos públicos atrelados à inflação. Nos dois casos, a taxa de administração não passa de 0,30% ao ano.
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