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As debêntures de infraestrutura caíram ultimamente no gosto dos investidores interessados em diversificar suas aplicações em renda fixa. Esses papéis emitidos por empresas e destinados a financiar projetos de infraestrutura, como estradas e aeroportos, também atraíram os investidores pela isenção fiscal – não há qualquer mordida do Leão nos rendimentos desse tipo de aplicação.

A partir de agora, o interesse deverá ser renovado, uma vez que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), órgão que regula o mercado de capitais brasileiro, publicou uma instrução que modifica as regras dos fundos de investimento em infraestrutura, que são compostos por vários desses papéis. Antes restritos aos “investidores qualificados”, aqueles que têm mais de R$ 1 milhão para aplicar, hoje é possível que todos invistam nesses fundos, abrindo o leque para as pessoas físicas.

Confira a seguir o que são essas debêntures e como funcionam os fundos de infraestrutura.

O que são debêntures de infraestrutura?

Também conhecidas como debêntures incentivadas, esses produtos surgiram em 2012 e são emitidos por empresas para financiar grandes projetos de infraestrutura, em áreas como energia, saneamento, transporte e telecomunicações. A lógica é que o investidor empreste dinheiro para essas empresas e seja remunerado mais para frente.

Como elas remuneram?

As debêntures de infraestrutura são produtos de renda fixa emitidos com uma taxa de juros prefixada vinculada, geralmente, a um índice de inflação (IPCA). A remuneração do investidor é então calculada a partir dessa taxa, acrescida de um valor, chamado de “prêmio”, por conta do risco de crédito. São investimentos de longo prazo, com vencimento médio em 10 anos – há casos que chegam a 18 anos.

O que são os fundos de investimento em infraestrutura?

Os fundos de investimento em infraestrutura, por sua vez, aplicam em diversas debêntures ao mesmo tempo. As principais vantagens são:

– Fiscais

Os rendimentos são isentos de imposto de renda.

– Diversificação de riscos

Como investem em diferentes papéis, os fundos de infraestrutura ajudam o investidor a diluir os riscos – na comparação com a compra direta de debêntures incentivadas. Em outras palavras, o investidor que compra apenas um produto acaba concentrando mais seus riscos, o que é ruim em caso de algum problema com o projeto da empresa emissora.

– Gestão ativa

Como são títulos atrelados a projetos, nem sempre o investidor pessoa física consegue avaliar corretamente todos os riscos envolvidos, seja por falta de conhecimento sobre a empresa emissora ou do projeto em si. Os gestores dos fundos têm maior capacidade para avaliar os projetos e capturar os momentos mais favoráveis no mercado para a compra e venda dos papéis – daí o nome “gestão ativa”.

 

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