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Responda rápido: quantas vezes você foi ao banco no último ano? Se for um jovem fã de contas digitais e fintechs (empresas de tecnologia financeira), a resposta talvez seja “nenhuma”. Para a galera da internet, não faz diferença ir pessoalmente a uma instituição financeira, já que dá para resolver quase tudo pelo computador ou pelo celular. Mas não se engane. A maioria dos brasileiros não é tão conectada assim. Ou pelo menos sente mais confiança ao deixar seu dinheirinho aos cuidados de alguém de carne e osso. Para fazer aplicações financeiras, sete em cada dez investidores brasileiros preferem visitar pessoalmente uma agência bancária.

As mulheres e as pessoas com mais de 45 anos são ainda mais propensas a ir ao banco, segundo pesquisa da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), entidade que mantém o Como Investir, e do Datafolha (1). Entre os entrevistados na faixa dos 60 anos de idade, a preferência por investir em uma agência bancária física chega a 78%.

Mas por que tanta gente ainda prefere investir presencialmente no banco, em vez de usar as facilidades dos meios digitais? Listamos hipóteses:

– Algumas pessoas ainda têm dificuldades para lidar com sites e aplicativos, simplesmente por não serem tão habituadas a isso. Afinal, apenas os muito jovens já nasceram com a internet disseminada por todo canto. Segundo a pesquisa da ANBIMA, 29% das pessoas optam por fazer investimentos pelos aplicativos dos bancos e só 4% pelos das corretoras. É bem menos do que os que procuram a agência pessoalmente.

– Algumas pessoas se sentem inseguras porque conhecem pouco sobre investimentos. E nesse caso, escolher sozinho uma aplicação financeira pelo site ou aplicativo do banco vira uma tarefa muito difícil. Quando questionados sobre que produtos financeiros conhecem, 54% dos entrevistados na pesquisa da ANBIMA disseram nenhum.

– Algumas pessoas gostam da segurança de saber que existe alguém zelando pelas suas economias. Tanto é que 42% das pessoas gostam de buscar informações sobre investimentos cara a cara, com o gerente do banco ou o corretor.

Comportamento do investidor

As finanças comportamentais talvez ajudem a entender a preferência pela presença física. Esta área da economia mostra que muitas das nossas decisões financeiras levam em conta aspectos emocionais, relacionados com maneira como nosso cérebro interpreta cada situação.

Um dos vieses a que os investidores estão sujeitos é o da aversão à perda. Os indivíduos, em geral, sentem mais pelo que perdem do que pelo que ganham – e isso vale também para o dinheiro. Será que as pessoas têm tanto medo de perder ao investir pela internet, a ponto de preferirem deixar de lado benefícios como facilidade, comodidade e múltiplas opções? Será que sentem que poderiam ganhar mais em um contato com o gerente – ou que poderiam perder menos? É uma hipótese! Qual é a sua?

(1) Para a pesquisa, foram realizadas 3.452 entrevistas em todo o Brasil, distribuídas em 152 municípios, com a população economicamente ativa, inativos que possuem renda e aposentados, das classes A, B e C, a partir dos 16 anos. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

 

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