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Você já deve ter percebido que a sustentabilidade ganhou as ruas e passou a ser um tema importante com o passar das décadas, certo? No mundo dos investimentos, não foi diferente. Com o passar do tempo, o conceito ESG foi ganhando cada vez mais espaço e hoje é uma realidade que está logo ali. 

Por meio desse conceito, é possível investir em projetos e empresas sustentáveis, trazendo os valores ESG para a sua carteira. 

Mas, afinal, o que é ESG e como surgiu a sigla?

Environmental 

Social

Corporate Governance

Em português, a sigla pode ser traduzida como ASG e faz referência a Ambiental, Social e Governança Corporativa

O conceito de ESG estabelece critérios de sustentabilidade para as mais diversas instituições e organizações e auxilia os gestores e investidores em seus processos de tomada decisão. 

Para entender como essa sigla funciona, veja uma lista de algumas questões que podem ser consideradas em cada fator ESG: 

Como você pode ver, o foco das práticas ESG ou ASG está nas questões referentes ao cuidado com o meio ambiente, à preocupação com o aspecto social e à ética corporativa. 

Foi em 1987, quando a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela ONU (Organização das Nações Unidas), apresentou o conceito de desenvolvimento sustentável. 

A sigla ESG, por sua vez, foi citada pela primeira vez em 2004, lançada pelo Pacto Global. E o tema ganhou ainda mais visibilidade a partir de 2006 com a criação do PRI (Principles for Responsible Investment), que, em português, significa Princípios para Investimentos Responsáveis.   

Atualmente, diversos mercados vêm registrando crescimento expressivo no volume de investimento com a ótica ESG. Segundo o relatório bianual publicado em 2021 pela GSIA (Global Sustainable Investment Alliance), o estoque total de investimentos ESG alcançou US$ 35,3 trilhões em 2020, o que representou um aumento de 15% em relação a 2018.

Como o ESG se relaciona aos investimentos?

Na prática, essa é uma estratégia que pode ser utilizada para direcionar decisões de gestores e investidores. 

Ou seja, é possível utilizar o critério ESG para selecionar um investimento sustentável para a sua carteira. Do mesmo modo, o gestor de um fundo de investimento pode adotar a metodologia para saber em quais ativos investir. 

E, caso você tenha interesse em participar desse movimento, é possível explorar as estratégias de sustentabilidade.

Se liga… 

Quais são as estratégias ESG possíveis?

 

Existem diversas estratégias que incluem fatores ESG na análise de investimento. No guia ESG da ANBIMA, são abordadas as principais no mundo dos investimentos. Porém, é sempre bom lembrar que não há uma solução única, logo cabe ao gestor/investidor adequá-la às suas necessidades. 

Filtro negativo

É uma das estratégias mais usadas no mundo. Ela exclui investimentos que não refletem os valores éticos e/ou não cumprem normas mínimas estabelecidas pelos critérios ESG. Um exemplo são os setores que envolvem alto risco social e ambiental, como os armamentistas, tabaco, energia nuclear, pornografia, apostas e bebidas alcoólicas. 

Filtro positivo 

Essa estratégia é idêntica à negativa, só que, em vez de excluir, são incluídos aqueles que atendem a critérios e normas ESG. Além disso, são considerados nessa estratégia investimentos temáticos. Ou seja, são escolhidos temas específicos, normalmente relacionados com sustentabilidade. Como, por exemplo, a redução de emissão de carbono. 

Best-in-class

Esse é um outro modelo de filtro positivo, com a diferença que funciona como um ranking. São selecionados critérios ESG para a avalição de um determinado setor ou projeto e, a partir dessa análise, são definidos os melhores em relação aos seus pares para receberem o investimento. Geralmente, esse tipo de análise consegue capturar possíveis vantagens competitivas entre empresas do mesmo setor, por exemplo, do varejo, que têm políticas de inclusão e diversidade no trabalho e podem atrair mais clientes do que aquelas do mesmo setor que não as possuem.

Investimento de Impacto 

Os investimentos de impacto são feitos em setores, companhias ou projetos focados na geração de impacto social e ambiental. O mais importante é que os impactos possam ser medidos. O que dirá se esses fundos estão indo bem é uma combinação de fatores como impacto social e ambiental –por isso é importante a necessidade de mensurar seus resultados e retornos financeiros. 

Engajamento corporativo 

Essa estratégia utiliza a participação acionária que os investidores detêm para influenciar a estratégia da empresa e a adoção de políticas ESG. Essa estratégia estimula os investidores a manter suas participações e tentar persuadir a empresa a adotar melhores políticas ASG.

É importante apontar que pode ser escolhida mais de uma estratégia –é comum a utilização de mais de um tipo como forma complementar. 

Como identificar um investimento ESG?

Se você quiser investir em sustentabilidade por meio de critérios ESG, é importante saber como identificar um investimento desse tipo, não é mesmo? 

De uma forma geral, é interessante analisar como a empresa ou fundo, por exemplo, se posiciona nos rankings ESG e quais são os seus principais projetos voltados ao tema. Observando essas informações, você pode fazer escolhas mais adequadas para ter investimentos sustentáveis no seu portfólio.

Porém, quando se trata de fundos de investimento, temos novidades. 

Desde 3 de janeiro de 2022, passaram a vigorar na autorregulação da ANBIMA o documento Regras e Procedimentos para identificação dos Fundos de Investimento Sustentáveis (IS)

Dessa maneira, você pode identificar se um fundo é: 

IS – Investimento Sustentável 

Tem o objetivo de investimento sustentável definido no regulamento, processos e metodologias que atestem o compromisso ESG e monitoramento constante da carteira para que ela esteja sempre alinhada ao propósito (sem que nenhum investimento possa comprometê-lo).

Fundos que integram questões ESG

Não têm como objetivo principal o investimento sustentável, também estarão aptos a uma diferenciação: o uso da frase “esse fundo integra questões ESG em sua gestão” nos materiais de divulgação, o que facilitará a identificação pelos investidores. Eles também deverão seguir os critérios relacionados à transparência, compromisso e diligência tanto para o fundo como para o gestor.

Identificando os fundos de investimento sustentáveis 

As novas regras permitem que, ainda que não tenham o objetivo de sustentabilidade, os fundos de ações e de renda fixa que levam em consideração questões ASG se diferenciem daqueles que não o fazem, informando essa condição nos materiais de marketing –desde que também atendam a determinados requisitos.

Por que investir em ESG?

 

Conseguiu entender o que é ESG? Agora é hora de saber por que investir com foco nesse critério. Para isso, é preciso conhecer as vantagens do investimento ESG. Entre os benefícios, está o fato de essa ser uma metodologia que pode orientar sua tomada de decisão.

Ao adotar o método, você tem um direcionamento para saber quais podem ser boas oportunidades para investir. Embora ainda seja necessário considerar seu perfil de investidor e seus objetivos financeiros, há como usar os critérios ESG para direcionar a análise dos investimentos disponíveis no mercado.

Além disso, investir em ESG permite aproveitar o potencial ligado às práticas de sustentabilidade. Como o tema é bastante relevante e a tendência é que ele permaneça em destaque, é possível que os investimentos sustentáveis também se valorizem mais com o tempo.

Ainda, empresas sustentáveis podem obter melhores resultados graças ao seu posicionamento de mercado diferenciado e ao relacionamento com os clientes. Afinal, é cada vez mais comum que as pessoas priorizem marcas consideradas responsáveis ambiental e socialmente.

 

Quer entender mais sobre esse tema? Conheça os avanços do investimento sustentável no Brasil! Agora, se você quiser ir ainda mais fundo, você pode consultar os Guias ESG da ANBIMA: 

GUIA ASG: Incorporação dos aspectos ASG nas análises de investimento

GUIA ASG II: Aspectos ASG para gestores e para fundos de investimento

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