Com moedas e notas, fazemos compras, pagamos boletos, depositamos na conta para fazer investimentos. O dinheiro está tão presente no dia a dia que não paramos para pensar como ele é produzido e sua origem. Ele circula todos os dias, passa por tantas mãos, tantos lugares que nem nos damos conta. Afinal, de onde vem a grana?
Quando a Holanda passou a dominar o Nordeste, entre 1630 e 1654, foram feitas as primeiras moedas no país, chamadas de florins e soldos. Em 1694, foi fundada a Casa da Moeda do Brasil, hoje uma empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda.
Banco Central
Instituído em 1964, com o objetivo de assegurar a estabilidade da moeda e a solidez do SFN (Sistema Financeiro Nacional), o Banco Central passou a ter a responsabilidade pela emissão do papel-moeda, emitindo cédulas ainda na época do Cruzeiro. Nas décadas seguintes, em meio à inflação, o país teve diversas mudanças de moeda. Houve o Cruzeiro Novo, Cruzeiro novamente, Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro Real e, finalmente, o Real, em 1994.
Se o país precisa de grana, por que não imprimir mais dinheiro?
Essa é uma boa pergunta. Já já vamos respondê-la. Não é tão simples como parece. Primeiro vamos lembrar que o Banco Central toma conta do SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro), que registra o volume de movimentações financeiras ocorridas no país, incluindo transações com cartões, cheques e dinheiro em espécie. Daí que a autoridade monetária avalia se é preciso imprimir mais grana ou não, por exemplo. Então, dá para fabricar mais dinheiro e acabar com a desigualdade? Ou pagar todas as dívidas do Brasil? Calma, calma!
Quando há muito mais dinheiro em circulação do que o necessário para a economia, isso é perigoso. Na prática, não haveria produtos e serviços disponíveis para acompanhar esse maior volume de dinheiro circulando. Quando há mais dinheiro circulando para o consumo sem o aumento da oferta de produtos para serem consumidos, os preços sobem. Essa subida generalizada de preços é bem conhecida pelos brasileiros: inflação.
Em resumo: dinheiro é fundamental para a roda da economia girar, para investimento das empresas, consumo das famílias e, claro, para o governo pagar suas contas. Mas não é a impressão de notas ou fabricação de moedas que vai resolver problemas, como as contas públicas ou mesmo questões sociais, como a desigualdade.
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