Uma das primeiras lições que qualquer livro ou curso sobre finanças pessoais ensina é que todos – sem exceção – precisam manter uma reserva financeira para imprevistos e para aproveitar as oportunidades que aparecem na vida. Se você já passou pelos passos de listar todos os seus ganhos e despesas, estabelecer um orçamento com limites para os gastos e passar a investir um pouco a cada mês, é hora de pensar na sua reserva. O Como Investir explica respondendo cinco questões muito comuns sobre esse assunto.
O que é uma reserva financeira?
Formar uma reserva financeira significa poupar regularmente um determinado valor com o objetivo de criar um fundo para ser usado em situações imprevistas ou oportunidades que aparecem. É uma espécie de “colchão de segurança” tanto para casos como a perda de emprego como para não perder uma oportunidade, como a chance de realizar um intercâmbio.
Quem deve ter uma reserva financeira?
Para todo mundo, é muito importante manter uma poupança. Porque emergências são assim: podem acontecer com qualquer pessoa. E não pense que um imprevisto é sempre algo negativo. Às vezes, eventos positivos também não são previsíveis. Imagine que um filho conseguiu uma bolsa para estudar no exterior. Mesmo esse acontecimento, altamente positivo, pode estabelecer uma necessidade imediata de recursos – para comprar as passagens, por exemplo – não esperada anteriormente.
Mas para algumas pessoas em especial, ter uma reserva financeira é ainda mais importante. É o caso, por exemplo, dos profissionais autônomos, cuja renda varia ao longo do tempo. Nem todo mês é recheado de trabalho, seja pela sazonalidade das atividades, seja por conta de uma crise que reduza a demanda pelos seus serviços.
Qual é o benefício de manter uma reserva financeira?
Contar com uma reserva é o que permite que você mantenha todo o esforço financeiro que fez ao longo da vida mesmo quando houver um imprevisto ou uma oportunidade. Veja bem, se por alguma razão sua renda cessar, você se verá obrigado a arrumar dinheiro para sobreviver de alguma forma. Mas se puder recorrer a uma poupança montada especificamente para ser usada nesses casos, seus outros recursos permanecerão intocados. Você não precisará se desfazer dos bens que tanto lutou para conquistar, como um imóvel próprio ou seu automóvel.
Para quem investe, a reserva financeira traz um benefício adicional. É comum que, diante de um imprevisto, as pessoas acabem resgatando o dinheiro guardado para aposentadoria no plano de previdência privada ou as economias em títulos públicos que seriam usadas no futuro. No entanto, decisões tomadas no impulso podem ter consequências ruins. Alguns investimentos têm penalidades para resgates feitos antes do prazo de vencimento, por exemplo. Outros, como as ações, podem estar em um mau momento de mercado – e acabar causando um prejuízo para seu bolso.
Por isso, a reserva financeira deve ser considerada uma prioridade para todo mundo. Ela pode evitar muita dor de cabeça.
Qual deve ser o valor da reserva financeira?
O valor da reserva financeira varia de pessoa para pessoa, de família para família. Um casal que já tenha filhos financeiramente independentes pode se dar ao luxo de manter uma reserva menor do que uma família em que todas as crianças estão em idade escolar. Quem mora em uma casa própria também pode ter alguma vantagem em relação a quem precisa pagar o aluguel todos os meses – porque no caso de um imprevisto reduzir a sua renda, essa é uma conta importante que pode acabar atrasando.
De maneira geral, a recomendação mais comum dos especialistas é de que a reserva financeira de quem é assalariado seja suficiente para cobrir todas as suas despesas por pelo menos seis meses. Para profissionais autônomos, a reserva precisa ser um pouco maior: com valor equivalente de nove a 12 meses de despesas.
O que devo fazer se eu precisar usar a reserva financeira?
Em primeiro lugar, use a reserva – é para isso que você a mantém. Mas tão logo a situação seja normalizada, volte a poupar com o objetivo de recompor os valores que foram gastos. É importante manter essas economias sempre no nível mínimo que você estabelecer como referência – pelo menos.
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