Comprar um imóvel ou investir o dinheiro? Esse é um dilema que muitos brasileiros que possuem certo poder de compra ou disponibilidade de crédito nas instituições financeiras vivem.
Esse tema sempre volta à tona quando o mercado imobiliário tem alguma alteração. Mas saiba que, mais do que as notícias sobre o aquecimento ou desaceleração do setor da construção civil, o que importa mesmo é a sua estratégia financeira e de investimento.
Isso, aliás, coloca outras variáveis para serem analisadas antes da sua escolha entre comprar o imóvel ou investir o seu dinheiro. Mas não se preocupe porque reunimos neste post todas as considerações e informações que você precisa analisar. Confira!
Vamos considerar, inicialmente, que essa seja uma dúvida relacionada a ter um imóvel próprio ou alugado para sua própria moradia. Nesse caso, o raciocínio deve considerar seus custos mensais em cada situação, além de outras características de cada perspectiva.
Ou seja, existem benefícios nas duas situações e o ideal é que a decisão considere suas necessidades e perfil, pois, nesse caso, a casa ou apartamento será um bem em uso. Aliás, também é o que deve guiar a decisão de quem pensa em comprar um imóvel como investimento. Se preferir ter liquidez, ou seja, facilidade em ter o dinheiro livre para ser utilizado, a aquisição de um apartamento pode não ser uma boa ideia, não é mesmo?
Outro ponto a ser considerado é a forma de aquisição do bem. Ele pode ser comprado por meio de um financiamento ou à vista, usando um montante acumulado durante um período.
Um imóvel financiado também é relacionado ao patrimônio de seu proprietário, mas, como envolve o pagamento de juros para a instituição bancária, seu retorno em termos de investimento não é o mesmo que o de um bem pago à vista. Isso porque o valor da parcela é acrescido de uma porcentagem de juros, que varia conforme as políticas de cada banco. Dessa forma, ao final do pagamento, o valor total pago será maior do que o custo original.
Do contrário, um imóvel comprado à vista, tem uma taxa de retorno muito mais vantajosa, não é mesmo? Já que seu valor venal, ou seja, pago na compra, é integralmente incorporado no seu patrimônio.
Por isso, é importante ter a consciência que quando financiamos uma compra, ela vai custar mais do que seu valor à vista por conta das taxas de juros cobradas pela instituição financeira para obter seu lucro e quitar as despesas do processo de financiamento. No entanto, se o investidor conseguir taxas de financiamento menores do que os juros ganhos na aplicação, pode fazer sentido financiar o imóvel, mesmo tendo o dinheiro para pagá-lo.
Investir seus recursos com esse propósito é um dos caminhos mais comuns e eficientes, mesmo que seja para ter um bom valor para dar de entrada na compra do imóvel. Alguns cálculos comprovam que, se a pessoa tem o dinheiro para pagar a parcela de um imóvel, mas aluga um do mesmo modelo, aplicando a diferença entre o valor do financiamento e o aluguel (os preços dos alugueis, em geral, giram em torno de 0,50% do valor do imóvel), num prazo de 7 a 10 anos, consegue juntar a quantia necessária para adquiri-lo à vista.
Nesse caso, é possível fazer um planejamento financeiro, criar uma regularidade para suas aplicações e definir como investir seus recursos de forma eficiente para acumular o montante necessário para a compra do bem. É possível, também, considerar as variações do mercado, identificar oportunidades e encontrar imóveis com ótimos valores de compra.
Uma boa estratégia de investimentos é importante, afinal de contas, as aplicações têm regras de resgate, tipos de riscos e incidência do imposto de renda diferentes, por exemplo. Todas as suas características devem ser compatíveis com o objetivo de compra do imóvel.
Se ainda assim não for possível comprar o bem à vista integralmente, tende acumular o máximo possível de recursos para diminuir o período e o valor a ser financiado. Isso fará com que a taxa de retorno seja mais vantajosa, além, é claro, de comprometer seu orçamento mensal por menor tempo. Assim que o financiamento for liquidado, será possível reforçar seus investimentos novamente.
Mesmo com a parcela do financiamento comprometendo seu orçamento mensal, não deixe de poupar. Se for preciso, alongue um pouco mais o prazo para reduzir o valor da parcela e manter um fluxo de caixa mais flexível, mantendo uma capacidade de poupança e de absorver imprevistos. Ao receber décimo terceiro, restituição do Imposto de Renda e outros valores não previstos, guarde uma parte deles também.
Considere antecipar parcelas do financiamento ou investir em alguma aplicação que esteja com um rendimento superior ao juros que você está pagando na compra do imóvel.
O mercado de imóveis e da construção civil tem altos e baixos, assim como a bolsa de valores. Isso pode acontecer pela oferta de créditos baratos pelas instituições financeiras, ou, pelo desequilíbrio entre oferta e demanda.
Ou seja, se tem muitas pessoas vendendo e poucos interessados, boas ofertas podem surgir no mercado. Na situação contrária, os imóveis podem estar supervalorizados. Esse movimento é natural, mas, se você for a pessoa que está interessada em vender, pode ter melhores propostas de compra quando a demanda estiver maior.
É possível investir no mercado imobiliário sem, necessariamente, comprar imóveis. Alguns fundos de investimentos são compostos por papéis de empresas com negócios nessa modalidade. É claro que é importante avaliar se eles são fundos conservadores, arrojados ou moderados, mas, são uma alternativa além da compra de um apartamento para alugar ou vender.
Antigamente, muitos investidores escolhiam comprar imóveis por ser um tipo de investimento seguro e físico, mas, atualmente, existem muitas modalidades e aplicações que trazem essa mesma tranquilidade e outros benefícios.
Então, essa dúvida faz parte da sua realidade? Está pensando se deve comprar apartamento ou investir? Deixe seu comentário dizendo se já tem um imóvel em mente ou se vai repensar sua estratégia depois de ler as considerações desse post.
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