É durante a infância que as crianças exploram o mundo ao seu redor e desenvolvem habilidades que serão usadas pelo resto da vida. Entre elas, está a capacidade de ter uma boa relação com o dinheiro — e por isso é tão importante se preocupar com a educação financeira dos filhos.
Afinal, da mesma forma que ter uma boa alimentação deve ser um hábito nutrido desde a infância, a prática de usar o dinheiro da melhor maneira também pode começar nessa fase. Para tanto, é possível recorrer à mesada como instrumento de ensino.
Para entender como a mesada pode ajudar os seus filhos a terem mais educação financeira, continue a leitura e saiba como você deve implementá-la na rotina das crianças.
Vamos lá?
Quando a ideia é desenvolver a educação financeira já na infância, é comum que os pais e responsáveis tenham dúvidas sobre qual é o momento ideal para introduzir o assunto. Esse é o seu caso? Então saiba que existem dois pontos que você precisa considerar.
O primeiro é que, quanto mais cedo os filhos entenderem sobre finanças, melhor. Assim como é mais fácil para a criança aprender a nadar ou a falar um segundo idioma quando é mais nova, também se torna mais simples construir as bases da educação financeira nessa fase.
Logo, ao começar a trabalhar o assunto desde os primeiros anos, você verá que será mais fácil desenvolver a responsabilidade financeira nos filhos.
Já a segunda questão a considerar é a fase de aprendizado e de compreensão no desenvolvimento humano. Isso significa que você não ensinará sobre mesada para uma criança de 10 anos e para um bebê de 10 meses do mesmo modo, por exemplo.
Na verdade, você precisa pensar na capacidade intelectual da criança, considerando o que ela já sabe sobre o mundo. A partir dos 4 anos, a criança já consegue perceber melhor o valor do dinheiro, então esse pode ser um bom ponto de partida para falar sobre educação financeira.
Porém, você também notará que existem livros lúdicos e atividades para crianças até mais novas. Então vale pesquisar as opções para ver o que faz sentido para a sua realidade, combinado?
Além disso, é fundamental que toda a família participe desse aprendizado e se envolva de verdade no processo. Dessa forma, é possível ajudar o desenvolvimento da educação financeira infantil.
Agora que você já sabe por que trabalhar a educação financeira dos filhos, saiba que a mesada tem um papel relevante nesse processo. Afinal, esse costuma ser o primeiro contato das crianças com o dinheiro e com a administração de recursos financeiros.
Aqui, a intenção é dar uma mesada educativa e usá-la como um instrumento para demonstrar como a criança deve agir, na prática, ao lidar com dinheiro.
A partir desse pagamento recorrente, as crianças têm uma percepção melhor sobre o uso e o valor do dinheiro. Assim, elas começarão a compreender conceitos relevantes, como a necessidade de poupar. Logo, elas poderão desenvolver bons hábitos financeiros — que tendem a se manter na vida adulta.
E você sabia que uma mesada educativa pode ensinar até mesmo sobre frustração? Isso porque, ao recebê-la, seu filho entenderá que o dinheiro é limitado e que nem sempre é possível comprar tudo o que se quer, na hora desejada.
Desse modo, ele descobrirá por que vale a pena se planejar e manter a responsabilidade financeira — em vez de achar que pode ter tudo a todo instante.
Ainda, a mesada pode servir para melhorar o diálogo sobre esse tema entre vocês. Por meio desse instrumento, você tem a chance de ajudar seu filho a lidar melhor com o próprio dinheiro, oferecendo conselhos financeiros que poderão ser úteis ao longo da vida. Interessante, não é mesmo?
Após conhecer a relevância da mesada para a educação financeira dos filhos, é preciso saber como começar a ensiná-los sobre o assunto. Afinal, a ideia não é dar o dinheiro nas mãos e deixá-los sem acompanhamento, certo?
A seguir, veja dicas para educar seus filhos sobre finanças!
Ao definir o valor da mesada, é essencial que ela seja compatível com a idade, as necessidades e os conhecimentos da criança. Nesse caso, evite que o valor sirva para cobrir gastos básicos, como alimentação na escola, roupas ou atividades extracurriculares.
Lembre-se de que o objetivo é ajudar a criança a administrar o próprio dinheiro com mais liberdade, mas não fazer com que ela se sinta responsável por pagar as próprias contas.
Apesar de a mesada ser bastante utilizada, também é possível mudar a regularidade com a qual ela é oferecida. Principalmente no começo, pode ser interessante dividi-la em pagamentos semanais, o que poderá auxiliar no controle financeiro da criança.
Além de oferecer os recursos, ajude o seu filho a fazer um plano financeiro. De acordo com a idade dele, você poderá explicar o que são as metas financeiras de curto prazo e de longo prazo (como o presente de Natal).
Assim, ele poderá definir o que deseja alcançar, quanto isso custa e como ele pode usar a mesada para atingir esses resultados.
Após ajudá-lo a definir as metas, mostre ao seu filho a necessidade de poupar dinheiro para atingi-las. Em alguns casos, você pode buscar formas de aumentar a motivação e a disciplina — como ao prometer recompensas caso ele consiga economizar um valor em determinado período, por exemplo.
Também é necessário que seu filho saiba controlar as finanças. Então mostre para ele a necessidade de anotar os gastos, explicando que esse controle ajuda a identificar como o dinheiro tem sido usado ao longo da semana ou do mês.
Para crianças um pouco mais velhas, vale ensinar sobre a possibilidade de complementar a mesada ao empreender. Explique como a criança pode vender itens feitos por ela para aumentar o próprio dinheiro. Assim, ela também entenderá que o esforço e o comprometimento podem ser recompensados.
Neste artigo, você descobriu como a mesada pode ser importante para a educação financeira dos seus filhos. Então que tal aplicar esse conhecimento para desenvolver, nas crianças, conceitos financeiros que serão essenciais na vida adulta?
Você já conversa sobre educação financeira em família? Conte nos comentários quais são seus maiores desafios!
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