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Internacionalizar os investimentos pode ser uma boa estratégia para fortalecer sua carteira e potencializar seus resultados. Para isso, vale a pena saber o que é BDR – uma alternativa de investimento interessante para muitos investidores.

Além de dispensar a necessidade de abrir conta em uma corretora de outro país para fazer investimentos internacionais e expor seu capital à economia de outros países, o BDR pode se tornar um poderoso aliado para quem deseja diversificar os investimentos. E, agora, também é acessível para qualquer investidor.

Isso porque a CVM permitiu que BDRs também fossem lastreados em títulos de renda-fixa e ETFs, observando, nestes casos as características, rentabilidade e forma de negociação desses lastros.

Pensando em ajudar você a conhecer melhor essa possibilidade, preparamos este artigo. Então continue conosco e entenda o que é e como funciona o BDR. Boa leitura!

O que é um BDR?

BDR é a sigla para Brazilian Depositary Receipt. Em português, é conhecido como Depósito de Valores Mobiliários. A modalidade de investimento está disponível na bolsa de valores brasileira, mas tem lastro no exterior.

Apesar de serem uma forma de investir em ativos estrangeiros, BDRs são certificados emitidos por uma instituição depositária no brasil e representam um outro papel, emitido no exterior.

Para dar alguns exemplos, BDR’s de ações como Google, Apple e Facebook são certificados que a instituição depositária pode emitir.

Nesses casos, os preços deles iriam variar de acordo com o preço das ações dessas empresas – e também com o dólar, que é a moeda na qual elas são cotadas na bolsa americana.

Lançar um programa de BDRs pode ser de interesse da instituição depositária no Brasil, sem o envolvimento direto da empresa estrangeira.

Nesse caso, que contempla a maioria dos BDR’s, eles são considerados ‘não patrocinados’ e se encaixam no que é chamado de nível 1, onde empresa que emitiu os papéis lá fora não precisa de registro aqui na CVM.

Já quando a empresa estrangeira participa do programa, contratando ela mesma uma instituição depositária no Brasil, os BDRs são considerados de tipo ‘patrocinado’ e podem ser de nível 1, 2 ou 3.

Nos níveis 2 e 3 são exigidos critérios de governança mais rigorosos – em forma de documentos, relatórios e demonstrativos.

Por isso a CVM restringia mais a possibilidade de investir em BDR’s de nível 1.

Mudanças nos BDRs?

 

Em setembro de 2020, entraram em vigor algumas flexibilizações que de maior acessibilidade aos investidores e ofertas no mercado.

Primeiro, para investir, você não precisa mais ser considerado um investidor qualificado – que é o nome que se dá para o investidor que cumpre alguns requisitos – como possuir pelo menos 1 milhão de reais em investimentos. Agora qualquer investidor pode adquirir BDR’s.

Outra mudança importante é a possibilidade de programas BDR para títulos de renda fixa emitidos no exterior. Assim, além de investir em certificados que representam ações de empresas estrangeiras, é possível comprar certificados que representam os papéis de dívida dessas empresas.

Para além disso, também foram liberados programas de BDR para ETFs. É possível que tenhamos um grande leque de investimentos diferentes aqui no Brasil – já que o mercado de ETFs é bastante desenvolvido no exterior.

Por fim, mais uma alteração importante foi a flexibilização do conceito do que é um emissor estrangeiro. Com isso, respeitadas algumas condições, também passam a ser possíveis programas para títulos de dívidas de empresas brasileiras que tenham sido emitidos no exterior. Um exemplo aqui poderiam ser papéis de dívida da VALE ou da Petrobras emitidos em dólar lá fora.

Custos envolvidos para investir BDR

Um aspecto essencial para entender o funcionamento do BDR é o custo. A tributação e as taxas dos certificados são similares às que são cobradas em operações com Ações brasileiras. Há incidência da taxa de corretagem, cujo valor depende da instituição financeira utilizada para fazer seus investimentos, e da taxa de custódia.

Além disso, os tributos são cobrados na forma de Imposto de Renda. No caso dos BDRs, o imposto é de 15% sobre os lucros obtidos no período. Mas é preciso atenção: diferente das Ações, não há faixa de isenção. A cobrança acontece mesmo quando os volumes negociados permanecem abaixo de R$20 mil mensais.

Se houver distribuição de proventos por parte das empresas estrangeiras, o imposto depende do país de origem. Também pode haver uma taxa retida pela instituição depositária.

Quais são os riscos?

Apesar das vantagens, avaliar os riscos também é importante antes de investir em BDRs. É válido lembrar que eles são investimentos que fazem parte da renda variável. Por isso, estão expostos às oscilações de preço da bolsa – e oferecem maiores riscos. Além disso, não é possível determinar a sua rentabilidade final com o investimento.

Para tomar uma decisão mais sólida, você deve considerar o seu perfil de investidor e os seus objetivos. É importante pensar, ainda, sobre o prazo dos seus investimentos. Com a volatilidade, existe a possibilidade dos BDRs estarem valendo menos do que quando foram comprados.

Por isso, considere com atenção todos os fatores envolvidos antes de definir se investir em BDR faz ou não sentido para o seu portfólio de investimento.

Quem pode investir em BDR?

 

Como a gente viu, BDRs podem ser muito diferentes uns dos outros. Então, ao se perguntar se BDRs são para você, é bom especificar de que BDR você está falando.

De qualquer jeito, por sua natureza, BDRs normalmente vão estar expostos ao dólar ou a outra moeda estrangeira; O que já coloca eles em um patamar de risco mais elevado para quem tem o custo de vida em reais.

Por isso, eles já pedem um perfil um pouco mais arrojado ou pelo menos moderado. E não são indicados para objetivos de curto e médio prazo cujo preço se dê em reais; como a construção de uma reserva de emergência ou a entrada em um imóvel.

BDR’s de papéis de uma única empresa também vão te expor a riscos específicos que ela corre.Nesse ponto a novidade dos BDR’s de ETF’s pode ser interessante para diversificação, mas sempre pensando em uma composição com o resto da sua carteira, nos seus objetivos, perfil de risco e horizonte de investimentos.

E aí, curtiu saber mais sobre o assunto? Então deixe a sua opinião ou suas dúvidas nos comentários e continue acompanhando nossos conteúdos aqui no Como Investir. Temos a certeza que podemos te ajudar muito nessa sua jornada como investidor.

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