Aposto que você já leu várias notícias de pessoas que ficaram ricas investindo em bitcoins. A mais ‘hypada’ das moedas virtuais vem ganhando destaque e, com isso, vem uma série de dúvidas: afinal, bitcoin é para todos?
A resposta é não. Assim como há notícias de pessoas que lucraram muito, também não faltam registros de quedas abruptas na cotação da moeda, que chega a oscilar 20% em um único dia. Caracterizado pelas fortes oscilações, o bitcoin é um produto de alto risco. Por que? Começa pelo fato de a moeda virtual não estar vinculada a nenhum país e não ser emitida por nenhum banco central, o que significa que é descentralizada. Também não tem regulação de qualquer governo. Ou seja, não há um conjunto de regras que dê segurança ao investidor ou às instituições financeiras que oferecem o produto como investimento.
O processo que dá origem a cada unidade de bitcoin é totalmente eletrônico e se chama mineração. É realizado por milhares de computadores ao redor do mundo, que solucionam problemas matemáticos em uma espécie de competição. A cada conjunto de problemas solucionados, cria-se um bitcoin.
Os mineradores, que são os donos dos computadores, são remunerados com frações da própria moeda. Eles também ganham ao validar as transações de compra e venda. Assim, fabricar bitcoins transformou-se em um negócio dominado por equipamentos superpotentes.
A compra de bitcoins é feita por meio de corretoras especializadas em moedas digitais, que cobram percentuais de negociação. Para comprar, é necessário transferir os reais para a corretora – o mínimo é R$ 50, o suficiente para comprar uma fração da criptomoeda.
O uso da moeda virtual para compra de produtos e serviços no mundo real ainda é bastante restrito, mas a cada dia aparecem novas lojas e empresas dispostas a aceitar bitcoins como pagamento. Os prognósticos sobre o futuro da moeda são os mais variados. A única certeza, por enquanto, é que o bitcoin, como investimento, exige sangue frio e disposição ao risco.
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