Em meio à sopa de letrinhas no mercado financeiro, você já ouviu falar no COE? Vamos decifrar tudo sobre essa modalidade de investimento.
O que é o COE?
Sigla para Certificado de Operações Estruturadas, o COE nada mais é que um título emitido por bancos, cuja rentabilidade está atrelada à variação de algum ativo financeiro (índices, ações, moedas etc).
Como funciona?
É mais simples do que se imagina: traça-se um cenário futuro para o desempenho de um determinado ativo, que pode ser dólar, inflação ou ações, por exemplo. Ao investir, você acredita na alta ou na baixa de preço do ativo. Caso a estimativa se confirme, no vencimento do papel, você recebe uma rentabilidade que segue o índice de referência do produto.
Alguns tipos de COEs permitem a chamada proteção do capital investido. Ou seja, você garante o retorno do valor principal investido, o que diminui o risco caso o cenário projetado (alta ou baixa) não se concretize. Porém, também existem outros produtos em que o investimento inicial não está protegido – esses são denominados “investimento com valor nominal em risco”.
A estrutura de cada COE é escolhida pelo banco (que chamamos de emissor) e pode combinar características de renda fixa e de renda variável, o que torna o investimento bem flexível. Para especialistas, o COE pode ser uma alternativa para diversificar os investimentos com ativos mais arriscados, de renda variável, sem precisar investir diretamente em ações ou moedas, como dólar.
Onde encontrar
Antes restrito a investidores de alta renda, o COE agora pode ser encontrado tanto em bancos quanto em corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários.
A oferta varia bastante conforme as regras do banco e o tipo de operação, mas normalmente há um prazo de vencimento de, no mínimo, entre três meses e um ano. Em geral, os produtos exigem que você mantenha a aplicação até o vencimento. Se houver possibilidade de resgate antecipado, a rentabilidade pode ser maior ou menor do que o previsto e você corre o risco, inclusive, de perder dinheiro.
Então, a recomendação é ler o DIE (Documento de Informações Essenciais) para entender todas as regras do produto e quais são os cenários de ganho e de perda. Trata-se de um documento que traz informações sobre as principais características e os fatores de risco do produto.
Risco
Também é importante não desconsiderar o risco de crédito. Em COEs, não há proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que banca o saldo do investimento em várias aplicações de renda fixa, como CDBs, LCIs, LCAs e poupança.
Investimento mínimo
O investimento mínimo varia conforme a instituição financeira, mas é possível encontrar COEs a partir de R$ 2 mil.
Tributação
IR
O COE tem incidência de IR (Imposto de Renda) conforme a tabela regressiva, válida para investimentos de renda fixa:
IOF
Também há incidência do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), cobrado sobre os rendimentos, caso você resgate a aplicação em menos de 30 dias.
Taxas
As taxas variam conforme a instituição. Em alguns casos, corretoras ou distribuidoras podem cobrar taxa de custódia (percentual pelo serviço de guarda do dinheiro aplicado) e comissões (proporção do rendimento, cobrada pela gestão do investimento).
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