Se você é um profissional autônomo, sabe que há algumas vantagens em não ter carteira assinada. Normalmente os horários de trabalho são mais flexíveis, é possível participar de projetos interessantes e muitas vezes dá até para ganhar mais do que se fosse funcionário de uma empresa.
Mas não dá para esquecer da parte chata: não há certos benefícios trabalhistas, é preciso buscar novos clientes o tempo todo e a renda pode oscilar bastante de um mês para o outro. A última parte – a da incerteza dos ganhos – é um dos maiores desafios para quem trabalha como autônomo.
Afinal, como agir quando os negócios não vão bem? Em épocas de férias? Durante períodos de crise? Dá para sobreviver?
A resposta é simples: dá sim, e não é tão difícil. Só exige um pouco de planejamento – e toda a sua atenção para essas cinco dicas:
Conheça seu mercado como a palma da mão
Procure identificar as características do mercado em que você atua para poder se preparar financeiramente. Quais são os valores cobrados no mercado pelos seus produtos ou serviços? Eles variam ao longo do ano? E a demanda por eles, varia também? Como seus concorrentes estão posicionados? Esse precisa ser o ponto de partida para seu planejamento, pois a partir dessas constatações será possível calcular quanto da sua renda você poderá usufruir mês a mês, e quando deverá poupar para os tempos de vacas magras.
Faça reservas – para o 13º, para emergências…
É importante trabalhar com alguma folga financeira para eventualidades – ou para eventos planejados que você considere importantes. Você pode querer ter uma renda extra no fim do ano, equivalente a um 13º salário. Mesmo sendo autônomo, com um pouco de planejamento, isso é possível. Estabeleça uma meta de investimento mensal voltado para esse objetivo. O mesmo serve para a sua reserva financeira. Ela pode ser fundamental para aqueles meses em que as vendas não foram tão boas assim, ou em que um cliente deu um calote. Alimente essa reserva todos os meses e fique tranquilo mesmo quando os negócios estiverem fracos.
Não coloque todos os ovos na mesma cesta
Esse é o conselho mais popular para os investidores. É um lembrete de que vale a pena diversificar as aplicações financeiras, para evitar manter todo o dinheiro exposto ao mesmo tipo de risco. Pois esse conselho se aplica mais do que bem ao trabalho dos profissionais autônomos – só que no que diz respeito ao portfólio de clientes. Uma boa dica é variá-lo, incluindo clientes de segmentos e regiões diferentes (quando possível) e evitando a dependência de apenas um ou de poucos. É uma forma eficiente de manter alguma renda mesmo quando alguém dispensa o serviço ou atrasa um pagamento.
Invista com sabedoria
Não dá para deixar o dinheiro parado na conta, mesmo se for o seu capital de giro, que banca as suas despesas cotidianas ou da sua empresa. Existem opções de investimento de curto prazo que podem (e devem!) ser usadas para fazer seu dinheiro render. As mais comuns são CDBs e fundos de investimento de renda fixa. No mínimo, a aplicação vai ajudá-lo a conter os efeitos da inflação. Lembre-se: a inflação, que é o aumento generalizado dos preços dos produtos, diminui o poder de compra do seu dinheiro. É um inimigo poderoso que precisa ser combatido. Vale a pena consultar seu gerente ou assessor financeiro e estudar as melhores alternativas.
Evite custos fixos altos
Como profissional autônomo, sua renda mensal é variável. Por isso, é ainda mais importante manter um padrão de custos fixos baixos e flexíveis, de modo que você consiga ter agilidade quando for necessário. Uma boa ideia é evitar serviços que envolvam planos de fidelidade muito longos, por exemplo.
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