Atuar de forma mais acertada com as finanças é possível, pois mesmo os hábitos corriqueiros, como acumular pequenos gastos sem se dar conta e usar o cartão de crédito para toda e qualquer compra, podem prejudicar as finanças. A boa notícia é que deixar para trás essas práticas para o bem-estar da sua vida financeira é viável.
Para isso, o primeiro passo é conhecer algumas das principais falhas financeiras que podem passar despercebidas na rotina e colocar em prática dicas para não cometê-las mais. Veja, agora, os 8 erros financeiros que você nem sabe que está cometendo e como virar o jogo agora mesmo!
Um dos erros que as pessoas mais cometem em relação às finanças é considerar o cheque especial parte do seu salário de todo mês. Não são poucos os que veem o valor do limite de crédito na conta e acham que não há problema em usá-lo para, depois, cobrir a quantia com o depósito da remuneração.
É inegável que o cheque especial pode ser um recurso útil para emergências. No entanto, considerá-lo parte do seu salário é um erro. A modalidade de crédito cobra juros altos. Na prática, isso quer dizer que o dinheiro usado não sai de graça, você paga por ele. Para não cometer esse erro financeiro, a dica é só usar o cheque especial se for estritamente necessário e procure cobrir o valor o mais rápido possível para pagar menos juros.
Caso você tenha dificuldades em separar o limite de crédito do dinheiro que realmente é seu é importante cogitar entrar em contato com o banco e pedir o cancelamento do seu cheque especial para, assim, não correr o risco de gastar o que não deve. Até porque, com a última resolução do Banco Central que começou a valer no dia 6 de janeiro de 2020, foi estabelecido que haverá cobrança de 0,25% por mês para quem tem cheque especial superior a R$500,00 e não usa. Ou seja, quem tem até R$ 500,00 de limite de cheque especial não será cobrado por isso. Mas quem tiver direito a mais que R$ 500,00 pagará até 0,25% sobre o valor que exceder esses R$ 500,00.
Assim como o cheque especial, o cartão de crédito pode ser um grande vilão na vida de quem busca ter mais disciplina financeira. Isso porque um dos erros financeiros mais comuns é não entender que essa modalidade de pagamento usa um dinheiro que você nem recebeu ainda. Ou seja: quando você usa o crédito você conta com um recurso que ainda não é seu. Por isso, gastar como se não houvesse amanhã no cartão é uma armadilha, já que você terá que arcar com o valor da fatura no mês seguinte.
Para não cometer esse erro básico, a melhor prática é controlar de perto seus gastos no cartão de crédito para garantir que terá recursos para quitar sua fatura total no mês seguinte. Parcelar o débito nunca é uma boa opção, considerando os altos juros dessa modalidade! Para se ter uma ideia, os juros bancários médios do cartão de crédito rotativo subiram novamente em novembro de 2019. Somado ao cheque especial, as taxas estão acima de 300% ao ano.
Outro erro financeiro comum é não planejar o orçamento. Isso pode levar a gastar mais do que pode, tendo que recorrer a empréstimos ou ao cheque especial. Tenha em mente que não investir no planejamento de gastos é não pensar no seu futuro e na sua segurança financeira.
Não cometa esse erro criando agora mesmo um orçamento. Ele deve conter todas as receitas previstas e, também, as despesas mensais. Comece sempre pelos gastos essenciais, como aqueles relativos à moradia, transporte, alimentação e saúde. Depois, distribua o que sobrou das receitas pelas categorias do orçamento relacionadas ao estilo de vida, como compras, lazer e restaurantes.
O parcelamento é uma alternativa que muitos brasileiros usam para comprar produtos e serviços que desejam, mas que não contam com recursos para pagar à vista. Em algumas situações pode valer a pena parcelar uma compra, principalmente quando não há a incidência de juros.
O problema é quando dividir o valor de toda e qualquer aquisição vira um hábito. Isso pode dificultar o controle financeiro, já que é comum esquecer de colocar o valor de várias parcelas no orçamento.
Então, já sabe: evite parcelar suas compras, dando preferência para pagar sempre à vista. Além de ficar mais fácil controlar gastos, você também pode negociar bons descontos!
Um café após o almoço aqui, um combo no cinema ali. Pequenos gastos são comuns no dia a dia de qualquer um. A grande questão é que, somadas, essas despesas menores podem fazer toda a diferença no orçamento. Quem nunca tomou um susto ao olhar a fatura do cartão de crédito e descobriu que gastou muito mais do que devia em corridas de aplicativo de transporte ou refeições delivery?
Pequenas despesas sempre existirão. O segredo é tornar o controle financeiro um hábito para, assim, acompanhar esses gastos menores e garantir que eles não impactarão de forma decisiva suas finanças. Se for o caso, coloque o pé no freio.
As compras por impulso podem desequilibrar as finanças e levar até mesmo a dívidas caso saiam do controle. Adquirir aquilo que você não precisa é o primeiro passo para deixar de lado as prioridades financeiras e usar seu dinheiro em coisas que, muitas vezes, não são nem importantes.
Para não cometer esse erro, garanta que você só compre aquilo que realmente necessita. Caso tenha dificuldades para resistir a tentações deixe o cartão de crédito em casa. Outra dica para não cair na armadilha das compras por impulso e consumir de forma consciente é sempre esperar, pelo menos, três dias antes de comprar algo. Viu um produto que gostou? Não compre na hora. Vá para casa , reflita e veja se vontade permanece.
Se depois de três dias você ainda quiser fazer a aquisição, tudo bem. Mas, normalmente, a vontade vai embora com o passar do tempo e percebe-se que adquirir o item não era assim tão prioritário.
Apesar de comuns, os gastos supérfluos podem ser grandes inimigos das finanças saudáveis. Isso porque, muitas vezes, compramos algo no calor do momento, sem realmente precisar do produto ou serviço.
A solução para que os gastos supérfluos não se tornem um problema é fazer um acompanhamento das despesas e sempre investir no planejamento financeiro, listando suas prioridades, objetivos e metas.
Um dos erros que as pessoas cometem sem nem perceberem é atrasar o pagamento de contas. Seja por desorganização ou por falta de recursos financeiros, atrasar a quitação de uma fatura pode levar a vários problemas, como pagamento de juros e, até mesmo, restrições a crédito.
Evite esse equívoco acompanhando o vencimento das suas contas e, até mesmo, mudando a data da fatura para próximo do recebimento do seu salário. Assim, você não corre o risco de gastar o valor.
Siga nossas dicas e não cometa mais esses 8 erros financeiros tão comuns. Com foco e planejamento ficará muito mais fácil manter suas finanças em dia.
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