Como em qualquer aplicação financeira, quem escolhe fundos de investimento precisa conhecer o prazo de resgate. Na prática, significa quanto tempo demora para você receber o dinheiro aplicado caso precise sacar essa grana.
O prazo de resgate está diretamente relacionado à liquidez, que basicamente é quando você resgata o seu dinheiro investido sem obter prejuízo. Via de regra, quanto maior o prazo de resgate, menor tende a ser a liquidez. Ou seja, demorará mais para ter de volta a quantia investida.
O chamado D+ (que pode ser D+0, D+1, D+30 e por aí vai) nada mais é que o dia útil em que um pedido de aplicação ou resgate foi realizado. A partir dessa data, conta-se o número de dias úteis ou corridos.
Um erro comum – e que pode trazer dor de cabeça – é investir em um fundo sem saber qual o prazo de resgate. Um exemplo simples: imagine que você tenha uma emergência e precise de dinheiro, mas descobre que parte dos seus investimentos está aplicada em um fundo que vai poder te devolver os recursos somente daqui a 30 dias? Entrou em pânico só de pensar, né?
Para evitar esse problemão, o melhor jeito é entender como funciona o mecanismo de resgate do fundo, e isso tem a ver com prazo de cotização e prazo de liquidação. Xi, complicou? Calma, vamos explicar tudo nos mínimos detalhes.
Você já sabe que o prazo de resgate é o tempo entre o pedido do resgate e o momento em que o dinheiro é depositado em sua conta. Antes disso, as cotas do fundo precisam ser transformadas em dinheiro para, em seguida, essa quantia poder ser sacada pelo investidor. É aí que entram o prazo de cotização e o prazo de liquidação.
Em outras palavras, o prazo de cotização é o tempo que o fundo de investimento leva para transformar as cotas em dinheiro, a partir do dia em que o investidor fez o pedido de resgate. A mesma regra vale para novas aplicações: nesse caso, o tempo é contado a partir da data de aplicação.
Já o prazo de liquidação é quanto tempo o fundo demora, depois do prazo de cotização, para transferir o dinheiro até a conta do investidor.
Mas e o prazo de resgate? É simples: o prazo de resgate, basicamente, é que a soma do prazo de cotização e do prazo de liquidação.
Vamos a um exemplo prático: se o fundo tiver prazo de cotização D+0, isso quer dizer que as cotas serão convertidas em dinheiro no mesmo dia do pedido de aplicação ou resgate. Em geral, fundos de renda fixa conservadores têm essa característica e permitem sacar, diariamente, a quantia aplicada – o que representa a chamada liquidez diária.
Também há fundos mais arriscados, que costumam investir em ativos de longo prazo, e têm menor liquidez. Em alguns casos, o prazo de cotização no resgate pode ser de D+30. Isso significa que você vai precisar esperar pelo menos 30 dias para ver a cor do dinheiro – até lá os recursos não podem ser sacados.
Para não ter problemas, o ideal é descobrir como funciona o prazo de resgate do fundo antes de começar a investir. Por isso, leia o Formulário de Informações Complementares (resumo do regulamento e informações legais, por exemplo, política de administração de riscos e de distribuição de cotas) e a lâmina (principais características da aplicação: indicadores de desempenho, rentabilidade passada etc.) do produto.
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