Escolher e fazer um investimento exige planejamento, reflexão e informação. Afinal, é do seu dinheiro e do seu futuro que estamos falando, não é mesmo? Porém, existem erros que podem acontecer bem no momento de tomar as decisões para compor sua carteira de investimentos.
Para fugir dessas armadilhas, é preciso começar pelo básico: conhecer seu perfil de investidor, definir objetivos financeiros e traçar uma boa estratégia de investimento. Depois, é o momento de desviar dos obstáculos que podem ocorrer no caminho para alcançar os seus objetivos financeiros.
Quer se preparar para reconhecer e evitar equívocos na hora de investir? Confira o jogo dos 7 erros do mundo dos investimentos e veja o que não fazer na hora de investir.
Para inaugurar a lista de erros que podem surgir ao fazer investimento, imagine que você está conversando com um amigo e ele comenta sobre um investimento que está fazendo. Segundo seu amigo, você deveria investir como ele.
Nessa situação, você:
A) ouve o conselho, mas analisa seu perfil de investidor para selecionar investimentos com riscos que consiga tolerar;
B) ou aceita o conselho e cria uma carteira de investimentos parecida com a
Para não passar apertos no mercado financeiro, o ideal é escolher a opção A.
Ao considerar o seu perfil de investidor, a sua tolerância ao risco será respeitada. Assim, você não ficará ansioso com as movimentações do mercado e nem frustrado com as baixas rentabilidades, por exemplo.
O próximo erro está relacionado aos seus objetivos. Quer descobrir qual é? Imagine que você deseja construir sua carteira e, para isso, precisa escolher entre os diferentes prazos de aplicações financeiras.
O que você pensaria?
A) não é necessário definir os objetivos e os prazos não fazem diferença;
B) ou você deve escolher os prazos dos investimentos seguindo os seus objetivos.
Nessa situação, a resposta certa é a B. Afinal, não basta que o investimento seja seguro, rentável ou líquido se ele não atender o que você pretende alcançar, não é mesmo?
É essencial saber o que você deseja alcançar para escolher investimentos mais alinhados em termos de desempenho e prazo. Pense nisso como o ato de selecionar os ingredientes certos para cada receita para criar o resultado esperado, combinado?
Chegou a hora de montar a sua reserva de emergências — um colchão financeiro para proteger você em situações imprevisíveis. Para não deixar o dinheiro parado, você deve investir o montante e fazê-lo render.
Logo, você deve:
A) investir em ações, assim é possível aumentar as chances de multiplicar sua reserva;
B) ou investir no Tesouro Selic, a aplicação mais conservadora do mercado.
Para evitar o terceiro erro desse jogo, o certo é escolher a alternativa B. Isso acontece porque o investimento da sua reserva de emergências tem que oferecer liquidez e segurança.
Ou seja, você deve ter a certeza de que poderá resgatar o valor investido e de que será possível acessar o dinheiro quando for preciso. Afinal, não há como saber quando ocorrerá um imprevisto, certo?
Além do Tesouro Selic, existem outras aplicações seguras do mercado que podem ser úteis para esse propósito. É o caso dos fundos referenciados DI e dos certificados de depósito bancário (CDBs) atrelados do DI com liquidez diária.
Partindo para o próximo jogo dos erros, imagine que você começou a investir agora na renda variável. Diante de uma mudança no mercado, a taxa Selic passa a subir — assim como os rendimentos da renda fixa pós-fixada.
O que é melhor?
A) manter suas posições na renda variável, se for uma estratégia de longo prazo;
B) ou se desfazer dos seus investimentos na renda variável e investir tudo em renda fixa pós-fixada?
Nesse cenário, a resposta certa é A. Isso está relacionado à importância de definir e seguir uma estratégia de modo consistente.
Em um quadro como esse, a renda fixa pós-fixada pode até se tornar mais atraente no momento, mas é provável que a Selic pare de subir em algum momento. Ao manter seus investimentos na renda variável, por outro lado, você consegue aproveitar o retorno que essas oportunidades podem oferecer no longo prazo.
Mas isso não significa que você não possa explorar as oportunidades da renda fixa, beleza? A questão é que, no geral, é preciso focar e confiar na sua estratégia independentemente do cenário do mercado.
A diversificação está relacionada à lição de “nunca colocar todos os ovos em uma única cesta”. Esse jargão do mundo dos investimentos mostra que seu dinheiro não deve estar em somente um produto financeiro, já que isso prejudicaria a sua segurança.
Então na hora de diversificar você:
A) pode escolher apenas títulos de renda fixa de emissores diferentes ou apenas ações de empresas distintas;
B) ou precisa selecionar investimentos que tenham riscos diferentes, como alternativas de renda fixa e renda variável e de curto e de longo prazo de acordo com seus objetivos, horizonte de investimentos e perfil de investidor.
Para diversificar de verdade, seu foco deve estar na alternativa B. Afinal, a intenção é ter uma carteira composta por investimentos variados e que não se comportem de uma só maneira, certo?
Assim, quando um investimento sofre perdas, o outro pode ter ganhos — e o seu dinheiro não fica dependendo de apenas um cenário da economia.
Deixar as emoções tomarem conta das suas decisões não é uma boa ideia ao investir. Mas será que você sabe como evitar esse erro?
Para tirar a prova, imagine que uma companhia divulga um resultado trimestral muito acima da média e supera todas as expectativas. Nesse caso, você:
A) avalia com cuidado os fundamentos dessa empresa antes de investir;
B) ou investe todo o dinheiro que tem disponível para comprar ações desse negócio.
Apesar de ser empolgante aproveitar uma oportunidade que parece imperdível, a resposta certa é A. Afinal, não é porque a companhia teve bons resultados agora que eles serão mantidos no futuro.
Se você comprar ações por impulso, corre o risco de ver o jogo virar e o preço dos papéis caírem. Então o mais importante é fazer uma análise fundamentalista e ver se a empresa realmente faz sentido para a sua carteira. Então nada de reações exageradas, combinado?
Para descobrir o sétimo erro na hora de fazer um investimento, considere uma situação em que uma mudança no cenário econômico abala o mercado financeiro.
Isso está em todos os jornais, centenas de investidores estão se desfazendo dos seus papéis na bolsa e o preço das ações está despencando. Nesse cenário, você deve:
A) vender todas as suas ações para evitar prejuízos maiores;
B) ou analisar as condições de cada negócio para saber o que
O melhor é a opção B. Afinal, vender apenas porque todo mundo está fazendo isso significa cair no chamado efeito manada.
Ou seja, você está sendo influenciado pelo comportamento coletivo — a decisão, na verdade, não é sua. Então o ideal é analisar a situação de cada empresa e ver se existem boas expectativas para os negócios — considerando os seus fundamentos, apesar do momento econômico.
Depois de conhecer esses 7 erros, você descobriu o que fazer e o que evitar ao escolher um investimento. Agora, você tem a chance de investir de forma mais adequada— sempre considerando as suas necessidades — e compor uma carteira de investimentos sólida, para fazer seu dinheiro render.
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