Conhecer as diferentes oportunidades do mercado financeiro é importante para que você possa compor uma carteira de acordo com suas características e expectativas. Ao considerar a renda fixa, por exemplo, vale a pena saber o que é um FIDC para investir em alternativas que vão além dos títulos tradicionais.
Esse é um tipo de fundo de investimento que pode oferecer resultados mais atrativos em relação ao retorno. No entanto, ele também exige atenção sobre os riscos, que podem ser maiores que as opções tradicionais da renda fixa.
Para não ter dúvidas sobre o assunto, veja o que é o FIDC e entenda como você pode investir em um fundo desse tipo!
O FIDC é um fundo de investimento em direitos creditórios. Trata-se de um veículo financeiro de renda fixa voltado para a realização de investimentos em dívidas e direitos de recebimento.
Mas, o que são os direitos creditórios? Na prática, quando você compra alguma coisa, você tem que pagar a empresa que vendeu esse determinado bem ou serviço, certo? Logo, pode-se dizer que a empresa tem o direito de receber pelo bem vendido ou serviço prestado.
Se você pagar à vista, a relação encerra-se naquele momento. Porém, se você parcelar, a empresa tem direitos creditórios a receber. Esses direitos creditórios podem estar em formato de duplicatas, cheques, boletos, cartão de crédito, entre outros.
Quanto ao funcionamento, é preciso saber que o FIDC, como os outros fundos de investimento, funciona como um condomínio. Logo, diversos investidores adquirem cotas e passam a ter o direito de participar dos resultados do fundo.
O dinheiro é movimentado por um gestor profissional, que toma as decisões de investimento com base na estratégia definida no regulamento do fundo. No caso dos FIDCs, o objetivo é investir em títulos de renda fixa que estejam atrelados a direitos creditórios.
Porém, existem outras questões que devem ser avaliadas nesse tipo de fundo. A seguir, conheça melhor as características dessa modalidade de investimento!
Para entender a rentabilidade de um FIDC, você precisa considerar que a renda fixa tem três tipos de retorno. Veja só:
Assim, os títulos que fazem parte do portfólio de um FIDC também podem render dessa forma. Como você verá adiante, a principal diferença está no risco e, consequentemente, nos percentuais das taxas de juros.
Na prática, é comum que esse fundo ofereça um retorno maior porque os riscos são mais elevados. Então você pode ter a chance de conquistar um rendimento mais interessante com essa alternativa, caso esse tipo de fundo seja adequado ao seu perfil de investidor.
Os FIDCs podem ser abertos ou fechados. Nos abertos, o investidor pode efetuar um resgate e receber o seu dinheiro de volta de acordo com as regras do fundo. Por outro lado, nos fundos fechados, as cotas só podem ser resgatadas no prazo final do fundo ou podem ser negociadas no mercado secundário.
No entanto, por ser um investimento não muito comum no mercado, pode não ter demanda suficiente para as suas cotas.
Outro ponto para observar é a segurança, pois os FIDCs não possuem a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Essa é uma entidade que cobre, até determinado limite, diversos títulos da renda fixa, como o certificado de depósito bancário (CDB), as LCIs e as LCAs, por exemplo.
Logo, você estará exposto ao risco de crédito — ou seja, de ocorrer um calote por parte dos pagadores, que podem atrasar ou até mesmo não pagar suas dívidas.
Além do risco de crédito, ainda existe o risco de mercado, em que pode haver uma oscilação dos preços das cotas do FIDC por conta de fatores como a alta dos juros ou da inflação, por exemplo.
Antes de fazer o investimento em um fundo desse tipo, também é importante conhecer os pontos positivos e os riscos que estão associados, certo?
Em relação às vantagens, você tem a chance de obter maiores ganhos sem sair da renda fixa. Com isso, há chances de melhorar o retorno da sua carteira de investimento sem aumentar a exposição à renda variável, por exemplo.
Essa também pode ser uma maneira de diversificar a carteira. Como os riscos do FIDC são diferentes dos outros investimentos de renda fixa, tendem a ser uma forma de evitar a concentração de recursos na carteira.
Ainda vale notar a questão da praticidade. Como todas as decisões são tomadas por um gestor profissional, você não precisa se preocupar com a escolha dos títulos ou em realizar as operações individuais, certo?
Sobre os riscos, você viu que o risco de crédito se destaca no FIDC. Porém, há também o risco de mercado e o de liquidez, o que ajuda a intensificar a relação entre risco-retorno.
É por esse motivo que a rentabilidade do FIDC costuma ser maior do que a média geral da renda fixa. Então é preciso avaliar as vantagens e riscos para entender se a alternativa se alinha às suas necessidades, combinado?
Caso você tenha interesse em investir em um FIDC, é importante notar que esse é um fundo limitado aos investidores qualificados. Para ser classificado dessa forma, você precisa ter R$ 1 milhão investido no próprio nome ou ter aprovação em uma certificação profissional do mercado financeiro.
Os requisitos são definidos desse modo devido aos riscos mais elevados que o FIDC oferece. Além disso, o investimento inicial também costuma ser mais elevado, o que exige atenção.
Se você cumprir as exigências, vale observar seu perfil de investidor, o horizonte do investimento e seus objetivos financeiros. É necessário ter uma tolerância maior ao risco, bem como ter objetivos de médio e longo prazo devido à baixa liquidez.
Se o investimento estiver alinhado às suas características, é preciso escolher uma instituição financeira que ofereça essa alternativa. Confira condições como estratégia, prazos, taxas e riscos para selecionar o FIDC. Após a escolha, é possível fazer o aporte e participar dos resultados do fundo.
Como você acompanhou, o FIDC é um fundo de renda fixa que apresenta mais risco e maior potencial de retorno. Caso você atenda às características específicas para o acesso, poderá aproveitar as alternativas que esse investimento oferece.
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