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Ao longo de 2021, um elemento constante nos noticiários sobre economia e mercado financeiro foi a alta da inflação. Isso se justifica no fato das elevações registradas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terem atingido percentuais altos se considerarmos um histórico recente.

Nesse contexto, a rentabilidade dos investimentos acabou sendo muito impactada pelas variações da inflação.

Desse modo, para estruturar sua estratégia de investimentos para 2022, é interessante entender as projeções relacionadas à inflação, certo?

Por isso, acompanhe a leitura para entender o que esperar em 2022 sobre esse indicador!

Como a inflação pode impactar os investimentos?

Para entender sobre o impacto da inflação nos seus investimentos a primeira coisa é entender que existe dois tipos de rentabilidade: rentabilidade nominal e rentabilidade real.

A rentabilidade nominal mostra quanto o seu investimento rendeu. Por exemplo, suponha que você tenha feito um investimento em um título prefixado, ou seja com juros fixos, definidos no momento da aplicação.

Considere que você tenha investido R$ 50 mil, com juros de 10% ao ano, com vencimento em 365 dias. Isso significa que em 1 ano você terá um rendimento de R$ 5 mil. Esse é seu rendimento nominal, pois não considerará nem taxas nem inflação.

Já a rentabilidade real, irá considerar a inflação do período. Sendo assim, se sua rentabilidade nos 365 dias foi de 10% e a inflação, do mesmo período, tenha sido 15%, você teve uma rentabilidade real negativa em 5%. Ou seja, a rentabilidade nominal do seu investimento, no período da aplicação, foi inferior a inflação do mesmo período.

Por isso, é indispensável entender os impactos da inflação sobre seus investimentos. Analisar apenas os retornos nominais, sem considerar o contexto econômico, pode não ser adequado. Portanto, entender sobre a inflação é essencial para fazer análises mais sólidas acerca dos seus investimentos.

Como foram as oscilações da inflação em 2021?

No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o indicador oficial da inflação. Ele é calculado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que monitora as oscilações de preços de uma cesta de produtos nas principais metrópoles do país.

Em dezembro de 2020, o IPCA encerrou o ano registrando um acumulado de 4,52% em relação à variação de preços em sua cesta de produtos. Para 2021, no entanto, o indicador apontou sucessivas altas — chegando a números bem altos em relação a um histórico recente de alta de preços.

Em dezembro de 2021, por exemplo, o acumulado do ano fechou em 10,06%. O maior patamar desde 2015. No entanto, vale ressaltar que a alta da inflação não é uma tendência no Brasil. Como o comércio global foi afetado pela pandemia de covid-19, diversos países do mundo também registraram aumento da inflação — incluindo potências como os Estados Unidos.

Quais os investimentos para se proteger da inflação?

Até aqui vimos que os reflexos da inflação não estão apenas no poder de compra da população. A rentabilidade dos investimentos também pode sentir esses possíveis impactos. Por isso, vale a pena conhecer alternativas para se proteger, certo?

Conheça as principais!

 

Tesouro SELIC

O Tesouro SELIC é um título público pós-fixado disponibilizado por meio da plataforma do Tesouro Direto.

Quando há um aumento da inflação, o Banco Central costuma subir os juros para tentar contê-la. E é isso que aconteceu em 2021 e poderá acontecer ao longo de 2022.

No caso de expectativa de aumento de juros, o mais indicado para tentar se proteger é investir em título pós-fixados, que passam a render mais conforme o aumento dos juros. Infelizmente, nem sempre é possível garantir que será possível alcançar a inflação.

No entanto, vale ressaltar que essa é uma alternativa que conta com a incidência do Imposto de Renda (IR) sobre os lucros. A alíquota segue a tabela regressiva com as seguintes porcentagens:

Tesouro IPCA+

O Tesouro IPCA+ é outro título público disponibilizado por meio da plataforma do Tesouro Direto.

A sua característica central está na rentabilidade híbrida. Isso significa que o título oferece uma taxa de juros fixa, apresentada no aporte, e outra pós-fixada — que acompanha as variações do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, para quem ficar com o título até o seu vencimento.

Porém, num aumento da taxa de juros ao longo do período de vigência do título, se o investidor tiver que resgatá-lo antes do prazo, poderá ter uma rentabilidade negativa. Mas, se mantiver o título até o final, terá garantida a rentabilidade acordada na compra e mais a atualização pela inflação medida pelo IPCA.

A incidência do IR segue a mesma tabela do Tesouro SELIC.

CDBs pós-fixados ou atrelados ao IPCA

Também na renda fixa, é possível encontrar certificados de depósitos bancários (CDBs) com rentabilidade pós-fixada ou atrelada ao IPCA. A diferença é que eles são emitidos por bancos e instituições financeiras. A incidência do IR segue a mesma tabela dos títulos acima.

A alta da inflação foi, certamente, um dos principais pontos de destaque na economia e no mercado de investimentos em 2021. Por isso, como vimos, é importante entender o que esperar em 2022 para montar ou melhorar sua estratégia para esse ano!

Ficou com dúvidas sobre o impacto da inflação nos seus investimentos? Compartilhe sua questão nos comentários!

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