Se você acompanha as redes sociais ou mesmo as notícias de entretenimento, é provável que fique por dentro dos lançamentos que chamam a atenção do público. Um documentário que despertou o interesse em todo o mundo foi o “Golpista do Tinder”, lançado no começo de 2022.
Mais que conferir a história dessa produção, é essencial entender como ela pode se relacionar ao seu cotidiano. Afinal, existem muitos outros golpistas, que não se limitam ao Tinder ou outro aplicativo do tipo para agir.
Quer descobrir o que é possível aprender com o “Golpista do Tinder”? Descubra ao realizar a leitura do artigo a seguir!
Lançado em 2 de fevereiro de 2022, o documentário “Golpista do Tinder” conta a história de Simon Leviev, um estelionatário. Ele utilizava o aplicativo de relacionamentos para encontrar vítimas para a sua fraude financeira.
O golpe começava com a aproximação de Simon, que dizia ser um grande herdeiro do ramo de diamantes à procura de amor. Por meio das conversas no aplicativo, ele estabelecia uma conexão emocional com suas vítimas, até que as convidava para um passeio em um jato particular.
Entretanto, o aparente luxo era fruto de um esquema complexo de fraude financeira e que era bancado por outras vítimas.
Após o encantamento inicial, Simon afirmava que corria perigo por sua atuação no setor de diamantes. Por causa disso, precisava de dinheiro emprestado da mulher com quem ele mantinha contato nas últimas semanas.
Ao longo do documentário, é possível ver como muitas mulheres ficaram presas nas mentiras de Simon, que conseguiu obter milhões de dólares de vítimas espalhadas em diversos países.
Apesar de a história do “Golpista do Tinder” parecer ficção, ela é mais real do que você imagina. Afinal, há uma incidência crescente de golpes virtuais no Brasil e no mundo.
Somente em 2021, foram mais de 150 milhões de vítimas brasileiras dos golpes no ambiente virtual. Logo, cerca de 70% de toda a população brasileira foi enganada virtualmente, de alguma forma.
Em partes, isso acontece pelo fato de os golpes virtuais serem cada vez mais sofisticados. Esqueça o truque da ligação fingindo o sequestro de uma pessoa da família. Agora, os golpistas agem com um nível crescente de organização.
Existem a clonagem da conta de WhatsApp, a invasão de contas nas redes sociais, o envio de mensagens de texto enganosas e até esquemas com máquinas de cartão. Você deve conhecer alguém que já passou por essas situações, não é mesmo?
No ambiente offline, não é raro encontrar casos de anônimos e até famosos que perderam dinheiro com o pagamento por aproximação ou em golpes nos quais os criminosos se fazem passar pelo banco para buscar o cartão dos clientes, em um esquema intrincado.
Já que os golpes financeiros podem estar em todos os lugares, eles também acontecem no ramo dos investimentos. As táticas são as mais variadas possíveis e podem confundir até quem já tem algum nível de experiência no mercado.
Entre os quadros mais comuns, estão:
O phishing acontece quando o golpista utiliza um link ou outro recurso falso para captar informações relevantes e que podem levá-lo a perder dinheiro. É o que acontece quando o golpista envia um e-mail em nome do seu banco, solicitando que você digite a senha atual para “realizar uma confirmação”.
Como todo o processo parece legítimo, você inclui os dados pessoais — o que gera problemas. A partir dessa ação, os golpistas ganham acesso à sua conta, podendo movimentar seu dinheiro e até resgatar investimentos.
Outro golpe muito comum envolve as pirâmides financeiras. Elas funcionam à base de recrutamento: os participantes atuais precisam chamar outras pessoas, que devem pagar para participar da “oportunidade”.
Esse dinheiro remunera os participantes atuais e os novos integrantes têm que recrutar outras pessoas para que também possam ganhar. Percebe como o esquema é insustentável?
Como a renda não é obtida pela venda de produtos, mas pela entrada de novos participantes, a interrupção desse fluxo faz o esquema colapsar. Com isso, quem entrou por último tem as maiores perdas.
Ainda, é comum encontrar golpes que usam falsos investimentos. É o que ocorre com um suposto fundo que capta recursos por fora do mercado regulado, prometendo ganhos acima da média — e, é claro, que a farsa, mais cedo ou mais tarde, acaba afundando.
Também pode ocorrer o golpe da falsa instituição financeira. É o caso de uma suposta corretora que oferece investimentos e condições diferenciadas, em troca de um aporte inicial. Contudo, após receber o dinheiro, a instituição desaparece por completo.
Como você viu, o “Golpista do Tinder” retrata uma história de golpes ligados ao estelionato emocional. Porém, existem muitas outras situações que também podem fazê-lo perder dinheiro — e é preciso estar atento para saber como se proteger.
Pensando nisso, descubra o que você pode aprender com o documentário e saiba como aplicar esses conhecimentos!
Muitas mulheres confiaram em Simon porque ele transparecia seriedade — mas nada confirmava o que ele dizia. O mesmo vale para investimentos: não é porque uma suposta empresa parece séria – tem CNPJ e tudo – que as promessas de rendimentos imperdíveis serão verdadeiras.
Verifique todas as informações, como registros na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), por exemplo. É preciso garantir que a opção oferecida de investimento seja regulamentada.
Dizendo ser um herdeiro de diamantes, Simon prometia praticamente o impossível — e tudo era mentira. No mercado financeiro, promessas absurdas também devem receber sua desconfiança.
Investimentos de renda variável não têm retorno garantido e mesmo as aplicações de renda fixa oferecem valores condizentes com o mercado. Em caso de promessas desproporcionais, há mais chances de que seja um golpe.
Muitas pessoas já caíram em golpes financeiros porque buscaram investimentos que, na verdade, não são regulamentados pela CVM. É o que pode ocorrer com quem investe em criptomoedas diretamente, em vez de escolher um fundo regulamentado.
Ao fazer uma escolha como essa, você não tem a segurança operacional de que as regras serão seguidas. Para não se expor desnecessariamente a esses riscos, o ideal é buscar alternativas que, de fato, fazem parte do mercado.
Agora você sabe que a história de fraude do “Golpista do Tinder” não se limita ao documentário e pode alcançar os investimentos. Para não cair nessas armadilhas, mantenha a atenção, desconfie do que não parecer certo e evite compartilhar dados pessoais e comerciais sem ter a certeza do que se trata, combinado?
Essas dicas foram úteis? Ajude outras pessoas a se protegerem ao compartilhar este conteúdo nas suas redes sociais!
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