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Os impactos do novo coronavírus interferiram em vários aspectos das nossas vidas e, principalmente, no mercado financeiro. Por isso, aproveitamos este post para explicar algo que ocorreu algumas vezes na bolsa brasileira assim que a Covid-19 recebeu o status de pandemia: circuit breaker

Com certeza você leu ou ouviu esse termo em várias manchetes de jornais e sites financeiros do Brasil no mês de março. Adiantamos aqui que, apesar de ter relação com a pandemia, ele não tem nada a ver com a área da saúde. Sendo assim, ajudaremos você a desvendar o que é o circuit breaker, contando tudo o que precisa saber sobre o tema. Então, vamos nessa!

O que é circuit breaker?

Primeiro, imagine que você está em casa, arrumando o seu chuveiro. Depois, em dado momento, o cabeçote do chuveiro se solta e começa a jorrar muita água do encanamento, causando pânico e te deixando ensopado. Para normalizar a situação, o que você faz? Normalmente, você procuraria o registro geral e o fecharia, interrompendo o fluxo de água, pois assim, você evita o desperdício e facilita o conserto. Certo?

De uma forma bem-humorada, o circuit breaker é parecido Pois veja, o que esse recurso faz é justamente interromper o fluxo de negociações da bolsa. Então, você pode se perguntar: por que isso acontece e como que a B3 tem autonomia para congelar os negócios?

Bem, a melhor forma de entender isso é enxergando o circuit breaker pelo que ele é: um mecanismo de segurança! E como todo recurso de emergência, ele nunca é ativado de maneira arbitrária. Nada disso!

Na realidade, o circuit breaker é como se fosse uma enorme alavanca de freio para o mercado, sendo acionada automaticamente quando alguns gatilhos são disparados — esses gatilhos são indicadores que observam a variação do índice que reúne a maioria das ações mais negociadas nos últimos meses: o IBOVESPA.

Ou seja, caso aconteça uma queda drástica no índice, isso sinaliza que há uma movimentação exagerada entre os investidores, que impactados pela situação, estão vendendo suas posições e saindo da bolsa. Com essa venda em massa, os preços das ações caem, assim como o IBOVESPA.

O circuit breaker é positivo para o investidor?

Sim! Obviamente, a situação que o faz ser ativado é um momento de estresse na bolsa, em que provavelmente você sofreu algumas perdas. Mas é justamente por isso que o dispositivo é tão importante para proteger o seu patrimônio aplicado. Quer um exemplo disso?

Então, imagine um mundo em que o circuit breaker não existisse. Nesse cenário, a bolsa não seria paralisada em um momento de venda generalizada. Dessa forma, os preços cairiam continuamente, enquanto todo mundo desfaz suas posições, em uma bola de neve, pois quanto mais pessoas conseguem vender, mais os preços caem.

Com o circuit breaker, as negociações são paralisadas, estimulando a tranquilidade e a reflexão no mercado e impedindo que esse ciclo vicioso de venda siga acontecendo. Por isso, frisamos: o circuit breaker não só é importante, como é uma ferramenta amiga do investidor!

Quando e por que o circuit breaker é acionado?

Agora que você entende a ideia por trás do mecanismo, é hora de conhecer seus gatilhos. De uma maneira geral, existem quatro situações para o acionamento desse recurso. Veja!

O primeiro circuit breaker do dia

A primeira regra de acionamento diz o seguinte: o circuit breaker será ativado caso o índice IBOVESPA caia 10%, quando comparado ao valor do fechamento do pregão do dia anterior. Então, dê uma olhada nesse exemplo:

O segundo circuit breaker do dia

Já a segunda regra, diz o seguinte: o circuit breaker será ativado, pela segunda vez, caso após o retorno do intervalo de 30 minutos, o IBOVESPA caia 15%, também em relação ao fechamento do pregão do dia anterior. Novamente, o exemplo:

O terceiro circuit breaker do dia

Já a terceira regra diz: o circuit breaker será ativado, pela terceira vez, caso após o intervalo do segundo circuit breaker, o índice IBOVESPA caia 20%, quando comparado com o fechamento do dia anterior. Veja:

O circuit breaker em fim de pregão

Por fim, existe uma última situação específica. Caso o mecanismo seja acionado nos últimos 30 minutos do pregão, ocorrerá uma paralisação de 30 minutos, mas o horário de fechamento será prolongado em mais 30 minutos, garantindo que os investidores tenham uma última meia hora para realizar suas decisões.

Isso é inédito na bolsa brasileira?

Não! Antes dessas paralisações que aconteceram no mês de março desse ano, o mesmo mecanismo já foi utilizado outras 14 vezes na história da nossa bolsa. Dê uma olhada:

Além disso, vale lembrar que o circuit breaker não é exclusivamente brasileiro. Afinal, as principais economias do mundo também se apoiam na segurança desse dispositivo, como Estados Unidos e China. Inclusive, tratando-se dos EUA, esse recurso foi criado após 19 de outubro de 1987, uma data marcada pela drástica queda da bolsa de Nova Iorque.

Como pode ver, o circuit breaker desempenha um papel histórico na segurança financeira das bolsas, sendo uma importante ferramenta de controle. Então, se você tem a intenção de investir na bolsa, antes de tomar qualquer atitude, procure um profissional de investimentos para te ajudar nas decisões.

E aí, você curtiu este post explicando o que é circuit breaker? Então, aproveite para reforçar a segurança das suas decisões, conhecendo os 50 principais fatos sobre o investimento em ações!

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