Você provavelmente já ouviu falar em B3 ou em Bovespa, não é mesmo? Independentemente do seu perfil de investidor, é importante conhecer esses termos para entender o que eles representam no universo dos investimentos.
Pensando nisso, preparamos este artigo para que você fique por dentro do tema. Vamos te mostrar qual é a história por trás dessa instituição e por quais motivos ela é tão relevante e citada em conversas sobre o mercado financeiro. Boa leitura!
Se você já leu e/ou conversou com alguém sobre investimentos em ações — que funcionam como pequenas parcelas comercializadas de uma empresa —, é possível que a B3 tenha sido mencionada.
Em poucas palavras, ela é a responsável pela bolsa de valores no Brasil, além de incorporar a CETIP (que faz a custódia de títulos privados e públicos) e a bolsa de futuros e mercadorias. A empresa administra e cria sistemas de negociação, compensação, liquidação, registros e depósitos para diferentes categorias de ativos.
Ou seja, na bolsa, por meio da B3, você pode negociar inúmeras aplicações, como ações, commodities (soja, café etc.), moedas estrangeiras (dólar americano, euro e afins), investimentos em renda fixa e derivativos. Vale lembrar que suas próprias ações estão listadas no Ibovespa, — índice que agrega aquelas mais negociadas em nossa bolsa, — e se quiser, você também pode investir nelas. Ela ainda integra outros índices, como IBrX-50, IbrX, Itag e afins.
Agora que você já conhece as principais funções da B3, é hora de saber qual é sua história e por que ela já foi chamada por outros nomes. Em poucas palavras, ela é resultado direto da união entre BM&F e Bovespa (BM&F Bovespa) — depois, ocorreu uma fusão envolvendo BM&F Bovespa e CETIP, que originaram a B3 S.A.
Confira, a seguir, uma linha do tempo para entender de quais maneiras uma das maiores entidades do mercado financeiro se transformou no que é atualmente.
Os primeiros moldes dessa instituição surgiram no século XIX, visto que ela foi criada no ano de 1890, com o nome de Bolsa Livre e passou por muitas atualizações até ser reconhecida da forma como a chamamos nos dias atuais.
No começo, tanto a compra e venda de títulos quanto a intermediação entre o cliente e o banco eram serviços inovadores para a época. Apesar disso, a Bolsa Livre foi rapidamente fechada por conta das políticas econômicas, — aumento de emissão de papel-moeda e a alta da inflação —, que aconteceram nesse período. Pouco tempo depois, em 1895, surgiu a Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo.
Em 1935, ocorre mais uma mudança em sua denominação e a entidade passa a ser chamada de Bolsa Oficial de Valores de São Paulo. Algumas décadas depois, nos anos 1960, o Brasil viveria o auge da presença de diferentes bolsas de valores no país. Em dado momento, tivemos 27 delas espalhadas em todo o território nacional, de modo que algumas se juntaram e deram origem a novas instituições.
Foi apenas em 1967 que ela ganhou uma de suas mais famosas denominações: Bolsa de Valores SP ou Bovespa. Um ano depois, em 1968, criou-se o principal índice de ações brasileiro: o Ibovespa. Em termos resumidos, ele indica a performance das ações que têm maior volume de negociação. A Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (CETIP), por sua vez, foi criada em 1984 e começou a operar em 1986.
Em 2007, as bolsas de valores deixaram de ser entidades sem fins lucrativos e se transformam em empresas de capital aberto. Com isso, os detentores de títulos patrimoniais passaram a ser acionistas. em um processo que ficou popularmente conhecido como desmutualização.
Em 2008, a BM&F (criada em 1917) e a Bovespa se uniram. A fusão resultou no aparecimento da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&F Bovespa). Em 2017, ocorreu a fusão entre BM&F Bovespa e CETIP, que eram as duas maiores instituições do setor, dando origem à B3 S.A. — sob a supervisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ela se transformou em uma sociedade de capital aberto.
Essa combinação consolidou sua atuação, e a B3 S.A. passou a oferecer infraestrutura para o mercado financeiro. O leque de serviços e produtos oferecidos foi ampliado, e a empresa passou a contribuir de modo mais eficiente para o mercado.
Além de ser a única bolsa de valores, mercadorias e futuros em operação em nosso país, ela também é a maior depositária de títulos de renda fixa do continente. Como se não bastasse, é a maior câmara de ativos privados no Brasil.
Vale mencionar que uma bolsa de valores, mercadorias e futuros, negocia contratos e não produtos físicos. Um contrato pode ser equivalente a 50kg de soja, por exemplo, mas isso não significa que você precisará retirar essa commoditie. Dependendo das flutuações na cotação, pode ser necessário pagar um ajuste diário à bolsa.
Para que você tenha ideia, existem várias empresas listadas em seu banco de dados que estão fazem parte de setores diversos, como:
Se você quiser investir nas ações de uma empresa e precisa reunir informações sobre ela, por exemplo, basta acessar o site da B3 para conhecer determinada companhia e acompanhar as variações que ela apresentou nos últimos meses.
Mas ao contrário do que muita gente pensa, a bolsa de valores não é voltada apenas à compra e venda de ações. Nela, é possível investir em diferentes categorias de ativos. Veja, logo abaixo, algumas exemplificações disso:
A importância dessa empresa para os investidores brasileiros está ligada não apenas à excelência operacional e à gestão de risco, mas também à responsabilidade de fomentar os mercados nos quais ela atua. Por meio de inovações, desenvolvimento de produtos e programas de educação, ela possibilita o acesso ao mercado financeiro mesmo para quem acabou de entrar no mundo dos investimentos.
Enfim, é inegável que a B3 é fundamental para quem investe. Por isso, é importante conhecer a sua história e o papel que ela desempenha no cenário nacional.
Se você gostou do texto, aproveite para entender agora mesmo como o Ibovespa afeta suas finanças!
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