Você sabia que nem todo recurso do Governo Federal para financiar suas atividades vem da arrecadação de impostos? Graças aos títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto, o governo pode financiar suas atividades com a ajuda dos investidores — e você pode ser um deles. Porém, pode surgir a dúvida: como decidir qual o melhor título do Tesouro Direto hoje?
Para responder a essa pergunta, você precisa conhecer bem essas aplicações financeiras e entender quais são os critérios mais importantes para a decisão. Assim, será possível analisar as oportunidades para saber o que faz sentido para os seus planos financeiros.
Quer descobrir como identificar o título público ideal para as suas necessidades e fazer seu dinheiro render? Continue a leitura e veja como acertar na decisão!
Os títulos do Tesouro Direto são aplicações de renda fixa emitidas pelo Tesouro Nacional. Por meio desses investimentos, você tem a chance de emprestar dinheiro para o Governo Federal.
Ou seja, você empresta dinheiro ao Governo, com a promessa de receber, no vencimento, o valor investido mais o rendimento. Bem interessante, né?
No caso dos títulos públicos, o retorno pode ser obtido de três formas. Veja só!
A rentabilidade do Tesouro Prefixado depende de uma taxa fixa já definida. É o caso de um título que oferece rendimento de 12% ao ano, por exemplo.
Isso significa que, ao longo de todo o período de investimento, o rendimento seguirá esse percentual anual. E atenção: para garantir esse retorno contratado, é preciso levar o investimento até o vencimento, combinado?
Já o Tesouro Selic é do tipo pós-fixado e rende de acordo com as oscilações da Selic. Essa é a taxa básica de juros da economia, definida pelo Banco Central por meio das decisões do Comitê de Política Monetária (Copom).
Com esse investimento, você tem a chance de ter ganhos maiores se a taxa de juros subir, por exemplo. Contudo, se a Selic diminuir, o seu retorno também será menor.
Já o Tesouro IPCA apresenta a chamada rentabilidade híbrida. Então o retorno é formado por uma taxa prefixada mais a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o índice utilizado pelo governo para as metas de inflação no Brasil.
Com isso, você consegue ganhos acima da inflação se levar esse título até o vencimento. Interessante, não é?
Além de saber o que são os títulos públicos, é preciso entender como eles são impactados pelos movimentos da Selic. Isso porque, apesar de apenas um dos títulos ser diretamente atrelado à taxa básica de juros da economia, todos eles sofrem impactos com os movimentos desse indicador.
Quer entender melhor? Pense na seguinte situação: você está considerando investir em um título que rende como a Selic e outro que oferece 10% ao ano. Se a taxa básica de juros estiver em 9% ao ano, investir na aplicação prefixada pode parecer mais atrativo, concorda?
Afinal, no momento da aplicação, o potencial de juros será maior. Porém, se a Selic passa por reajustes frequentes e chega a 12%, um título que retorna 10% não parecerá tão atraente. Como resultado, os emissores tendem a aumentar as taxas prefixadas ofertadas.
Por outro lado, se a Selic cair, as taxas prefixadas também podem ser reduzidas. Nos títulos híbridos, que têm uma taxa prefixada, essa influência também acontece. Entendeu por que toda a renda fixa é impactada pelas movimentações na taxa básica de juros?
Mas esse movimento também impacta os investimentos de renda variável. Para compreender como isso acontece, imagine uma balança. De um lado, estão os investimentos de renda fixa. Do outro, aqueles de renda variável.
Quando os juros sobem, é como se o lado da renda fixa passasse a ter mais peso. Por causa dos juros mais altos, essa classe começa a oferecer rendimentos mais elevados, ao mesmo tempo que mantém os riscos mais baixos — especialmente no Tesouro Direto, que tem garantia do Tesouro Nacional.
Nesse cenário, muitos investidores pensam que não vale a pena arriscar na renda variável ou se desfazem de investimentos de maior risco. Já em momentos de queda da Selic, o movimento costuma ser contrário. Bacana entender essa dinâmica, né?
Como você viu, o investimento em títulos públicos pode se tornar mais atraente com o aumento da taxa de juros. Por isso, é importante saber como identificar qual é o melhor título do Tesouro hoje.
Como não existe uma resposta única para essa pergunta, você vai precisar avaliar as suas necessidades para fazer uma boa escolha. Veja o que considerar para escolher um título público na hora de investir!
Conhecer bem as características de cada título público é essencial para começar a avaliação da melhor maneira. Até agora, você já conferiu informações sobre o retorno que pode ser alcançado em cada caso e a segurança dessas aplicações.
Além disso, é importante saber que o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA também têm versões com pagamento de juros semestrais. Assim, eles podem ser interessantes se você quiser ter uma renda recorrente.
Antes de escolher os títulos do Tesouro Direto, você também deve saber qual é o seu perfil de investidor e quais são os seus objetivos financeiros. Assim, é possível compreender sua tolerância aos riscos e o que você espera atingir com a sua aplicação.
Afinal, mesmo sendo de renda fixa, um título público tem riscos. Ainda, cada alternativa tem características específicas, que podem se alinhar melhor a determinado perfil, objetivo, horizonte de tempo ou estratégia de investimento. Então é preciso ter atenção a esses aspectos, combinado?
Todos os títulos do Tesouro Direto têm liquidez diária, mas eles também estão expostos à marcação a mercado. Esse é um mecanismo que serve para dizer qual é o preço do seu título no mercado no momento da venda, caso você resgate a aplicação antecipadamente.
No caso do Tesouro Selic, o impacto dessa marcação é baixo, já que ele é pós-fixado. Porém, o Tesouro IPCA e o Tesouro Prefixado sofrem os impactos dessa precificação e o resgate antecipado pode gerar perdas quando as taxas de juros sobem.
Então é preciso ter cuidado com os prazos desses títulos, beleza? Assim você pode diminuir os riscos do resgate antecipado, que poderia gerar prejuízos, dependendo do cenário do mercado.
Os títulos públicos estão entre os investimentos mais acessíveis do mercado, principalmente por conta do valor mínimo exigido para o investimento. Afinal, é possível investir nessa alternativa a partir de R$ 30,00. Legal, né?
Porém, ainda assim é necessário saber qual é a aplicação inicial que você deve fazer dependendo do tipo de título escolhido e do seu prazo. Dessa forma, você consegue identificar qual título pode ser mais interessante para a sua realidade financeira atual.
Neste artigo, você conheceu algumas dicas que podem ser úteis para identificar qual é o melhor título do Tesouro Direto hoje. Por isso, vale a pena usar essas informações para tomar uma boa decisão e fazer o seu dinheiro render!
Esse conhecimento foi útil? Se quiser acompanhar mais informações sobre investimentos, veja se o aumento da taxa de juros é sinal para migrar para a renda fixa!
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