Quem começou a mergulhar no universo dos investimentos já deve ter reparado que existem muitos termos e muitas siglas. Na hora de investir, é fundamental conhecer os principais indicadores do mercado, afinal eles ajudam a acompanhar o desempenho das aplicações financeiras.
Por exemplo, o Ibovespa – que reúne os papéis mais negociados e representativos do mercado de ações brasileiro – é um indicador importante para quem vai aplicar em ativos de renda variável.
Apesar de ser o mais conhecido e popular, o Ibovespa é apenas um entre diversos índices do mercado. Para investimentos de renda fixa, é fundamental conhecer uma série de indicadores. Calma que a sopa de letrinhas vai ficar bem fácil de decifrar.
Você já deve ter ouvido falar da TR? Ela não é tão famosa quanto o Ibovespa, mas está associada a um dos investimentos mais populares, a caderneta de poupança. Calculada pelo Banco Central, a TR é usada como parte do cálculo do rendimento da poupança, além de ser um dos parâmetros utilizados na remuneração do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e indexar a maioria dos contratos de financiamento imobiliário.
– Taxa Selic
A Selic é a taxa básica de juros da economia, usada pelo Banco Central para controlar a inflação. Na prática, quando os preços dos produtos e serviços sobem, aumentando a inflação, o governo precisa elevar a Selic para conter a alta dos preços. Diversos investimentos de renda fixa, como títulos públicos, CDBs e outros, têm a remuneração atrelada à variação da taxa básica de juros. Um exemplo é o Tesouro Selic, negociado no Tesouro Direto.
– IPCA
Sigla para Índice de Preço ao Consumidor Amplo, o IPCA é considerado o índice oficial de inflação no país. Esse índice é utilizado como indexador para a remuneração de muitas aplicações financeiras, por exemplo, Tesouro IPCA+, debêntures cujo rendimento inclui a variação do IPCA mais juros, entre outras. Além do IPCA, há outros índices de inflação (IGP-M e INCC, por exemplo) que servem como referência para o desempenho de investimentos.
– Índices de renda fixa da ANBIMA
Quem investe em aplicações de renda fixa precisa conhecer a família IMA, sigla para Índice de Mercado ANBIMA. Basicamente, o IMA representa um conjunto de índices calculados diariamente com base na carteira de títulos públicos disponíveis no mercado. Por isso, o IMA serve como referência (ou benchmark, no jargão utilizado no mercado financeiro), por exemplo, para fundos de investimento que compram ativos de renda fixa.
Parte importantíssima da família IMA, o IMA-Geral tem uma carteira composta por quase todos os títulos públicos federais, representando a evolução do mercado de renda fixa como um todo.
Além do IMA-Geral, há subíndices atrelados a indicadores:
Além desses quatro subíndices, diariamente a ANBIMA divulga outras siglas:
– IDA
Outro índice importante é o IDA, sigla para Índice de Debêntures ANBIMA. Na prática, ele consiste em uma família de índices que representam a evolução de uma carteira de debêntures a preços de mercado e serve como referência para fundos que compram esses papéis.
O IDA é subdividido em dois subíndices, de acordo com o indexador atrelado ao papel, IDA-DI e IDA-IPCA.
– IHFA
O IHFA, sigla para Índice de Hedge Funds ANBIMA, é um índice que busca representar a indústria de hedge funds no Brasil. Tratam-se de fundos de investimento que podem ter uma ou mais estratégias para buscar rentabilidade – algumas, por exemplo, visam “proteger” os investimentos das oscilações do mercado como o sobe e desce do dólar.
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