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Como guardar dinheiro para aquele bebê fofinho que acabou de nascer? Pode parecer exagero, mas cada vez mais famílias decidem começar o mais cedo possível a economizar – nem que seja um pouquinho a cada mês – para o futuro das crianças.


Oi? guardar dinheiro para um bebê?
A boa notícia é: existem várias opções de investimento quando o objetivo é usar a grana só daqui a muitos anos. Há desde as mais simples até outras bastante sofisticadas. Para escolher a melhor alternativa, cada família precisa estudar as características dos produtos em detalhes.

O Como Investir decidiu dar uma mãozinha nessa tarefa. Nos próximos parágrafos, você vai conhecer as alternativas mais oferecidas para quem quer guardar dinheiro para os filhos – ou sobrinhos, ou netos – no longo prazo. Você pode adquirir esses produtos por meio de uma conta em nome da sua criança ou não. Entenda as características de cada produto:

CADERNETA DE POUPANÇA

Esse investimento todo mundo conhece. Qualquer banco oferece – e o trabalho que dá para investir na poupança é meramente transferir os recursos da conta corrente. Com um detalhe: a maioria das instituições oferece a possibilidade de programar depósitos mensais automáticos, o que é um estímulo extra para poupar.

Uma das principais vantagens da caderneta é o fato de ser isenta de imposto de renda e garantida pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Significa que se o banco quebrar, o cliente recebe os recursos de volta, até o limite de R$ 250 mil.

Por outro lado, a poupança rende pouco. A remuneração é de 0,5% ao mês, mais correção monetária, nos períodos em que a taxa básica de juros da economia (Selic) está acima de 8,5% ao ano. Quando está abaixo, como é o caso agora, é de 70% da Selic. Fora isso, o rendimento só é creditado a cada 30 dias. Se for preciso resgatar os recursos no meio do mês, o investidor não recebe o rendimento proporcional.

FUNDOS DE INVESTIMENTO

O investimento em fundos lembra o funcionamento de um condomínio: os investidores aplicam seus recursos e um gestor especializado escolhe que papéis comprar com o dinheiro de todo mundo, ao mesmo tempo. Também são oferecidos pela maioria dos bancos e podem ser de vários tipos: de renda fixa, de ações, multimercados, entre outros.

A grande vantagem é contar com a gestão profissional dos recursos. É importante destacar que as principais informações relacionadas às características e ao desempenho dos fundos são transparentes e disponíveis nos sites das instituições financeiras e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

A gestão profissional, no entanto, tem um custo: é cobrada nas taxas de administração. Além disso, os rendimentos são tributados pelo imposto de renda e pelo IOF (no caso de aplicações inferiores a 30 dias).

AÇÕES

Ao investir em ações, você compra uma “fatia” de uma empresa. Se essa empresa crescer ao longo dos anos, a tendência é de que as ações se valorizem – e é assim que aplicar em ações dá lucro para os investidores. Ações costumam ser consideradas boas opções para crianças porque, em geral, imagina-se que o dinheiro só será resgatado daqui a muito tempo. Pelas características desse tipo de investimento, ele normalmente é recomendado para o longo prazo.

Para investir em ações, é preciso ter um cadastro na bolsa de valores – a B3 – e uma conta em uma corretora ou em um banco que opere no pregão. Existem alguns custos para considerar: paga-se uma taxa de corretagem cada vez que se compra ou se vende uma ação e também, em algumas instituições, uma taxa de custódia mensal. O imposto de renda sobre os ganhos do investimento é de 15%, mas há isenção para vendas de até R$ 20 mil por mês.

Na hora de selecionar as ações que você pretende comprar para sua criança, é preciso avaliar o setor de atuação da empresa, as perspectivas de crescimento, a seriedade da gestão… Existem consultorias especializadas em elaborar recomendações das melhores ações para investir. Pode ser um bom caminho para começar.

PREVIDÊNCIA PRIVADA

A maioria dos bancos oferecem planos de previdência voltados para o público infantil, inclusive com a possibilidade de programar investimentos mensais automáticos. Eles podem ser utilizados para guardar dinheiro por um período, e não necessariamente para a aposentadoria. Isso porque há várias opções de resgate dos recursos, entre elas a possibilidade de sacar tudo de uma vez. É o ideal para quem está economizando para pagar a faculdade ou bancar um intercâmbio quando o filho chegar aos 18 anos, por exemplo.

Uma vantagem são os benefícios fiscais. No caso dos planos chamados de PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), é possível deduzir as contribuições da base de cálculo do imposto de renda na declaração de ajuste anual. Além disso, as alíquotas para quem deixa os recursos aplicados por mais de dez anos – tanto nos PGBL quanto nos VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), que não permitem a dedução – são menores do que as que incidem nos fundos de investimento e nos títulos públicos, se o investidor optar pela tributação “regressiva”.

Quem investe nos planos de previdência privada paga pela gestão profissional por meio das taxas de administração. Há ainda a taxa de carregamento, paga sobre o valor de cada aporte feito no plano. E cuidado com os prazos. Alguns planos têm carências ou estabelecem multas em caso de resgate antes do tempo. Além disso, as alíquotas de imposto de renda para resgates feitos no curto prazo podem superar as que incidem nos fundos.

TESOURO DIRETO

Quando aplica em títulos públicos, o investidor empresta recursos para o governo, em troca de recebê-los de volta no futuro, com juros. O Tesouro Direto é um sistema que permite que pequenos investidores comprem esses papéis pela internet. Os títulos são considerados uma das aplicações mais seguras, porque a chance de o governo dar um calote – e não pagar os investidores de volta – é baixa.

Entre as principais vantagens dos títulos públicos estão os custos, normalmente mais baixos do que as taxas de administração dos fundos de investimento. Há bancos e corretoras que não cobram nada dos investidores (mas todos precisam pagar uma taxa de custódia de 0,3% ao ano para a B3, parceira do governo no Tesouro Direto).

No entanto, nem todos os bancos oferecem essa modalidade – então, pode ser necessário abrir conta em uma corretora para comprar títulos públicos pelo programa. Além disso, os títulos têm um prazo de vencimento – resgatá-los antes do tempo é possível, mas pode ser um problema. Os preços dos títulos variam todos os dias e, dependendo da situação do mercado, o investidor pode ter perdas. A rentabilidade acertada no momento da compra só é garantida para quem fica com os papéis até o vencimento. Os rendimentos são tributados pelo imposto de renda e pelo IOF (no caso de aplicações inferiores a 30 dias).

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